13 – CIÊNCIA E CULTURA
Marília
Gerhardt de Oliveira
“A ROUPA
NOVA DO REI”
Todos os anos, na infância e na juventude, minha mãe me levava à Feira
do Livro de Porto Alegre. Ela buscava (e recebia) doações para repor as perdas
da Biblioteca do Grupo Escolar em que trabalhava em São Leopoldo, devastada a
cada enchente do Rio dos Sinos. Eu conseguia comprar várias obras, nas caixas
de ofertas, ricas em livros das mais variadas correntes literárias, com minha
mesada.
Uma festa cultural! Um prazer em ler, ler, ler! Aprender mais, mais,
mais!
Um aprendizado de Solidariedade que moldou meu caráter e procedimentos
para toda a vida.
Na última eleição, milhões de eleitores brasileiros não optaram por
nenhum dos dois candidatos, no segundo turno, o que, por si só, é bastante
emblemático e significativo.
Mas, democraticamente, a maioria optou por um Messias, um Mito.
Sua Família e seus anexos, extasiados, pensaram que não precisariam
assumir um tom elevado científica e culturalmente, que a envergadura do cargo
exige. Optaram pelo sectarismo ideológico e religioso, pelo revisionismo
ignorante da História e até mesmo pelo Terraplanismo.
“Arminha” para Cientistas, Professores Universitários, Ecologistas, Artistas
e pessoas que se permitissem divergir com argumentos ponderáveis.
Insistem ser nosso Brasil (de todas e todos) a maior concentração
convicta de “comunistas” do Planeta Terra.
Mas um vírus expôs a visão eugênica desta gente: o Covid-19.
Vida com qualidade e Economia, sim, são interdependentes.
Porém, administrando a Pandemia com planejamento estratégico, base
científica e critérios como a Equipe do excelente jovem Governador Eduardo
Leite (eleito democraticamente pelo povo gaúcho), minimiza-se perdas
econômicas, pois se alivia a pressão no Sistema de Saúde, reduz-se a perda de valiosas
vidas (todas) e a sociedade tende a retornar à normalidade laboral com maior
brevidade.
Infelizmente, a Depressão Mundial pós Covid-19 está posta.
Neste cenário gravíssimo, assessorar-se de produtores e disseminadores de
Fake News só agrava o quadro e expõe
ao ridículo mundial nosso amado Brasil.
Continuo a frequentar a Feira do Livro no Centro de Porto Alegre,
anualmente.
Aproveito e passo pela Igreja do Rosário para assistir uma Santa Missa.
Mais recentemente, retomei vivamente as lembranças da minha infância.
Por quê será?
Que roupa
é esta Papai?
Eu não
vejo nada não!
Para mim
o Imperador...
Está
mesmo é sem calção!
(“A ROUPA
NOVA DO REI”)
Marília Gerhardt de Oliveira
gerhardtoliveira@gmail.com
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