“Por mais brilhante que sejas, se não fores
transparente, tua sombra será escura”.
ALIMENTOS TRANSGÊNICOS
E FAKE NEWS
Os transgênicos são
uma evolução da engenharia genética, caracterizada pela modificação, em
laboratório, dos genes de um ser vivo. Surgiu a possibilidade de alterar o DNA
de seres vivos com o intuito de potencializar ou criar determinadas
características que a natureza não produz. Para melhor compreendermos
utilizemos uma metáfora: Um colar de pérolas pode ter contas adicionadas e ou
retiradas, continuará sendo um colar de pérolas, porém, diferente do original.
Nos seres vivos podemos também retirar genes que apresentem anomalias e
acrescentar outros que melhorem a qualidade do ”enxertado”.
Vantagens
de alimentos transgênicos: Podem
evitar ou prevenir riscos de pragas em plantações; maior resistência a
agrotóxicos; aumentar a produtividade; enriquecer com proteínas e vitaminas
específicas; remover características indesejadas ou nocivas. Desvantagens: Podem produzir substâncias tóxicas ou que provocam alergias;
provocar desequilíbrios ecológicos e diminuição da biodiversidade; tornarem-se
mais susceptíveis a serem exterminados por um único agente patogênico. Transgênicos tanto podem nos induzir ao
progresso e melhoria de vida, como gestar monstruosidades, inclusive armas
biológicas. Cumpre exercitar vigilância e controle para separar o joio do trigo
e não nos deixar transtornar por arautos do Apocalipse, que não admitem sequer
a possibilidade de estudo, muito menos o uso de transgênicos.
EM 20 ANOS DE
TRANSGÊNICOS, O QUE OS NÚMEROS REVELAM?
No Brasil, começaram
a ser plantados em 1998 com a aprovação da soja resistente a herbicida,
livrando as culturas do ataque de lagartas. Houve melhoramento genético que
possibilitou, além da economia, maior produtividade e o encurtamento do ciclo
de cultivo. Safras mais curtas
permitiram a realização de até três cultivos em um mesmo ano: soja, milho e pastagens,
algo raríssimo na agricultura mundial. Em
2005 o algodão, em 2007 o milho. Em 2012, pela primeira vez na história a safra
de inverno superou a do verão em produção. A maior produtividade agrícola
permitiu a expansão da indústria de carnes. Em 1998 se produzia cerca de 30
milhões de toneladas de soja e 7 milhões de toneladas de frango e suínos. Após
20 anos, em 2017, a produção de soja alcançou 120 milhões de toneladas, a de
frango e suínos, 16,8 milhões de toneladas.
Fake News proliferam
de maneira avassaladora quando se aborda os transgênicos, mas, o que são fake news
realmente? Um conteúdo deliberadamente
inverídico, produzido propositadamente para simular uma notícia verdadeira.
Um grupo de indivíduos cria notícias falsas e SABE que elas são mentirosas.
Para espalhar com eficiência é necessária a existência de um segundo grupo que
não consegue identificar a fraude, mas , devido ao fato de ser composto por
muitos indivíduos, viraliza as fake News. Joseph Goebbels – Ministro da
Propaganda da Alemanha Nazista – já afirmava que uma mentira repetida mil vezes
se tornava verdade. O que torna mais fácil a disseminação é a técnica de
misturar notícias verdadeiras para contrabandear as falsas. Não é preciso salientar
que há uma qualidade repulsiva de maldade no processo, mas ele FUNCIONA.
Notícias falsas são fabricadas em escala industrial todos os dias. Nenhum de
nós é imune. Se não podemos combater fakes há como evitar a DESINFORMAÇÃO
pesquisando as fontes e mantendo o espírito alerta para notícias de conteúdo e
procedência duvidosos.
“E como podes dizer
a teu irmão: Permite-me remover o cisco em teu olho, quando há uma trave no
teu? Hipócrita! Tira antes a trave do teu olho, e então poderás ver com clareza
e tirar o cisco do olho do teu irmão”. (Mateus, 7.5)
P.S.: A Symgenta,
empresa privada que criou o projeto, abriu mão de royalties para países pobres
e com este procedimento desmonta os argumentos do Greenpeace.
Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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