“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
ACELERANDO A CURA
Pode-se dizer que as doenças são contemporâneas ao
surgimento dos seres vivos. O homo sapiens, ao contrário dos demais, sempre
procurou conhecer as causas e os efeitos para sobreviver com saúde.
Inicialmente atribuiu-se aos deuses, que as infligiam
como castigo pelos pecados cometidos, individual ou coletivamente.
Pajés, feiticeiros, sacerdotes tentavam exorcizar com orações, sacrifícios ou
qualquer alternativa possível.
Paulatinamente, com a evolução dos conhecimentos
focou-se na natureza factual a origem e, após conhecidas as causas, descobrir
os procedimentos para debelar as consequências. Surgiu o primeiro arremedo de
ciência médica, ainda vinculada ao misticismo. Isso perdurou por muitos séculos
e ainda guarda resquícios na atualidade. Sacerdotes, místicos, curandeiros e
charlatães, cada qual em seu pedestal. A ciência médica admite a influência da
FÉ no decorrer do tratamento, denomina de fatores
psicossomáticos e lhes atribui valores importantes.
Um salto gigantesco ocorreu quando Ignaz Semmelweis,
um médico húngaro pioneiro dos procedimentos antissépticos, Louis Pasteur,
criador da vacina contra a raiva e Joseph Lister, que compartilhava os
pensamentos de Pasteur e os aplicou nos procedimentos cirúrgicos usando ácido
fênico. Em 1976, Robert Koch finalmente conseguiu comprovar a correlação
micróbios-infecções, abriu-se o portal para a moderna medicina que nunca mais
parou de se aperfeiçoar.
Duas técnicas se revelaram relevantes para prevenir,
controlar e debelar as doenças provocadas por micro-organismos: vacinas para
prevenir, soros, drogas e antibióticos – estes com primordial importância -
para debelar as infecções, depois de instaladas.
No início o tempo que mediava entre o aparecimento de
uma doença e sua cura era medido em séculos, diminuiu para anos e continua o
processo de abreviar. Com o avanço da
técnica e numa aceleração vertiginosa chegamos ao estágio atual: as primeiras
tentativas de comprovação em humanos da eficácia esperada se reduz a 4 meses,
como podemos verificar no quadro demonstrativo.
As vacinas garantem uma imunidade que pode se estender
por um período prolongado – 20 anos para a BCG (tuberculose, tempo suficiente
para o organismo criar uma defesa eficiente) -, até a necessidade de
revalidação atual (H1N1, gripe)-. Para o HIV (AIDS) ainda não se conseguiu
vacina, apenas tratamento que permite uma vida ativa e relativamente normal.
Os micro-organismos não reagem de maneira similar e o
Herpes não tem cura definitiva, permanece em latência por toda a vida da pessoa
aguardando uma baixa imunidade para reaparecer ciclicamente.
Eurico Arruda, pesquisador brasileiro, professor
titular de virologia da USP, alerta para a possibilidade de o vírus do COVID-19
permanecer por tempo indeterminado no organismo de algumas pessoas esperando
uma fragilidade para reativar, podendo inclusive ser transmitido mesmo com uma
ausência de sintomas. É uma hipótese ruim, teríamos mais uma doença incurável como o herpes.
ESTA É A MAIS PREOCUPANTE AMEAÇA DO COVID-19.
Jayme José
de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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