quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

O PRESÉPIO





Coluna publicada em "www.litoralmania.com.br" - 29/12/2.016

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PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

O PRESÉPIO

As religiões celebram datas ou períodos significativos de suas liturgias.
O Ramadã no calendário islâmico é um período que dura um mês e durante o qual os fiéis têm de guardar jejum do nascer ao por do sol. Lembra a revelação do Alcorão.
O Pessah, Páscoa Judáíca, celebra a libertação do povo hebreu do cativeiro no Egito.
A celebração da festa do Natal remonta aos primeiros séculos da Igreja Católica. Desde o século IV as relíquias da manjedoura da gruta de Belém são veneradas na basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma. Elas se encontram num precioso relicário de ouro e cristal, onde podem ser admiradas por todos.                    
A liturgia própria da festa era chamada “praecepe”, de onde vem o nome presépio.                                                                             
Em 1.223 São Francisco de Assis reverenciou o nascimento de Jesus criando um presépio vivo, com autorização do Papa, uma vez que havia 16 anos tinha sido proibida a realização de dramas litúrgicos nas igrejas. Em companhia de frei Leão e com ajuda do senhor Giovanni Vollina montou em uma gruta da floresta na região de Greccio, Itália, a encenação do humilde nascimento de Jesus.                                          Os figurantes, Menino Jesus, numa manjedoura ao lado de seus pais, tendo por testemunhas os pastores e os animais e recebendo a visita dos Reis Magos guiados pela estrela de Belém eram representados por habitantes da aldeia. Os animais também eram reais. 
                                              
                                                                                                   
São Francisco morreu dois anos após mas os Frades Franciscanos continuaram a representação do presépio utilizando imagens.                                   
Atualmente as tradições natalinas como a árvore do natal, o Papai Noel, a ceia do natal, o presépio e as músicas natalinas dão forma à representação do Natal ao redor do mundo. No Brasil a cena do presépio foi apresentada pela primeira vez aos índios e aos colonos portugueses em 1.552 por iniciativa do jesuíta José de Anchieta.            A partir de 1.986 São Francisco é considerado o patrono universal do presépio.            Os reis Magos em uma interpretação mais recente são lembrados como um símbolo da união dos povos: Gaspar, o negro; Melchior, o branco; Baltazar, o asiático.              Os presentes trazidos pelos reis Magos têm um significado especial                               Ouro – representa a realeza divina.                                                                                        Incenso – a transcendência e as orações humanas que se elevam a Deus como a fumaça e o perfume.                                                                                                                Mirra – é usada para embalsamar os corpos no Oriente e simboliza a eternidade que vem depois da morte.                                                                                                              E assim o bebê nascido num estábulo e tendo por berço uma manjedoura iniciou uma nova era da humanidade, inclusive, o calendário que usamos inicia em 1d.C.



O Reisado tem origem na África, no Egito. As primeiras manifestações se deram na chamada Festa do Sol Invencível, comemorada em 6 de janeiro e considerada uma festa profano-religiosa. Nessa data no calendário do catolicismo é celebrada a Epifania, dia em que Jesus Cristo se manifesta a todos os povos.
O Reisado chegou ao Brasil através dos colonizadores portugueses que ainda conservam a tradição em suas pequenas aldeias, celebrando o nascimento do Menino Jesus. É uma festa popular recheada de histórias folclóricas, mas sua essência continua a mesma com uma mistura de temas sacros e profanos.
O Reisado é formado por um grupo de músicos, cantores e dançarinos que percorrem as ruas das cidades e até propriedades rurais, de porta em porta, anunciando a chegada do Messias, pedindo prendas e fazendo louvações aos donos das casas por onde passam.





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