“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
CALBUCO,
INFERNO NO CÉU
Intrínseca na natureza humana é a discordância em todos
os campos. Na religião, ou na negação dela, ateus e crentes nunca chegaram a um
acordo. Na política, jamais ocorreu nem ocorrerá um consenso, exceto em
negociações que beneficiem as partes, nesse caso a corrupção ativa e passiva se
mancomunam em detrimento do bem comum. Atualmente inventaram um termo para
definir: governabilidade. Não passa
dum abjeto toma-lá-dá-cá onde a tranquilidade dos governantes é negociada sem
escrúpulos com a troca de benesses, muitos cargos e poucos encargos.
Esses preliminares para entender como e porque absurdos
são difundidos e posam como verdades incontestes, por exemplo: “A TECNOLOGIA está nos encaminhando a um
aquecimento global que derreterá os gelos polares, provocará uma elevação do
nível dos oceanos com catastróficas consequências para a vida em geral e a
civilização em particular”. Na verdade, contribuímos com a nossa
parcela, porém a natureza o faz com intensidade muito maior. O vulcão Calbuco,
que em 22 de abril de 2015 entrou em erupção no Chile, expeliu enormes quantidades
de dióxido de carbono, ácido sulfúrico, ácido clorídrico e outros gases
igualmente tóxicos, além da lava e cinzas que cobriram vastas regiões do Chile
e Argentina principalmente, destruiu plantações, dizimou rebanhos e
inviabilizou o turismo. Este é apenas um dos que regularmente entram em erupção
no planeta e causam efeitos poluidores superiores à soma de todos os emitidos
pelo homem.
A comprovação que os “pums” dos rebanhos estão
contribuindo decisivamente para a destruição da camada de ozônio que protege o
planeta dos raios ultravioleta vindos do espaço não pode ser desconsiderada. Agora, tente convencer pseudoecologistas que vulcões, terremotos, tsunamis e outras
catástrofes naturais do meio ambiente são causadores muito mais danosos que a
contribuição de seres vivos e dos efeitos colaterais da civilização na
deterioração. “Nem que a vaca tussa”. Argumentarão que os “pums” de gás
metano são mais danosos que as emanações do Calbuco.
Isso não quer dizer que descuidemos de diminuir emissões,
isso é de vital importância por certo. Os pulmões dos chineses, por exemplo,
sofrem, e muito, com o desleixo das indústrias. Em Minamata, Japão, a baía foi
de tal modo poluída por efluentes de mercúrio que causou inclusive teratologias
(perturbações no desenvolvimento fetal) e deu início à era da utilização de
filtros e outros meios para evitar a contaminação, tanto da água como do ar.
Graças a essas providências nos encaminhamos para uma exigência internacional
de preservação do meio-ambiente.
Nossos netos e descendentes agradecem antecipadamente.
P.S.1:
Já houve ao menos seis grandes catástrofes ocasionadas por causas naturais que
quase exterminaram a vida na Terra. Há 500 milhões, 466 milhões e 253,8 milhões
de anos. Impactante a extinção dos dinossauros há 65,5 milhões de anos,
consequência da queda de um meteorito de aproximadamente 20 km de diâmetro, na
baía de Yucatán –
México. Há 55 milhões de anos uma glaciação também quase eliminou os sobreviventes
do meteorito. O homo sapiens sobreviveu à última glaciação ocorrida na Terra que começou há 100 mil anos e terminou
há 12 mil.
P.S.2:
A erupção
do Monte Tambora em 1815 foi ouvida na ilha de Sumatra (mais de 2000 km de distância). Uma enorme queda de cinza
vulcânica foi
observada em locais distantes como nas ilhas de Bornéu, Celebes, Java e arquipélago das Molucas. A atividade começou três anos antes,
de uma forma moderada, seguindo-se a enorme explosão que lançou material a uma
altura de 33 km, que, no entanto, ainda não foi o ponto culminante da
atividade. Cinco dias depois, houve material eruptivo lançado a 44 km de
altura, escurecendo o céu num raio de 500 km durante três dias e matando cerca
de 60 000 pessoas, havendo ainda estimativas de 71 000 mortos, das
quais de 11 a 12 mil mortas diretamente pela erupção.
A erupção criou anomalias climáticas globais, pois não houve verão
no hemisfério
norte em
consequência desta erupção, o que provocou a morte de milhares de pessoas
devido à falta de alimento, com registros estatísticos confiáveis especialmente
na Europa, passando o ano de 1816 a ser conhecido como o ano
sem Verão.
Culturas agrícolas colapsaram e gado morreu, resultando na pior carestia do século XIX
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
Cirurgião-dentista aposentado
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