A grande lição que podemos tirar do
julgamento do “mensalão” não é a demonização do PT, mas a consciência que, no
Brasil, se entranhou de forma endêmica uma solerte maneira d encarar a gestão
política. TODOS OS PARTIDOS utilizam TODOS OS EXPEDIENTES, por mais vis que
sejam, para chegarem e ao chegar permanecerem e, durante a permanência se
locupletarem. É desalentador? É! É catastrófico? É! Tem solução? Tem! Faz-se
mister uma mudança de atitude do eleitor. Não adianta a lei da “ficha-limpa” se
continuarmos elegendo “fichas-sujas” ou dando respaldo a políticos que não
honram seus mandatos.
Flávio Tavares é um jornalista que
jamais poderá ser classificado como “de direita”, sofreu as agruras do exílio,
voltou e continua ativo e altivo como sempre. Em 14/10/2012 escreveu na Zero
Hora uma crônica da qual extraio alguns trechos:
“Ministros do Supremo Tribunal, por elegância ou inibição, simularam
que nada existia por trás dos subornos de milhões de reais – a não ser um bando
de corruptores e corrompidos”.
“Em termos individuais, é evidente que José Dirceu não é o cume da pirâmide corruptora que o
procurador-geral, Roberto Gurgel, esmiuçou de alto a baixo, ao denunciar o
“mensalão”.
“Em verdade era apenas um preposto do presidente da república, Zé
Dirceu centralizava o que Lula da Silva dispersava, mas o mais alto da alta
cúpula não foi réu do processo”´
“No governo da presidente Dilma, são conhecidos os escândalos de
corrupção que forçaram a demissão de ministros de diferentes partidos – PDT,
PT, PR, PMDB, PP e PCdoB. A corrupção faz os partidos não se diferenciarem
entre si”.
‘Mais terrível ainda é que no topo de tudo apareça Zé Dirceu, e que sua determinação o tenha
levado a ser o grande bode expiatório de uma organização mais ampla”.
Acrescento que, ao defenestrar
ministros impostos pelo anterior mandatário, a presidente Dilma sinalizou um
vezo diferente para o atual governo. Podemos vislumbrar uma luz no fim do
túnel, se a deixarem prosseguir na “faxina”.
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