“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
MASSACRARAM
O PORTUGUÊS – 16/18/2021
Podemos interagir e nos comunicar com as outras
pessoas por meio de diversos níveis de linguagem: padrão, coloquial, gírias,
regionalismos e linguagem vulgar.
Utilizar a forma culta da língua portuguesa, por
exemplo, não significa comunicar-se de maneira difícil e rebuscada, é a
ensinada nas escolas, nos manuais didáticos, cartilhas e dicionários.
A linguagem coloquial, corriqueira, não segue a rigor
todas as regras da gramática normativa, está mais preocupada em transmitir o
conteúdo da mensagem. Falar em linguagem coloquial não significa falar errado,
isso é inadmissível, principalmente quando feito por profissionais da
comunicação. Deparamos frequentemente com palavras paroxítonas que são
pronunciadas como proparoxítonas, a todo o momento ouvimos performance,
a sílaba tônica deslocada para perFORmance. O mesmo ocorre com outras, recorde
é mais pronunciada RÉcorde, um absurdo.
Há um erro capital que se transformou numa mixórdia
indescritível: “Olimpíadas de Tóquio”. Como assim, no plural? Duvido que os que
assim se expressam teriam a ousadia de dizer: “Copas do Mundo FIFA, 2022”.
Têm preferência pelo plural? “Jogos Olímpicos de
Tóquio”. É correto usar o termo “Olimpíadas” para o conjunto das já disputadas.
A primeira Olimpíada da Era Moderna foi disputada entre 6 e 15 de abril de
1896, com delegações de 14 países, que somaram 241 atletas. Aconteceu em
Atenas, na Grécia.
Existe, porém, uma incorreção maior, quando a mesma
pessoa, num mesmo pronunciamento, utiliza ambas as formas de expressão.
“O gélido inverno e as incertezas governamentais
somam-se ao horror da pandemia e nos refugiamos nas transmissões pela TV DAS
OLIMPÍADAS DE TÓQUIO. O desporto é neutro, mas pode adquirir postura política,
como NA OLIMPÍADA DE BERLIM de1936, em pleno auge do nazismo na Alemanha. ”Flávio
Tavares, 7 de agosto de 2021)
No orla, onde residimos, a avenida que mais se destaca
é a PARAGUAÇU, erroneamente grafada PARAGUASSÚ em muitos locais. Atentem:
palavras oxítonas terminadas em “U” ou “I” não admitem acento (Paraguaçu, umbu,
saci), exceto quando formam ditongo (Chuí, Camboriú). Outro detalhe: deriva de
idioma indígena, que não duplica o “S”, utiliza o “Ç”. Portanto: PARAGUAÇU.
Jayme José
de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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