sexta-feira, 27 de agosto de 2021

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL 2

 

PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL – 2

Seres diferentes precisam compreender uns aos outros, interagir, complementarem-se e desse modo extraírem o que de melhor possuem para atingir o objetivo. O cérebro do homo sapiens é inimitável, possuidor do livre-arbítrio – que só ele detém – mas lento em comparação ao cérebro positrônico. O humano sabe formular perguntas e o positrônico realizar as operações exigidas para a execução. Desde a pré-história o homem aprendeu a utilizar ferramentas para facilitar o trabalho e o robô a mais sofisticada jamais criada, apenas uma ferramenta. Juntos, em simbiose, têm capacidade para atingir qualquer objetivo que pretendam.

JUNTOS, EM COOPERAÇÃO.

JAMAIS COMPETIRÃO.

Em “Cavernas de Aço”, descrevendo uma época em que 50 planetas já eram povoados, Isaac Asimov descreve a vida como imagina será. Evidentemente, controle absoluto da natalidade será um dos requisitos, na página 65 esse fato está explícito:                                                                           “Aconteceu no primeiro ano de casamento e o bebê ainda não tinha nascido. O índice de Q.I. do casal e a sua posição no Departamento de Polícia lhes dava o direito de ter dois filhos, dos quais o primogênito poderia ser concebido no primeiro ano de união”.                                                         Outro fator para permissão de ter filhos:                                                                                                     “Passar por uma seleção genética a fim de selecionar os descendentes mais aptos”.

É impossível elevar um cérebro positrônico uma polegada acima do perfeito materialismo. Não podemos, não até entendermos o que faz o nosso cérebro funcionar. Não enquanto houver coisas que a ciência não puder medir e analisar. O que é a beleza, ou a arte, ou o amor, ou Deus? Estamos sempre à beira do incognoscível, sempre tentando entender o que não conseguimos compreender. Isso nos torna homens e não máquinas. O cérebro de um robô é FINITO, caso contrário não poderíamos construí-lo. Um robô pode ter a aparência de um deus, de um homem, mas será, sempre, um mecanismo sem alma, sem sentimento, sem livre-arbítrio. Complexo? Muito. As possibilidades que se abrem ante as perspectivas possíveis são inauditas. A lei das combinações possíveis quando jogamos na mega-sena (grupos de seis números entre sessenta): mais de 50 milhões. O cérebro humano possui 80 bilhões de neurônios que podem se combinar entre si, quantas possibilidades? MAIS QUE O NÚMERO DE ESTRELAS DO UNIVERSO!  Haverá quem suponha possível criar um ser artificial mais complexo? Mais forte, mais ágil, mais rápido em tomar decisões, mais imune a cometer erros? Sim! Mesmo assim, não passará de um produto criado pelo cérebro humano e possível de ser controlado. Uma arma pode assassinar de moto-próprio? Não! Faz-se necessário alguém que a dispare. O robô mais eficiente NÃO SE AUTODETERMINA. Sempre será consequência, JAMAIS autor.                                                                                                                      Releguemos os catastrofistas com suas parlapatices, prossigamos firmes na senda que nos foi aberta pelo Criador. Usemos todos os recursos que advirão, enfim e ao cabo estamos cumprindo a missão que Ele nos confiou.




Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

Nenhum comentário:

Postar um comentário