Anexo a correspondência que mantive
versando sobre o assunto transgenia.
Sendo um assunto controverso, deixo
ao livre arbítrio de cada um as
conclusões que mais se coadunem com
seu discernimento.
Escreveu um livro
no qual, entre outros argumentos contra os transgênicos, asseverava que os mesmos poderiam contaminar os agricultores e ou consumidores com o vírus da AIDS. Como
na técnica de transgenia são utilizados genes de outras espécies vivas,
imaginou que tal excrescência fosse factível. Para exemplificar, na obtenção do
arroz dourado (no GOOGLE tem alguns dados e fotos) há a combinação de genes de
arroz, um duma bactéria e dois do narciso (flor). Resulta numa gramínea que
produz licopeno (C40H56), que agrega 1 molécula de oxigênio e produz 2
moléculas de beta-caroteno, a pró-vitamina A. É uma grande esperança para
crianças da Ásia e África regiões em que dezenas de milhares de crianças nascem
com problemas oculares originados pela falta dela. Se faz mister introduzir na
alimentação os elementos carentes, uma vez que distribuir a vitamina em
comprimidos se torna inviável. Similarmente, o Brasil erradicou o bócio
agregando iodo ao sal de cozinha. No futuro, mais e mais os transgênicos serão
popularizados. A insulina (da qual dependo), vacinas (H1N1, por exemplo) e
muitos fármacos já são disponibilizados. Uma das vantagens é a de minimizar as
reações alérgicas que impossibilitariam, por exemplo, a administração de
insulina com origem animal.
Arroz dourado
Resposta
Transgênicos é uma das grandes polêmicos atuais.
Temos milhares de argumentos a favor e milhares de argumentos contra. Não é uma
área que domino e por isso não costumo dar opiniões sobre o que desconheço ou
tenho pouco conhecimento. Falando sobre o que conheço e sei. Há alimentos para
alimentar toda a população mundial e há remédios que podem atender a quase
totalidade das necessidades mundiais. Isso só não é feito porque vivemos num
sistema onde tens dinheiro - você tem acesso. Não tens dinheiro - não se tem
acesso. Esta é a realidade nua e crua.
Réplica
Tens toda a razão
em argumentar sobre os perigos de novas tecnologias, elas podem ser
direcionadas para o bem, para o mal ou em ambas as direções. Apresento
exemplos: O mais paradigmático é a invenção de Alfred Nobel (a dinamite).
Financiadora do maior prêmio a cientistas e homens que se destacam anualmente,
quando usada para finalidades construtivas, é bem-vinda, contudo, assaltantes
de caixas eletrônicos também a utilizam. Com o aço podemos forjar um bisturi
que salva ou um punhal que assassina (não o punhal, quem o manipula). O átomo
já destruiu Hiroshima e Nagasaki, em compensação, milhões de vidas foram salvas
pelo uso medicinal. Possuo alguns conhecimentos de genética, incluindo
transgenia e posso te assegurar que o mesmo acontece com seu uso. A insulina
que me assegura viver é transgênica, mas pode-se criar vírus letais modificando geneticamente cepas não letais. Novamente, a ciência não é perigosa, seu mau uso SIM! O avanço dos
conhecimentos poderá nos elevar aos píncaros ou destruir a civilização num
inferno atômico ou por vírus impossíveis de serem controlados em tempo hábil.
Esperemos (eu espero) que ao contrário de Pandora da mitologia, ao abrirmos a
caixa do conhecimento saia a Esperança e não os males. Finalmente, não acredito
que tenhamos sido criados para um fim inglório.
Nas imagens abaixo podemos visualizar o cogumelo atômico que destruiu Hiroshima, o vírus ebola e as regiões da África onde ele se apresenta de forma endêmica (a foto agregada nos mostra as zonas hemorrágicas).
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