segunda-feira, 15 de outubro de 2012

FLÁVIO TAVARES e o "mensalão"




A grande lição que podemos tirar do julgamento do “mensalão” não é a demonização do PT, mas a consciência que, no Brasil, se entranhou de forma endêmica uma solerte maneira d encarar a gestão política. TODOS OS PARTIDOS utilizam TODOS OS EXPEDIENTES, por mais vis que sejam, para chegarem e ao chegar permanecerem e, durante a permanência se locupletarem. É desalentador? É! É catastrófico? É! Tem solução? Tem! Faz-se mister uma mudança de atitude do eleitor. Não adianta a lei da “ficha-limpa” se continuarmos elegendo “fichas-sujas” ou dando respaldo a políticos que não honram seus mandatos.

 

Flávio Tavares é um jornalista que jamais poderá ser classificado como “de direita”, sofreu as agruras do exílio, voltou e continua ativo e altivo como sempre. Em 14/10/2012 escreveu na Zero Hora uma crônica da qual extraio alguns trechos:

 

“Ministros do Supremo Tribunal, por elegância ou inibição, simularam que nada existia por trás dos subornos de milhões de reais – a não ser um bando de corruptores e corrompidos”.

 

“Em termos individuais, é evidente que José Dirceu  não é o cume da pirâmide corruptora que o procurador-geral, Roberto Gurgel, esmiuçou de alto a baixo, ao denunciar o “mensalão”.

 

“Em verdade era apenas um preposto do presidente da república, Zé Dirceu centralizava o que Lula da Silva dispersava, mas o mais alto da alta cúpula não foi réu do processo”´

 

“No governo da presidente Dilma, são conhecidos os escândalos de corrupção que forçaram a demissão de ministros de diferentes partidos – PDT, PT, PR, PMDB, PP e PCdoB. A corrupção faz os partidos não se diferenciarem entre si”.

 

‘Mais terrível ainda é que no topo de tudo apareça  Zé Dirceu, e que sua determinação o tenha levado a ser o grande bode expiatório de uma organização mais ampla”.

 

Acrescento que, ao defenestrar ministros impostos pelo anterior mandatário, a presidente Dilma sinalizou um vezo diferente para o atual governo. Podemos vislumbrar uma luz no fim do túnel, se a deixarem prosseguir na “faxina”.

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