“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
VACINAÇÃO, UMA DOSE DE
PAIXÃO
“A
gente pode tentar ser o mais racional possível, mas tem muita coisa nessa vida
que é movida a paixão”. (Diogo Spanchioto, redator-chefe da
revista VEJA-SAÚDE)
Tem gente que tem tesão pelo que faz.
Na Covid o Brasil inteiro (com exceções que nos
envergonham) se juntou na missão de defender a ciência e as medidas em prol da
saúde coletiva. Chegamos a sermos xingados e criticados por isso pelos que, por
interesse político ou pessoal espalharam fake-news que propagavam os
famigerados Kits-Covid e menosprezavam as vacinas, procedimentos que - se não se não eliminam 100% os
problemas, internações hospitalares,
sofrimentos e mortes – são os únicos capazes de minimizar os malefícios. Infelizmente
as taxas de vacinação que já foram exponenciais no contexto mundial – com elas
controlamos a poliomielite, a varíola, o sarampo, etc., e agora, por
desinteresse da população, impulsionado por autoridades irresponsáveis, estamos
ameaçados de ter nossas crianças afetadas por doenças que julgávamos relegadas
ao esquecimento.
Um médico inglês, Andrew Wakefield publicou estudo com
conclusões equivocadas em 1998. Relacionou a vacina contra
sarampo-papeira-rubéola (CMR) ao autismo em pesquisas comprovadamente
adulteradas e, em consequência, perdeu seu registro depois de ser condenado por
má conduta profissional. O Conselho Geral de Medicina (GMC) considerou que
Andrew Wakefield, 53 anos, agiu de forma desonesta, enganosa e irresponsável
enquanto fazia uma pesquisa sobre uma possível ligação entre a vacina com
doenças intestinais e o autismo.
A revista especializada “The Lancet” gerou grandes
controvérsias e apesar de especialistas do governo que a vacina era segura a
discussão causou enorme queda nos índices da vacinação.
O fato de um médico de suposta autoridade e
conhecimentos técnicos se prestar a uma desfaçatez tamanha pode ser comparada
com a campanha sórdida que, no Brasil, causou consequências desastrosas,
inclusive muitas mortes por Covid podem ser a ela atribuídas.
Errar é humano, persistir no erro é burrice. Não
podemos, sob nenhuma hipótese, permitir que erros cometidos há tão pouco tempo
nos levem a rejeitar vacinas. Na atualidade e no futuro. A 5ª dose da Covid, a
vacina contra a gripe (já à disposição, A vacina contra o sarampo, a BCG e
todas que nos forem disponibilizadas devem ser maciçamente aplicadas.
TODAS, SEM EXCEÇÃO.
Como deixa evidente o esforço de Chloé Pinheiro,
jornalista ligada à revista veja saúde, a cobertura vacinal e o cinquentenário
do Programa Nacional de Imunizações (PNI) nos estimula a continuar salvando
vidas e com isso promover o bem-estar social. Essa é uma batalha na qual todos,
ombro-a-ombro, devemos participar. Uma batalha que reúne ciência e paixão tem
chances redobradas de nos conduzir com êxito à meta desejada.
Jayme José
de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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