sábado, 7 de julho de 2018

A CRIAÇÃO DO MUNDO




Coluna publicada em "www.litoralmania.com.br" - 07/07/2018

http://www.litoralmania.com.br/a-criacao-do-mundo-jayme-jose-de-oliveira/

PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

A CRIAÇÃO DO MUNDO
Uma anedota depreciativa, gestada por quem não aguenta mais a situação que nosso país atravessa, relata um diálogo entre Deus e Lúcifer, anjo querubim, quando foi criado o universo.
Lúcifer: - O Senhor colocou nos países do mundo terremotos, desertos, geleiras, vulcões... no Brasil, matas verdejantes, águas límpidas, praias maravilhosas, clima temperado e tudo do bom e do melhor.                                                                                                                               Deus reconheceu: - É verdade.                                                                                Lúcifer indignado: - E o Senhor acha justo?                                                                      Ao que o Senhor argumentou: - Você tem que ver os políticos que colocarei lá.

A crise que enfrentamos na atualidade é fruto resultante da má gestão, descontrole do gasto público (onde o déficit só se agiganta). A previdência continua intocada e segue sendo a grande incógnita. Não é resolvida pelo temor das pressões exercidas pelas corporações e tudo isso conspira contra o equilíbrio fiscal, fundamental para o equilíbrio orçamentário.                                                                                                                    Sem condições políticas para propor quaisquer medidas que requeiram remédios amargos, porém indispensáveis e inadiáveis, o sonho do governo para um ajuste a longo prazo continua sendo apenas um sonho e as expectativas de soluções deterioram.                                                                                                      Catapultando o desequilíbrio a níveis insuportáveis, o déficit do setor público é responsável importante pelo estrago. Más gestões – federais, estaduais e municipais – atingem a economia, afetando a vida de todos. Lembremos também que o regime político multipartidário remete a um presidencialismo de coalisão onde o executivo depende do legislativo e este apoio só é conseguido com uma farta distribuição de cargos e verbas, muitas vezes espúrias e alocadas para projetos de interesse dos que delas se servem para proveito próprio, raramente visando o bem público e as necessidades da população.                                                                                                 O judiciário, que deveria ser o poder moderador entrou na “dança” e o que se vê mais parece uma disputa de malabarismos verbais e brilhantismos, quando não o resultado de posições de cunho político em vez da justa e correta interpretação das leis, o que seria o seu dever.
Nas eleições que se aproximam, direcionar os votos a candidatos que se proponham  quebrar o paradigma do toma-lá-dá-cá será não apenas uma medida inteligente como, talvez, uma das últimas oportunidades de corrigir a rota que, atualmente, nos conduz em direção a um iceberg. Caso não redirecionarmos o rumo nosso destino será o mesmo do Titanic. Não adianta bradarmos contra os políticos que não nos representam condignamente se nós mesmos não agirmos com correção e nos empenharmos em escolher os futuros representantes visando eleger pessoas que mereçam nossos sufrágios. Será inútil vociferar contra desmandos e continuar elegendo os mesmos de sempre.


Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado



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