sábado, 25 de abril de 2020






PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

MANIFESTAÇÕES ESPÚRIAS
“Três sindicatos se uniram para patrocinar uma ação judicial que tenta impedir a realização de carreata programada para Porto Alegre em defesa do fim das medidas de distanciamento social”. (Zero Hora, 18/04/2020)
A ação foi impetrada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Judiciário Federal, Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e CEPERS.
Apoio integralmente esta iniciativa, proclamo isto com convicção. E mais, os órgãos de classe que rotineiramente convocam e coordenam manifestações de protesto similares, que OBEDEÇAM A MESMA DIRETRIZ, EVITEM O MESMO ERRO.
Não considero justo, sensato, razoável, coerente, acionar judicialmente manifestações públicas que não compactuem com os desejos desses grupos e, quando considerarem conveniente tornar públicos interesses corporativos dos mesmos questionadores, recorrer não apenas a manifestações igualmente perturbadoras da ordem, fazê-lo inclusive usando violência e depredações para tentar impor seus clamores, justos muitas vezes, espúrios com frequência.
O que é aceitável para uns é permissível para todos. OU PARA NINGUÉM.
Reitero, veementemente, o direito de ir e vir está expresso na Constituição Federal de 1988, no artigo 5º, inciso XV. “É livre a locomoção no território nacional em tempos de paz, podendo qualquer cidadão se locomover livremente nas ruas, nas praças, nos lugares públicos”.
Este direito já era defendido por Jean-Jacques Rousseau, no século XVIII. Esta liberdade também foi assegurada pela Magna Carta - um documento de 1215 que limitou o poder dos monarcas da Inglaterra, especialmente o do rei João, que o assinou, impedindo assim o exercício do poder absoluto - em seus artigos 41 e 42. (Clique nas palavras em azul para maiores detalhes)
No Brasil, desde a primeira Constituição, outorgada em 25 de março de 1824, no seu título VIII.     A Constituição de 1934 repetiu expressamente essa garantia e o mesmo ocorreu em 1937 e em 1946.
Como podemos verificar, há séculos, o direito de locomoção é assegurado pelos regimes jurídicos. Repito, qualquer tentativa de manifestação que prejudique o livre trânsito deve ser coibida nos termos da lei, não importa quem patrocine o evento.
Um último adendo: manifestações que impedem a livre circulação podem, e o fazem com frequência, bloquear o trânsito de ambulâncias transportando pacientes necessitados de assistência médico-hospitalar, o comparecimento aos locais de trabalho, a ida de estudantes aos estabelecimentos de ensino, de fiéis aos seus cultos, de cidadãos ao seu lazer, de todo e qualquer transeunte ao seu destino.
As mesmas organizações que ora se arvoram em questionadoras, com justa razão, incidem no mesmo despautério ao provocarem manifestações públicas, inclusive confrontando autoridades encarregadas de proteger o que tem de ser preservado. Pessoas alheias aos movimentos merecem respeito.
Não é admissível o uso de dois pesos e duas medidas.
Certas corporações quando se defrontam com movimentos que as desagradam... acionam a Justiça. Quando promovem manifestações... invocam o direito de livre exteriorização da opinião. Não podemos admitir, repito, atitudes heterodoxas estimuladas por grupos específicos, por corporações descontentes com atitudes e fatos, por agentes políticos, mesmo que apoiadas por autoridades que deveriam ser as primeiras a defender a lei e a ordem vigente.
O QUE VALE PARA UNS, É DIREITO E DEVER DE TODOS. SEM EXCEÇÕES.

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

domingo, 19 de abril de 2020

JACINDA E JORGE





12 – CIÊNCIA E CULTURA

Marília Gerhardt de Oliveira


JACINDA E JORGE
A Primeira Ministra da Nova Zelândia, JACINDA KATE LAURELL ARDERN, com seu ilustre corpo de cientistas conselheiros, fechou as fronteiras e iniciou isolamento social de modo prematuro, ANTES da transmissão comunitária de Covid-19.
Implantou Educação ON-LINE para crianças e hospedou neozelandeses que retornavam de outros países em hotéis para quarentena obrigatória.  
Priorizou a maior riqueza da humanidade:  a VIDA, sem o que a Economia se torna uma mera peça de ficção científica.
EXEMPLAR, como já reportamos em textos anteriores, JORGE BERGOGLIO, o Papa Francisco, preencheu o aparente “vazio” nos amplos espaços vaticanos com espiritualidade, boa eticidade e misericórdia.
Louvores a todas e a todos, que devem se manter trabalhando em atividades essenciais: produção, transporte, distribuição e comércio de alimentos, assim como gêneros de higiene e limpeza, bem como combustíveis e gás; às equipes multiprofissionais de saúde; aos policiais civis e militares; às Forças Armadas, responsáveis pelo indispensável controle de fronteiras, bem como participação efetiva em tarefas de higienização e desinfecção de espaços públicos, transporte e destino de vítimas de COVID-19;  aos trabalhadores de funerárias e cemitérios;  aos funcionários de óticas e farmácias.
Louvores aos técnicos em eletricidade, água de abastecimento, saneamento básico, telefonia e internet, lixeiros e recicladores.
Louvor à Defesa Civil, às iniciativas de solidariedade a partir de ONGs e voluntários.
Louvor ao Judiciário, atento quanto a constitucionalidade de ações e projetos.
Louvor aos Governadores que dialogam com a sociedade civil organizada e tem proposto medidas meritórias.
Louvor a Prefeitos que exijamm utilização de máscaras em espaços públicos e atuem no sentido de reduzir riscos.
Louvor a todas e a todos que se preocupam em organizar atendimento ao público, seja ON-LINE/HOME OFFICE como funcionários de Bancos e Seguradoras de saúde e veículos/transportes, assim como de Assistências Técnicas fundamentais, nas mais variadas áreas.
Louvor ao Jornalismo que não esconde a VERDADE e enfrenta a truculência com coragem.
Louvor aos comerciantes que monitoram a entrada de número limitado de pessoas, organizam filas com distanciamento na espera pelo atendimento e proveem equipamentos de proteção individual (EPI) aos seus funcionários, além de praticar rodízio dos mesmos nas escalas de trabalho.
Louvor aos Educadores que se mantem ativos, mesmo ON-LINE, enfatizando-se também que cada pessoa formada na área de Saúde pode (e deve) ser um Educador incansável na instrução, na motivação e na mobilização de seu entorno sobre a importância de cada medida profilática, a começar pela higiene das mãos, com água e sabão, uso de máscaras em espaços públicos e, fundamentalmente, não participação em aglomerações.
Louvor aos transportadores, públicos e privados, de pessoas que precisam acessar seu trabalho; às equipes de ambulâncias; aos religiosos que NÃO impõem aos fiéis reuniões presenciais pois sabem e ACREDITAM que Deus é ONIPRESENTE.
Aleluia (alegria)! Deus abençoa os que priorizam a VIDA pois é ONISCIENTE.
A Economia vai mal?  Certamente.  Em todo o planeta Terra.  CAOS!
Mas, infelizmente, o quadro econômico será agravado se perdermos o controle sanitário e os corpos se acumularem nas ruas como no Equador.
Assim, priorizar a vida é trabalhar pelo melhor (menos pior) na Economia.
Simples assim!
Cabe ao Governo Federal, SIM, prover o mínimo aos miseráveis, assim como aos autônomos e ao comércio não essencial.  Apoiar Empresas que garantam emprego por estes até seis meses de crise sanitária, de forma razoável e justa.
E, fundamentalmente, garantir EPI em quantidade e qualidade para as Equipes de Saúde na linha de frente do atendimento ao COVID-19.
Às mulheres e aos homens CIDADÃOS verdadeiramente NÃO interessam passeatas em carros “blindados”, nem políticos que ofereçam seu “colo”.
Queremos CIÊNCIA, respeito à História, à Cultura e ao Ecossistema como forma inequívoca de defesa possível para mitigar danos à Economia.
Não nos orgulhamos de ser nosso amado Brasil pareado, por sua Liderança Democraticamente eleita, à Nicarágua, ao Turcomenistão e à Bielorrússia.
É tempo de SENSATOS e politicamente grandiosos ao invés dos ignorantes e IRRESPONSÁVEIS.

Marília Gerhardt de Oliveira
gerhardtoliveira@gmail.com

sexta-feira, 17 de abril de 2020

DEPOIS DE TUDO





PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

DEPOIS DE TUDO – 17/04/2020
Nos oceanos de muitos mundos as moléculas eram destruídas pela luz e remontadas pela química. Um dia, fruto dessas experiências naturais, surgiu por acaso uma molécula que era capaz de uma reprodução grosseira de si mesma.
O MOMENTO CULMINANTE NA HISTÓRIA DO UNIVERSO, A VIDA ENSAIAVA SEUS PRIMEIROS PASSOS.
Com o passar do tempo essa replicação se tornou mais precisa. As moléculas que replicavam melhor produziam mais cópias, a seleção natural estava em curso, máquinas moleculares elaboradas estavam se desenvolvendo. Lenta e imperceptivelmente a vida evoluía.
Coletores de moléculas orgânicas evoluíram para organismos unicelulares, estes produziram colônias multicelulares e suas várias partes se tornaram órgãos especializados. Algumas colônias prenderam-se ao fundo do mar, outras nadaram livremente. Desenvolveram-se olhos e agora podem ver. Seres vivos saíram do meio líquido para colonizar a terra.  Os répteis dominaram por um tempo, cederam lugar para pequenas criaturas de sangue quente com cérebros maiores, que desenvolveram a destreza e a curiosidade sobre o seu meio ambiente. Elas aprenderam a usar ferramentas, o fogo e a linguagem. A matéria estelar tinha chegado à consciência, o homo sapiens assumiu o planeta e se prepara para explorar o Universo.

Aquele ser frágil, indefeso, sem garras, sem presas, sem couraça protetora parecia destinado à extinção, mas... possuía cérebro – a mais impactante maravilha do Universo – e virou o jogo. Elucubrava ante os obstáculos e descobria como contorna-los; sua curiosidade impelia para investigar as causas, os efeitos e encontrava soluções. A insatisfação não aceitava derrotas e, cedo ou tarde, HEUREKA! Cortava o Nó Górdio se não pudesse desatá-lo.                                                                Júlio Verne muitos séculos depois afirmou: “Tudo o que um homem pode imaginar outro homem realizará”.
O homo sapiens inventou a roda e a locomoção se tornou possível com menor esforço. O remo, a vela, a máquina a vapor (James Fulton), motores de combustão interna, nucleares... continuamos procurando sempre o mais e o melhor. Irmãos Wright-Santos Dumont nos deram asas. Frank Whittle, inventor inglês e oficial da Força Aérea Real, desenvolveu o conceito do motor a jato em 1928, enquanto Hans von Ohain, da Alemanha, desenvolveu o conceito de forma independente no início dos anos 1930.                                                                                                                                         O pouso na Lua em 1969 não teria sido possível sem Werner von Braun, para realizar seu sonho de alcançar o espaço e pousar na Lua se valeu dos princípios usados para criar o foguete V2, durante a II Guerra Mundial.
AGORA O CÉU É O LIMITE.
AGORA NADA PODE NOS DETER.
SERÁ?

O organismo frágil é o “calcanhar de Aquiles”, ponto fraco de quem se arvora onipotente. Defrontou-se desde sempre com adversários minúsculos, os vírus, e a batalha não admite tréguas.

Vencido o primeiro obstáculo, Louis Pasteur descobriu o soro antirrábico e subsequentemente a vacina. São diferentes. A vacina de cultivo celular que gradativamente vem sendo implantada na rotina da prevenção da raiva humana imuniza preventivamente. O soro contra raiva ou soro antirrábico contém imunoglobulinas específicas extraídas do plasma de cavalos hiperimunizados com a vacina contra raiva e tem efeito mesmo após o contágio.  Descoberta a técnica de obtenção, surgem outros em sequência.                                                                                            O coronavírus – COVID-19 – está nos infligindo derrotas em toda a parte onde aparece e ainda não sabemos como evita-lo com vacinas nem como derrota-lo com medicamentos. Mas, lembrando Júlio Verne, encontraremos o antídoto e mais uma vez sobreviveremos.

Se o combate aos vírus se manifesta difícil, porém viável, uma ameaça mais perturbadora, a proteína príon infecciosa descoberta no início da década de 1960 por Stanley Prusiner juntamente com outros pesquisadores, causa as Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis para as quais não existe, até o momento, terapêutica eficaz.

A primeira molécula replicante referida no início da coluna ainda não era um ser vivo, antes de atingir este estágio evoluiu para uma proteína, o príon, menor que um vírus. Príons são encontrados nas células nervosas de todos os mamíferos, têm o poder de reprodução apesar de não terem vida. Já os príons alterados, patogênicos, são encontrados em cérebros contaminados pela Encefalopatia Espongiforme Transmissível (EET), a Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) é uma doença neurodegenerativa caracterizada por provocar uma desordem cerebral, com perda de memória e tremores. A doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) é um tipo de Encefalopatia Espongiforme Transmissível (EET) que acomete os humanos. As EET são chamadas assim por causa do seu poder de transmissibilidade e suas características neuropatológicas que provocam alterações espongiformes no cérebro das pessoas (aspectos esponjosos).
Apesar de que várias propostas terapêuticas terem sido estudadas, nenhuma até o momento foi efetiva para alterar a evolução fatal da doença.  
A doença da vaca louca (Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) pode ser transmitida para humanos, conhecida cientificamente como doença de Creutzfeldt-Jakob, pode se desenvolver de três formas diferentes: a forma esporádica, que é a mais comum e de causa desconhecida, a hereditária, que ocorre devido à mutação de um gene, e a adquirida, que pode resultar do contato ou ingestão de carne de vaca contaminada ou de transplantes de tecidos contaminados.
Esta doença não tem cura, pois é causada por príons patogênicos, proteínas anormais que se instalam no cérebro e levam ao desenvolvimento gradual de lesões definitivas, provocando sintomas comuns à demência que incluem dificuldade para pensar ou falar, por exemplo.
Um detalhe preocupante é o fato de a doença poder ter causa iatrogênica,  como consequência de procedimentos cirúrgicos (transplantes de dura-máter e córnea) ou por meio do uso de instrumentos ou eletrodos intracerebrais contaminados e que não podem ser esterilizados por autoclave, os príons são resistentes ao calor.
CONFIEMOS NO NOSSO CÉREBRO, VENCEREMOS MAIS ESTA AMEAÇA.                                                                  
   
                                      
Príon patogênico é um agente infeccioso composto por proteínas com forma aberrante. Tais agentes não possuem ácidos nucleicos (DNA e/ou RNA) ao contrário dos demais agentes infecciosos conhecidos (vírus, bactérias, fungos e parasitas).
P.S.: A coluna já estava produzida quando Nelson Luiz Sperle Teich foi nomeado Ministro da Saúde, substituindo Luiz Henrique Mandetta. Tragédia? Devagar com o andor que o santo é de barro. O discurso do novo titular não aponta para um “cavalo-de-pau” na rota. Com toda a diplomacia que o momento exige, sinalizou que a quarentena será aliviada. Só não especificou a velocidade nem a rota a ser seguida. Esperamos que a tecnicidade e o bom senso preponderem. O futuro do Brasil e, consequentemente o nosso, dependem intrinsecamente do acerto nas decisões a serem tomadas a curto, médio e longo prazo.
Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

quinta-feira, 9 de abril de 2020

UMA RAINHA EM TEMPOS DE COVID-19






11 – CIÊNCIA E CULTURA

Marília Gerhardt de Oliveira


Uma Rainha em tempos de COVID-19


Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...
Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...
E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...

Mario Quintana (Canção do dia de sempre)


Em fevereiro de 1945, a 2ª. Grande Guerra Mundial ainda estava sendo travada e Elizabeth completou 18 anos. Por sua própria insistência, segundo o Royal Collection Trust, ela solicitou contribuir pessoalmente para os esforços de Guerra. A então Princesa, herdeira do Trono Britânico, foi contratada como Segunda Subalterna Honorária no Serviço Territorial Auxiliar (ATS), o equivalente a um Segundo Tenente.

Por Decreto Real de seu pai, ela não recebeu nenhuma classificação ou privilégio especial. Na época, a Associated Press informou que ela era a primeira mulher da Família Real na História a ser "um membro ativo, em tempo integral, no serviço militar de mulheres".

Embora não fosse um papel de combate, servir na ATS não estava isento de riscos. O Serviço viu sua primeira morte em 1942, quando uma mulher que servia em uma estação antiaérea morreu devido a uma bomba. Também Mary, a filha do 1º. Ministro Winston Churchill, serviu na ATS.

A Princesa passou em teste militares de direção de veículos, aprendeu a ler mapas, trabalhou, consertando motores, como mecânica e foi motorista.

Nesta semana, em tempos de COVID-19, da Rainha Elizabeth, que não governa mas é lúcida e coerente, fez-se ouvir uma mensagem ao Povo, honrando a sua História.

 "Desta vez, unimo-nos a todas as nações do mundo em ESFORÇO COMUM, usando os grandes avanços da CIÊNCIA e nossa compaixão para curar. Nós teremos sucesso — e esse sucesso PERTENCERÁ A TODOS NÓS. Em todo o mundo, vimos histórias emocionantes de pessoas se unindo para ajudar outras pessoas, seja através da entrega de pacotes de alimentos e remédios, apoiando vizinhos idosos ou produzindo (alternativamente) respiradores e equipamentos de proteção individual em Empresas e Universidades, num esforço voluntário e meritório de apoio e socorro a pacientes e profissionais da linha de frente no combate à Pandemia. Embora o auto isolamento às vezes seja difícil, muitas pessoas de todas as religiões, ou mesmo sem religião, estão descobrindo que isso oferece uma oportunidade de desacelerar, parar e refletir, em oração ou meditação. Muitos sentirão uma sensação dolorosa de separação de seus entes queridos. Mas, sabemos, no fundo, que é a coisa certa a fazer".

A mensagem da Rainha dos Britânicos encerrou com otimismo, próprio dos líderes de estatura grandiosa: "Estaremos com nossos amigos novamente; estaremos com nossas famílias novamente; nós nos encontraremos novamente!”

Exemplar! Mas não nos entristeçamos por nosso lider eleito não ter esta estatura. Cada um oferece o que tem de melhor... ou pior.

Que Jesus crucificado e ressuscitado nesta Páscoa renasça MENINO em cada um de nós no próximo Natal.



Marília Gerhardt de Oliveira
gerhardtoliveira@gmail.com






PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

UM HOMEM À FRENTE DO SEU TEMPO
“Um político pensa na próxima eleição, um estadista na próxima geração”.
Esta frase, atribuída ao escritor norte-americano James Freeman Clarke (1810-1888) pode ser estendida a todos os líderes proeminentes, em todas as épocas, em todos os quadrantes da terra, independe de etnia, gênero, religião ou convicção política. Aplica-se a quem olha a floresta sem esquecer as árvores que a compõem.
No século XXI surgiu no Vaticano, um Estado desarmado, a figura de um ESTADISTA, o Papa Francisco. Humilde desde o primeiro pronunciamento (“Rezem por mim, pois sou um pecador”), indômito (enfrentou os mais altos dignitários da Cúria Romana), inflexível nos princípios (condenou escândalos, seja vinculados ao Banco Vaticano ou relacionados à pedofilia endêmica), ecumênico (não distingue as pessoas pelo seu credo religioso nem político), pela fala suave, mas que estronda em nossos ouvidos.
Seleciono duas atitudes paradigmáticas:
A Igreja Católica tem sido acusada de acobertar procedimentos pedófilos praticados por membros do seu clero, das mais diversas instâncias. O Papa Francisco, desde o início do seu Pontificado, exige que sejam elucidados esses crimes e o resultado apareceu de pronto. O Cardeal alemão Reinhard Marx reconheceu, em 2019, que a Igreja Católica destruiu arquivos sobre os autores de abusos sexuais.
O Papa Francisco autorizou o julgamento por “abusos de poder” de Bispos que eventualmente acobertaram padres denunciados por abuso sexual de menores, informou o Vaticano (10/06/2015). Os casos estão sendo julgados por um novo Tribunal, uma seção judiciária que estará a cargo da Congregação para a Doutrina da Fé, o braço do Vaticano para doutrinamento, conforme explicou o porta voz do Vaticano, Padre Federico Lombardi.
Ao contrário do que acontece amiúde, o Papa Francisco não protege importantes membros da Igreja Católica, inclusive Cardeais. Após ser condenado, George Pell, Cardeal australiano, recebeu sentença por crimes de pedofilia contra menores nos anos 1960. Ele foi chefe das finanças do Vaticano e assessor próximo do Papa Francisco, chegando a ser o terceiro homem em hierarquia do Vaticano. O Juiz Peter Kidd, do Tribunal do estado de Victoria, declarou que Pell deverá cumprir três anos e oito meses da condenação antes de pedir liberdade condicional, o que poderá fazer em outubro de 2022.
Inúmeros fatos ocorreram, inclusive o ex-cardeal norte-americano Theodore McCarrick, de 88 anos, acusado de abuso sexual há quase meio século, perdeu o cargo de Cardeal e foi devolvido ao estado laico.
Ao contrário do que alguns temiam, esta operação, comandada pelo Pontífice, não causou prejuízo para a Instituição; pelo contrário, a exposição clara e a severa punição dos envolvidos demonstra que novos e radiosos tempos se vislumbram na fímbria do horizonte.
Em 13 de março de 2013, o primeiro Jesuíta a ser eleito Papa disse: “Eu sou um pecador, mas confiando na misericórdia e na paciência de Deus, no sofrimento, aceito (ser Papa)”.
Estava aberto o caminho para a redenção do passado. Confiando na misericórdia de Deus – palavras do Pontífice – os pecados podem receber o perdão de Deus, mas têm de ser expiados.
O Papa Francisco protagonizou um ato que jamais se vira na história da Igreja Católica: rezou sozinho na Praça São Pedro, no Vaticano. O líder máximo do Catolicismo deu a bênção e a indulgência plenária ao mundo. Atendendo ao apelo da Organização Mundial da Saúde (OMS) que determina o isolamento como o único meio de frear a pandemia do coronavírus (COVID-19).  Um idoso, caminhando com passos trôpegos atravessou uma praça conhecida por reunir multidões ávidas de ouvir a voz do Pastor. Desta vez, mesmo sozinho, estava sim, cercado por milhões de fiéis que acompanhavam as imagens mundo afora. Que exemplo para tantos que minimizam a “peste”, menosprezam seus efeitos, periculosidade e com seu mau exemplo prejudicam todo o esforço das autoridades sanitárias que, à falta de vacinas e quaisquer medicamentos que sejam cientificamente comprovados eficazes dizem em alto e bom som: “resguardem-se no recesso dos lares, não se deixem contaminar e, também, não sejam vetores da propagação da doença, da morte de concidadãos”. Sim, todos os que irresponsavelmente circulam – sem que isso seja necessário – demonstram ser pouco patrióticos e sua falta de senso comum beira a insanidade.
No anverso da moeda, enfrentando a tenebrosa Parca - nem Zeus, o Senhor dos Céus e Deus Supremo da Mitologia Grega tinha poder para contestar suas decisões - heroicos e destemidos humanos permitem que a quarentena seja mantida e a vida continue num ritmo de quase normalidade. Profissionais da saúde, comércio de bens essenciais – inclusive e principalmente medicamentos – transporte, segurança, etc., merecem nossa gratidão. Eles dão “a cara para bater” a fim de que possamos sobreviver.


Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

segunda-feira, 6 de abril de 2020

PANDEMIAS AO LONGO DA HISTÓRIA





PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

PANDEMIAS AO LONGO DA HISTÓRIA
Estamos enfrentando uma pandemia, a tendência é execrar os atingidos pelo coronavírus, quando o correto é promover seu isolamento para evitar a contaminação. Isolados, diminui o risco para a população, contudo, lembremos, são seres humanos que sofrem e correm o risco de perder a vida.                                                                                                               O Papa Francisco, como é de seu feitio, expressou sua solidariedade e a esperança de voltarmos a conviver.
“Esta noite, antes de dormir, pensa em quando voltaremos para a rua. Quando nos abraçaremos de novo, quando iremos às compras todos juntos e isso nos parecerá uma festa.                                                                                                                                  Vamos pensar em quando regressaremos aos cafés, aos bares, às conversas, às fotos em que nos apertaremos uns aos outros. Vamos pensar que agora é apenas uma memória, mas que a normalidade vai nos parecer um presente inesperado e lindo.                                                                     Vamos amar tudo o que até agora nos pareceu inútil. Cada segundo será valioso. Os mergulhos no mar, o sol até tarde, o pôr do sol, os brindes, as gargalhadas. Voltaremos a rir juntos. Força e coragem. Ver-nos-emos em breve”. (Papa Francisco)
Em tempo de coronavírus não custa ressaltar que pandemias acompanharam a História da Humanidade. Um rápido retrospecto das mais impactantes será apresentado em sequência antes de abordarmos o mote principal: o coronavírus.
Lepra – a Bíblia faz referências a esta doença e a estigmatiza de maneira contundente. Leprosos eram execrados, confinados em guetos e deles não podiam se afastar. Do nome Lázaro deriva o pejorativo lazarento o doente e lazareto  sinônimo de leprosário.
O Rico e Lázaro é um relato de Jesus registrado apenas no Evangelho de Lucas 16:19-31
.
Peste Negra – A Peste Bubônica foi um dos episódios mais aterrorizantes da História da Humanidade, durante o século XIV dizimou um quarto da população da Europa, cerca de 25 milhões de pessoas.    
Gripe Russa, subtipo H2N2, (1889-1890) – Deixou um rasto de 1,5 milhão de mortos. Começou em Bukara, atual Usbequistão e, em três meses se espalhou pela Ásia, Europa, África, e América. No Brasil, sobrou até para o Imperador D. Pedro II.
Gripe Espanhola, (1918-1920) – Pandemia de Influenza A, do subtipo H1N1, se espalhou por quase todo o mundo, contaminou mais de 500 milhões de pessoas, vitimou entre 50 milhões e 100 milhões. Apesar do nome ela não se originou na Espanha, teve nos Estados Unidos seu início. Era um período de guerra e os países não revelavam seus dados, a Espanha, neutra, não censurava.  Personalidades ilustres tiveram suas vidas ceifadas: o rei Alfonso XIII (Espanha), Franklin Delano Roosevelt, Franz Kafka, Woodrow Wilson, Walt Disney. No Brasil, o presidente Rodrigues Alves e o futebolista Belfort Duarte, patrono do prêmio Belfort Duarte, destinado a atletas escolhidos por seu comportamento exemplar.
Gripe Asiática, subtipo H2N2, (1957-1958) – Até 2 milhões de pessoas perderam a vida. Desenvolveu-se no norte da China e avançou para a Ásia, Oceania, África, Europa e Estados Unidos.                                                                                                                                        Com a tecnologia mais avançada foi possível detectar o agente com rapidez e trabalhar em soluções como as vacinas, infelizmente, não foram em quantidade suficiente.
Gripe Hong Kong, subtipo H3N2, (1968-1969) – Até 3 milhões de mortos. Transmitida por aves, provocava febre alta, cansaço e dor nas articulações. De rápida progressão. O mundo caminhava a passos largos para a globalização e o incremento de voos internacionais favoreceu a disseminação.
Gripe Aviária, subtipo H5N1, (1997-2004) – Letalidade baixa, apenas 300 mortes contabilizadas. Sudeste Asiático, Europa e África. Para frear a proliferação, só em 1997, foram abatidas 1,5 milhão de aves.  Ela segue como motivo de preocupação, lavar as mãos com água e sabão é uma forma simples e eficiente de evitar o contágio.
Gripe Suína, subtipo H1N1, (2009-2010) – Causou 17 mil mortes. O vírus sofreu uma mutação no México e passou a infectar seres humanos. Parecida com a Gripe Espanhola, vitimou jovens, que, geralmente por terem vida social agitada, correm maior risco de contágio.
CORONAVÍRUS, 2019 – COVID-19 – O vírus se manifestou em dezembro de 2019 na província de Wuhan, na China, em pessoas que estiveram em uma feira de animais vivos. O vírus se espalhou mesmo entre pessoas que não tiveram contato com a feira, pois é de fácil transmissão via respiratória.                                                                                                                                             O coronavírus veio da natureza, não é o resultado de uma experiência transgênica de um laboratório. Assim que a doença começou a se propagar na China, os cientistas do país sequenciaram o genoma e tornaram os dados públicos.                                                                                                                                                           Há dois cenários possíveis:                                                                                                                                 1. O vírus passou por uma mutação natural dentro de um hospedeiro animal e, depois, chegou aos seres humanos, já com capacidade infecciosa. Nesta especulação o vírus tem capacidade de evoluir ainda nos animais e podemos esperar surtos repetidos no futuro.                                                       2. O vírus também passou do animal para o humano, mas só se tornou patogênico no corpo do homem. Nesta hipótese é menor o perigo de futuros surtos.                                                                                Ainda não se sabe qual das hipóteses é a correta.
A maneira mais barata e eficaz de eliminar os vírus é lavar as mãos com água e sabão porque eles não têm estrutura para resistir à higiene, são protegidos apenas por uma cápsula de gordura que se dissolve e, com isso, o vírus morre. Pelo mesmo motivo o álcool GEL deve ser usado em trânsito – o álcool líquido não deve ser usado, é agressivo para a pele.
Importante: As pessoas que não têm necessidade absoluta de saírem de casa devem obedecer à quarentena. Quando tiverem que se deslocar, tomem as seguintes providências:                                     Ao retornar, troquem de roupa e tomem um banho; as roupas que não forem lavadas imediatamente devem ser penduradas em local isolado de tudo (em 8 horas os vírus morrem); limpem com álcool todas as superfícies que foram tocadas no retorno. Todas. Este procedimento não dará proteção absoluta, mas é o que podemos fazer para garantir uma proteção considerável.
Se todos se conscientizarem da gravidade da situação e obedecerem rigorosamente os procedimentos recomendados as contaminações e mortes ainda serão consideráveis, porém, na hipótese de haver desleixo criminoso, preparemo-nos para uma hecatombe. É hora de não menosprezar, é hora de precaver para sobreviver, é hora e respeitar a vida do próximo.
Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

quinta-feira, 2 de abril de 2020

TRIPÉ, ESPERANÇA, FÉ E CIÊNCIA





PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

0 TRIPÉ ESPERANÇA, FÉ E CIÊNCIA
“Os maiores – em periculosidade – inimigos do homem são os menores: os vírus”. (Jayme José de Oliveira)                                                                                                                                                             A batalha para vencê-los é árdua, sem quartel e deixa um rasto de vítimas antes da vitória final. Como em todas as guerras.
A humanidade nunca se deixou abater, nem o fará desta vez.                                                                              
A ESPERANÇA sinaliza na fímbria do horizonte.                                                                                                                                  Há um tripé sobre o qual se assenta a tática que usaremos.                                                                     O Papa Francisco aponta a FÉ: “À pandemia do vírus responderemos com a universalidade da FÉ”. O terceiro ponto de apoio é a CIÊNCIA. Desde tempos imemoriais o cérebro humano pesquisou e encontrou soluções para os mais intrigantes problemas. Venceremos mais uma vez. 
Há um plano de ação a ser seguido e todas as etapas, todos os procedimentos, têm de ter um encadeamento sinérgico e a nossa trincheira será o lar. Permaneçamos em quarentena, evitar o contato com o adversário não é covardia, ninguém em seu juízo perfeito enfrentaria um pitbull agressivo, estando desarmado.                                                                                                        Combatentes corpo a corpo, profissionais da saúde, transportes, produção e distribuição de artigos indispensáveis, da segurança, etc. merecem a nossa admiração, incentivo e respeito. Arriscam suas vidas para proteger as nossas. Façamos a nossa parte, evitando contatos desnecessários interrompemos a cadeia de transmissão. Os que, por teimosia e irresponsabilidade não cooperarem serão responsáveis pelas mortes que poderiam ser evitadas. Assassinos indiretos e igualmente torpes. Podem ser incluídos os cidadãos irresponsáveis participantes de carreatas em apoio ao fim da quarentena. Em tempo, “corajosos e indômitos” circulam em carros fechados e se refugiam em condomínios, isolados da plebe ignara.  Lembro o escritor português José Saramago, Prêmio Nobel de Literatura de 1988: “Somos cegos que veem? Cegos, que vendo não veem?”  Fabrício Carpinejar, poeta e jornalista: “Para conservar a esperança temos que defender nossos ouvidos, não somente escutar os grasnados dos urubus e dos corvos. Há outros pássaros cantando lá fora e dentro da nossa memória”.
O diálogo que transcrevo ocorreu na Austrália, mas poderia ser aqui:                                                               - No ano passado ocorreram 249 mortes nas ruas, é muito, qual o número que considerarias aceitável?                                                         - Umas 70.                                                                                                                                 – Ele disse 70? Isso são 70 pessoas.                                                                                  Pausa no vídeo, pessoas transitam.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            – Isso são 70 pessoas.                                                                                                               – É a minha família.                                                                                                                      – Agora, o que seria um número razoável?                                                                              - ZERO.                                                                                                                                                              Toda a pessoa faz falta para alguém. Dinheiro, temos toda a vida para ganhar. Uma vida não tem preço.  Fique em isolamento, eu quero você vivo(a).
A “gripezinha” do Bolsonaro lembra a “marolinha” do Lula. Fingindo-se cegos, ambos se destacam pelo exótico, pelo ridículo.
A ignorância pode virar crime se propalada por quem tem poder de mando. (Ronaldo Caiado - governador de Goiás - e FHC realçaram isso). O óbvio é que quem não tem conhecimentos técnicos sobre um assunto não deve impor regras, principalmente se possui ascendência e credibilidade sobre parte ponderável da população. Instiga a divisão do povo em alas inconciliáveis, que rumam para o irreconciliável.
O médico húngaro Ignaz Semmelweis, em meados do século XIX, reconhecido como a primeira pessoa a descobrir os benefícios médicos da lavagem das mãos para evitar a propagação de vírus, recebeu uma homenagem do Google no dia 20/03. Em formato de vídeo, que permaneceu 24 horas em disponibilidade na página inicial do buscador Doodle, mostra a forma ideal de lavar as mãos.  Doutor pela Universidade de Viena, em março de 1847 demonstrou que exigir dos médicos a higienização das mãos diminuiu radicalmente a ocorrência de morte de parturientes por febre puerperal.                                                                                                                                                     Apesar de várias publicações de resultados onde lavar as mãos reduziu a mortalidade para menos de 1%, as observações de Semmelweis entraram em conflito com as opiniões científicas e médicas estabelecidas na época. Apenas anos depois de sua morte obteve reconhecimento, quando Louis Pasteur, descobridor da vacina antirrábica confirmou a teoria microbiana das doenças. Em 1860, Joseph Lister ampliou os estudos de Pasteur e auxiliou para a aceitação no mundo científico e médico. Incompreensível que, 160 anos após, ainda haja discussões sobre as técnicas corretas para evitar a difusão de doenças virais. Incompreensível que haja rejeição à quarentena, principalmente quando defendida por autoridades que não possuem embasamentos científicos para emitir opiniões.
Na contramão de qualquer resquício de racionalidade a Justiça do RS liberou 3.400 presidiários, alegando perigo de contágio nas celas. Eles estão livres... nós em quarentena. Ficarão em suas residências ou assaltarão “pelaí”, arriscando-se ao contágio que a soltura pretendia evitar e auxiliando a propagar ainda mais o coronavírus?                                                                                     Pensem, senhores juízes. Pensem, não apenas com o viés de pensar nos detentos. Pensem no que pensam os pensantes em quarentena voluntária. Pensem nas possibilidades de propagação do COVID-19 por pessoas – detentos são pessoas, sim – que já demonstraram não terem o menor escrúpulo com as consequências de seus atos delituosos.                                                                               “Não podemos soltar presos e pôr em risco a população. Alguns fazem a proposta de soltar todos os presos que não tenham sido condenados por violência ou grave ameaça. Grandes traficantes foram condenados só por tráfico, vamos soltar todos os traficantes do país? Não faz sentido”. (Sérgio Moro – Ministro da Justiça)
Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado