“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
É DE TIRAR O SONO
Incrível! É de tirar o sono! Figuras da política,
carimbadas nos últimos anos por prevaricações e denúncias investigadas,
comprovadas, julgadas e tendo condenações prolatadas em diversas instâncias,
quais Fênix redivivas ressurgem dos escombros e zombam das tragédias que
provocaram. Quais vestais virginais e impolutas se consideram acima do bem e do
mal.
Não temem a Justiça e quando necessário seus
advogados, agenciados a peso de ouro, valem-se dos inúmeros recursos que a
Constituição oferece para adiar ad
aeternum as condenações que relegariam essas tristes figuras ao ostracismo
merecido.
Após se locupletarem foram condenados a ressarcir o
erário com vultosas quantias e, agora, valendo-se de recursos solicitados ao
judiciário, procuram a devolução do que havia sido pago como retorno dos seus
desmandos. A perspectiva da devolução do dinheiro surrupiado da Petrobras, de
outras estatais e de fundos de pensões onde os segurados foram acionados para
cobrir os rombos é uma realidade nauseante e tudo isso com o aval do STF que
“descondenou” dezenas de implicados que agora requerem indultos para os seus
crimes.
Os esforços da Lava-Jato em escoimar da realidade
brasileira esses desatinos se esboroam ante os esforços conjugados dos
delinquentes de todos os matizes. A leniência recorrente no Brasil, amparada
numa Constituição que privilegia os delinquentes e não a sociedade, desconsidera
fatos escandalosos e os malfeitores riem a bandeiras despregadas como se nada
de desabonador houvesse ocorrido.
Sem escrúpulos, malfeitores elaboram novos e
escabrosos planos, confiantes na impunidade escandalosa.
Aberta a Caixa de Pandora, a Lava-Jato, a maior
operação saneadora que tentou higienizar o país das mazelas foi derrotada, não
apenas como algo ser apagado da memória e da realidade brasileira. PASMEM,
joga-se com afinco para condenar os que tiveram o topete de enfrentar os
eternos “mais iguais” e, cúmulo dos cúmulos, atreveram-se a expor os
investigados à execração pública. Inacreditável, há um
esforço hercúleo no sentido de coibir as ações dos facínoras, os que tentam
escoimar da sociedade pessoas abjetas deverão ser severamente punidos, os
corruptos endeusados e possivelmente eleitos.
“Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real
tragédia da vida é quando o homem tem medo da luz”. (Platão)
Jayme José
de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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