“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
A VERDADE
As promessas que
fazemos a nós mesmos no alvorecer de um novo ano costumam ser tão fugazes como
a fumaça dos fogos de artifício que se esvai no ar. Raramente ultrapassa o Dia
dos Reis, 6 de janeiro. Estimuladas pelos eflúvios etílicos emanados do champanhe
da virada do ano são esquecidos junto com a ressaca subsequente. INFELIZMENTE!
Se as boas intenções
perdurassem, não fossem efêmeras, poderíamos verificar que, inclusive, o mundo
se tornaria mais aprazível e os humanos mais humanos – no sentido mais
condizente com a intenção do Criador ao assoprar vida no barro e criar Adão -,
buscando um convívio menos conflituoso com a sociedade. Ao fim e ao cabo mais
justa com os menos favorecidos. Sim, pois a caridade e a disposição de
compartilhar fazem parte da maioria dos propósitos.
Vejamos um detalhe,
utópico é verdade, que, como o toque da varinha mágica de uma fada mudaria o
curso da História. Para sempre. Nunca mais mentir, a verdade ser alçada ao
píncaro das ações, desejos e realizações. Evidentemente, todos os humanos, os políticos
inclusive – preferencialmente diria -. E como seria um mundo onde os políticos
cumprissem as promessas de campanha e – suprema comoção – não levassem de
arrasto o habitual séquito de áulicos e cabos eleitorais (regiamente
remunerados pelo erário público)? Ao serem investigados os notórios casos de
corrupção que abastecem com generosidade as campanhas eleitorais? Lembrem do
“Quero-o-Meu”, o corrupião corrupto, personagem idealizado por Luís Fernando
Veríssimo? Sequer teria sido criado.
No decorrer de uma
inquirição judicial “Sua Excelência” não poderia afirmar de boca cheia: “Sou o
mais honesto dos brasileiros”; ou: “Não privilegiarei meus familiares na
indicação para cargos públicos, nepotismo não será uma das minhas metas”; ou:
“As obras licitadas serão executadas sem percalços, aditamentos pré-agendados,
apenas os destinados para compensar a inflação ou exigidas para o bom
funcionamento da empreitada”; ou: “Serão privilegiadas obras que beneficiarão o
Brasil e não outros países”; ou: “As licitações não incluirão em seus cálculos
de custo os tradicionais X% de suborno”; ou: “As obras iniciadas cumprirão seu
cronograma e não serão postergadas ad aeternum”. Etc.
Acabaria o quiproquó
da discussão sobre quando um condenado poderá ser preso. Não podendo mentir, o
juiz e os jurados decidiriam com clareza e o acusado teria SEMPRE um julgamento
baseado na VERDADE DOS FATOS, sem chicanas da defesa ou da acusação, falsos
testemunhos, delações premiadas sem cunho verdadeiro, protelações
intermináveis. HOSANA! Após a condenação em 1ª instância... presídio para o
safardana.
BELISQUEM-ME PARA
ACORDAR, JÁ PASSOU O DIA DOS REIS.
P.S. 1 – Às pessoas
das minhas relações em certa ocasião afirmei e confirmo agora que, se pudesse
realizar um único desejo, este seria impor a VERDADE no convívio humano. No
início seria o caos, acreditem. Com o tempo se estabeleceria a primazia dos
bons em detrimento dos cafajestes que, atualmente em muitos locais se instalaram
e como não têm escrúpulos pouco se importam com as consequências. P.S.
2 – O mito da Caixa de Pandora, a que ao ser aberta liberou todos os males que
afligem a humanidade mas conservou cativa a Esperança, nos permite a crença que
um dia a liberará e será o início de uma Nova Era.
Quando tudo parece perdido:
AS
QUATRO VELAS – 2min15seg
Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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