“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
ALEA JACTA EST
Em 10 de janeiro de 49 a.C., no momento em que
atravessava o Rubicão, rio que marcava a fronteira da Itália, Júlio César
pronunciou a frase que que se tornou célebre pelo seu significado: “Alea jacta
est” (A sorte foi lançada).
O dia 30 p. p. representou a escolha dos brasileiros
por uma das ideologias que se digladiam desde 2002, ano em que Lula foi eleito
presidente pela primeira vez. A atual refrega foi a mais renhida da História e
cabe agora ao vencedor encetar uma trajetória que tente minimizar a cisão e
promover um arriar as armas. No sentido real e também no figurado.
Analisemos a gestão pública no Brasil durante os
últimos anos, singularizou-se por uma “gastança” fora de quaisquer limites.
Lideranças distribuem verbas bilionárias para que seus escolhidos apliquem em
interesses eleitoreiros e, pior, amiúde “forrem o poncho”, a fiscalização é um
”conto da carochinha”. Há um conluio desavergonhado que beneficia tanto as
empreiteiras com os “donos da caneta”... quem paga somos nós.
Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), o Brasil
tem maia de 14 mil obras inacabadas. São escolas, hospitais, pontes, praças,
estradas, ciclovias, quadras esportivas, mercados públicos, casas populares,
aterros, sistemas de saneamento e urbanização e uma infinidade de outros
empreendimentos esquecidos num limbo incrivelmente dispendioso. Se houvesse uma
rubrica específica no orçamento para cobrir as despesas com obras paradas, a
dotação seria maior que toda averba dos Ministérios da Educação (R$ 113
bilhões) e da Defesa (R$ 112,6 bilhões).
Através do BNDES foram patrocinadas obras bilionárias
no exterior em detrimento das nacionais num valor que atinge R$ 441 bilhões
financiando pontes, metrôs, portos, estradas, etc. Imaginem o quanto estaríamos
aplaudindo sem tivessem sido realizadas no Brasil. As mesmas empreiteiras,
certamente teriam deixado o nosso país bem mais habitável e o desemprego bem
inferior ao que atualmente existe.
Agora tudo isso é passado, o que não tem remédio
remediado está. Este provérbio nos incita a parar de chorar os erros do
passado, vamos arregaçar as mangas e tentar consertar para que o futuro seja
mais condizente com os nossos anseios.
No ato de Defesa da Democracia, na PUC de São Paulo
Lula afirmou: “Se eleito vou montar um governo além do PT, não farei uma
política pequena com adversários do Congresso, governos estaduais e municipais.
Eu não vou procurar sarna para me coçar, vou atender os interesses do povo”.
Jayme José
de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
Nenhum comentário:
Postar um comentário