quinta-feira, 21 de setembro de 2023

VIOLÊNCIA

 


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

VIOLÊNCIA

O primeiro registro de violência explícita pode ser encontrado na Bíblia: Caim e Abel foram os primeiros filhos de Adão e Eva depois de terem sido expulsos do Jardim do Éden, segundo o Gênesis. De acordo com a descrição bíblica, Caim matou Abel porque Deus aceitou os sacrifícios de Abel, mas rejeitou os de Caim. Com este ato, provocado por ciúme, tornou-se o primeiro assassino da história.

Por quê Deus não quis que fosse executado se ele matou o próprio irmão?

Como nunca havia ocorrido crime algum antes da morte de Abel, era normal que houvesse um desejo de vingança e isso Deus não queria pois se iniciaria um círculo vicioso interminável. Por isso disse que aquele que matasse Caim seja punido sete vezes. (Gênesis: 15)

Assim deixou a lição de que não é porque uma pessoa errou, outras têm o direito de errar também. Todos os heróis mencionados na Bíblia também sofreram injustiças e, se em cada episódio ocorresse uma revanche a escalada não teria fim e, possivelmente, a humanidade seria extinta como espécies tantas o foram e continuarão sendo.

Quando analisamos o que decorreu ao longo do tempo, podemos concluir que Deus não conseguiu inocular a lei do perdão, do amor até aos inimigos (apresentar a outra face). Surgiu a jurisprudência para punir criminosos. Perdura até hoje. De certa forma, tal não houvesse ocorrido a “Lei de Talião” teria sobrepujado quaisquer controles e a civilização não teria subsistido.

A Lei de Talião determina que a ação punitiva deve condizer com a proporção da agressão. O mal que alguém fez a outro deve retornar a este através de um castigo imposto, na proporção do mal praticado. “Olho por olho, dente por dente”.

O tempo, mestre da sabedoria e da JUSTIÇA, tratou de impor freios às penas aplicadas aos infratores. A crucificação, legítima no tempo de Cristo pertence ao passado, a pena de morte tem seus dias contados, rumamos em direção da socialização dos infratores de maneira que, paulatinamente chegaremos a uma convivência “civilizada” na qual se consiga um equilíbrio entre ações e reações. Nunca “passar a mão” por cima dos crimes, jamais enveredar pela vingança que já demonstrou ser ineficaz.

Reportando à violência, considero a mentira a mais insidiosa de preparar ciladas. Pode parecer por vezes benigna, com menor poder de abalar a vida em sociedade, mas pode se tornar grave e perigosa. Não olvidemos que a prática comum da demagogia, uma forma insidiosa da mentira e usada corriqueiramente no ambiente político onde provoca reações contrárias cada vez mais violentas nos leva ao “status quo” atual. Provoca não uma alternância saudável de poderes e, sim, uma dicotomia na sociedade. Vota-se para derrotar o adversário em vez de eleger dirigentes com intenção de buscar o aperfeiçoamento do nível de vida para TODOS os cidadãos. Neste século votou-se em Lula para derrotar os resquícios da “Revolução Redentora” (???). Elegeu-se Bolsonaro após o desastre desnudado pela Lava-Jato. Catapultado pela abordagem catastrófica da pandemia Covid (Ivermectina, Cloroquina e todo o rol de medicamentos ineficientes do Kit Covid), vivenciamos o Lula 3. O que virá em 2026?

Por quê não poderemos ter à disposição candidatos que não representem a desesperada busca de exorcizar os que detestamos em  vez de eleger aqueles que representem “uma luz no fim do túnel”?

POR QUÊ?

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com

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