“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
A
reprodução consiste numa das funções do ser vivo, talvez a mais importante. É responsável
pela continuação da vida no planeta. Como os seres vivos não são iguais,
os tipos de reprodução se diferenciam
também. Alguns meios de reprodução são mais simples e até “rápidos”, outros são
mais complexos e demorados. De protozoários e bactérias ao ser humano,
todos se reproduzem, mas de que forma? Foram descobertas recentemente formas
fora do padrão, que admite apenas a existência de dois sexos. O verme “ananema
rhodensis” pode apresentar três e o protozoário “tetrahymena thermophila”
exagera: pode chegar a sete. Iniciaremos descrevendo os mais correntes, dois
sexos isentos de excentricidade, os demais merecerão coluna especial.
A ESSÊNCIA DOS
SERES VIVOS
Em todos os seres vivos, o DNA é formado por uma fita dupla composta por 4 bases nitrogenadas:
adenina, timina, citosina e guanina que se unem duas a duas e
estabelecem a variabilidade dos seres vivos. Chegam a mais de 3 bilhões em cada
célula.
Assim como as 26 letras do alfabeto são suficientes para escrever todos
os livros do mundo – que usam o alfabeto latino – as bases constituem a
essência e TODOS OS SERES VIVOS. Sim, somos construídos TODOS pelo mesmo
“barro” citado no Gênesis. Entre o ser humano, um animal, uma árvore e um
vírus, a única diferença é o número e disposição das bases que formam o genoma, este sim diferente em cada ser
vivo.
Sequências de DNA formam os cromossomos.
Cada organismo tem um
número peculiar de cromossomos. O ser humano tem 46 (23 da mãe e outros 23 do
pai).
TIPOS DE REPRODUÇÃO DA VIDA:
A principal divisão entre os tipos de reprodução é
entre a reprodução assexuada e a reprodução sexuada.
Na
reprodução assexuada os seres vivos possuem a
capacidade de se reproduzirem sem a ajuda de outro da mesma espécie. Não há
combinação gênica, já que não há contato entre dois da mesma espécie.
Na
reprodução sexuada existe a combinação
gênica, esta reprodução abrange a fecundação que permite a variabilidade dos
seres vivos. É o meio de reprodução do ser humano, por isso somos uma raça
extremamente diversificada. Pressupõe a existência de dois sexos.
Existem apenas dois tipos de reprodução dos seres
vivos, porém existem seres (briófitas, pteridófitos e celenterados) que se
reproduzem por um meio curioso chamado de metagênese ou alternância de
gerações. Esta reprodução possui duas fases, a fase assexuada e a fase sexuada.
Ou seja, estas espécies unem os dois tipos de reprodução.
REPRODUÇÃO ASSEXUADA
Divisão binária ou cissiparidade:
nesta divisão, o organismo se divide meio a meio e cada metade dele se
regenera, formando assim dois descendentes. É o processo utilizado por
bactérias, protozoários e leveduras.
Esporulação: os esporos (que são células reprodutoras assexuadas) são os
responsáveis por originar novos organismos, a reprodução se concretiza por meio de esporos, célula
especializada que é liberada, e um novo indivíduo se desenvolve quando as
condições ambientais são favoráveis. Exemplos: briófitas e fungos.
Partenogênese: quando um óvulo não é
fecundado e a partir dele ainda existe um desenvolvimento embrionário
que posteriormente irá originar um novo indivíduo.
Alguns tipos de vermes, de insetos e uns poucos animais vertebrados, como
certas espécies de peixes, de anfíbios, e de répteis, se reproduzem por
partenogênese.
REPRODUÇÃO SEXUADA
A reprodução
sexuada é uma forma de reprodução
que se realiza por meio da fusão de dois tipos de células
reprodutoras especializadas chamadas gametas. Nos animais essas células
especializadas são o óvulo e o espermatozoide.
Fecundação ou fertilização, é a forma mais comum de reprodução sexuada, consiste
na fusão do gameta masculino com o feminino, formando o zigoto. A fecundação pode ser externa,
quando ocorre fora do corpo, no meio ambiente, ou interna,
quando ocorre no corpo do indivíduo que produz os óvulos.
Fecundação
Externa
A fertilização externa ou fecundação
externa é o processo de fecundação através do qual
lança os gametas em um ambiente externo. A fertilização externa é
típica de peixes e anfíbios.
Fecundação interna é qualquer forma de fertilização em que os gametas se
encontram dentro do corpo de um animal. Nos mamíferos e alguns outros
vertebrados envolve copulação, onde o pénis do macho penetra na vagina da
fêmea.
Dentre
os animais que se reproduzem com fecundação interna, existem 3 formas
diferentes do embrião se desenvolver, são elas:
Vivíparos:
quando os embriões permanecem dentro do corpo da fêmea sendo nutridos e
protegidos pelo corpo materno, são chamados vivíparos. Exemplos: os mamíferos como
o ser humano, o tamanduá, etc.
Estas são,
resumidamente, as diversas maneiras que a VIDA utiliza para se reproduzir. As
formas ortodoxas. Outras, muitas, existem e serão explicitadas na próxima
coluna. Antecipo que na natureza não existem apenas 2 sexos: masculino e
feminino. Animais com 3, até 7 – heterodoxos – ocorrem excepcionalmente. Serão
abordados.
Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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Cirurgião-dentista aposentado
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