“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
VIOLÊNCIA
O primeiro registro de violência explícita pode ser
encontrado na Bíblia: Caim e Abel foram os primeiros filhos de Adão e Eva
depois de terem sido expulsos do Jardim do Éden, segundo o Gênesis. De acordo
com a descrição bíblica, Caim matou Abel porque Deus aceitou os sacrifícios de
Abel, mas rejeitou os de Caim. Com este ato, provocado por ciúme, tornou-se o
primeiro assassino da história.
Por quê Deus não quis que fosse executado se ele matou
o próprio irmão?
Como nunca havia ocorrido crime algum antes da morte de
Abel, era normal que houvesse um desejo de vingança e isso Deus não queria pois
se iniciaria um círculo vicioso interminável. Por isso disse que aquele que
matasse Caim seja punido sete vezes. (Gênesis: 15)
Assim deixou a lição de que não é porque uma pessoa
errou, outras têm o direito de errar também. Todos os heróis mencionados na
Bíblia também sofreram injustiças e, se em cada episódio ocorresse uma revanche
a escalada não teria fim e, possivelmente, a humanidade seria extinta como
espécies tantas o foram e continuarão sendo.
Quando analisamos o que decorreu ao longo do tempo,
podemos concluir que Deus não conseguiu inocular a lei do perdão, do amor até
aos inimigos (apresentar a outra face). Surgiu a jurisprudência para punir
criminosos. Perdura até hoje. De certa forma, tal não houvesse ocorrido a “Lei
de Talião” teria sobrepujado quaisquer controles e a civilização não teria
subsistido.
A Lei de Talião determina que a ação punitiva deve
condizer com a proporção da agressão. O mal que alguém fez a outro deve
retornar a este através de um castigo imposto, na proporção do mal praticado.
“Olho por olho, dente por dente”.
O tempo, mestre da sabedoria e da JUSTIÇA, tratou de
impor freios às penas aplicadas aos infratores. A crucificação, legítima no
tempo de Cristo pertence ao passado, a pena de morte tem seus dias contados,
rumamos em direção da socialização dos infratores de maneira que,
paulatinamente chegaremos a uma convivência “civilizada” na qual se consiga um
equilíbrio entre ações e reações. Nunca “passar a mão” por cima dos crimes,
jamais enveredar pela vingança que já demonstrou ser ineficaz.
Reportando à violência, considero a mentira a mais
insidiosa de preparar ciladas. Pode parecer por vezes benigna, com menor poder
de abalar a vida em sociedade, mas pode se tornar grave e perigosa. Não
olvidemos que a prática comum da demagogia, uma forma insidiosa da mentira e
usada corriqueiramente no ambiente político onde provoca reações contrárias
cada vez mais violentas nos leva ao “status quo” atual. Provoca não uma
alternância saudável de poderes e, sim, uma dicotomia na sociedade. Vota-se
para derrotar o adversário em vez de eleger dirigentes com intenção de buscar o
aperfeiçoamento do nível de vida para TODOS os cidadãos. Neste século votou-se
em Lula para derrotar os resquícios da “Revolução Redentora” (???). Elegeu-se
Bolsonaro após o desastre desnudado pela Lava-Jato. Catapultado pela abordagem
catastrófica da pandemia Covid (Ivermectina, Cloroquina e todo o rol de
medicamentos ineficientes do Kit Covid), vivenciamos o Lula 3. O que virá em
2026?
Por quê não poderemos ter à disposição candidatos que
não representem a desesperada busca de exorcizar os que detestamos em vez de eleger aqueles que representem “uma
luz no fim do túnel”?
POR QUÊ?
Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
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