“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
INTELIGÊNCIA
ARTIFICIAL – 2
Seres diferentes precisam compreender uns aos outros,
interagir, complementarem-se e desse modo extraírem o que de melhor possuem
para atingir o objetivo. O cérebro do homo sapiens é inimitável, possuidor do
livre-arbítrio – que só ele detém – mas lento em comparação ao cérebro
positrônico. O humano sabe formular perguntas e o positrônico realizar as
operações exigidas para a execução. Desde a pré-história o homem aprendeu a
utilizar ferramentas para facilitar o trabalho e o robô a mais sofisticada
jamais criada, apenas uma ferramenta. Juntos, em simbiose, têm capacidade para
atingir qualquer objetivo que pretendam.
JUNTOS, EM COOPERAÇÃO.
JAMAIS COMPETIRÃO.
Em “Cavernas de Aço”, descrevendo uma época em que 50
planetas já eram povoados, Isaac Asimov descreve a vida como imagina será.
Evidentemente, controle absoluto da natalidade será um dos requisitos, na
página 65 esse fato está explícito:
“Aconteceu no primeiro ano de casamento e o bebê ainda não tinha
nascido. O índice de Q.I. do casal e a sua posição no Departamento de Polícia
lhes dava o direito de ter dois filhos, dos quais o primogênito poderia ser
concebido no primeiro ano de união”.
Outro fator para
permissão de ter filhos:
“Passar por uma seleção genética a fim de selecionar os descendentes
mais aptos”.
É impossível elevar um cérebro positrônico uma
polegada acima do perfeito materialismo. Não podemos, não até entendermos o que
faz o nosso cérebro funcionar. Não enquanto houver coisas que a ciência não
puder medir e analisar. O que é a beleza, ou a arte, ou o amor, ou Deus?
Estamos sempre à beira do incognoscível, sempre tentando entender o que não
conseguimos compreender. Isso nos torna homens e não máquinas. O cérebro de um
robô é FINITO, caso contrário não poderíamos construí-lo. Um robô pode ter a
aparência de um deus, de um homem, mas será, sempre, um mecanismo sem alma, sem
sentimento, sem livre-arbítrio. Complexo? Muito. As possibilidades que se abrem
ante as perspectivas possíveis são inauditas. A lei das combinações possíveis
quando jogamos na mega-sena (grupos de seis números entre sessenta): mais de 50
milhões. O cérebro humano possui 80 bilhões de neurônios que podem se combinar
entre si, quantas possibilidades? MAIS QUE O NÚMERO DE ESTRELAS DO UNIVERSO! Haverá quem suponha possível criar um ser artificial
mais complexo? Mais forte, mais ágil, mais rápido em tomar decisões, mais imune
a cometer erros? Sim! Mesmo assim, não passará de um produto criado pelo
cérebro humano e possível de ser controlado. Uma arma pode assassinar de
moto-próprio? Não! Faz-se necessário alguém que a dispare. O robô mais
eficiente NÃO SE AUTODETERMINA. Sempre será consequência, JAMAIS autor.
Releguemos os catastrofistas com suas parlapatices, prossigamos firmes
na senda que nos foi aberta pelo Criador. Usemos todos os recursos que advirão,
enfim e ao cabo estamos cumprindo a missão que Ele nos confiou.
Jayme José
de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado