terça-feira, 20 de dezembro de 2016

ÉTICA




Coluna publicada em www.litoralmana.com.br - 17/10/2.016


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

ÉTICA

Nos tempos conturbados que atravessamos fala-se muito em ética. Ou melhor, na sua falta. Mas, afinal de contas, o que é a ética? Como podemos julgar se procedimentos a obedecem ou não? O professor titular do Departamento de Teologia e Ciências da Religião da PUC-SP Mário Sérgio Costella assim a define:
“A ética é um conjunto de valores e princípios que você e eu usamos para decidir as três grandes questões da vida que são: POSSO, DEVO, QUERO.
Quais são os princípios que eu uso?
Tem coisas que eu QUERO mas não DEVO, tem coisas que eu DEVO mas não POSSO e tem coisas que eu POSSO mas não QUERO.                                                                          Você tem paz de espírito quando o que você QUER é o que você PODE e é o que você DEVE.
O que é ética? É o conjunto de valores que você usa para decidir isso.
A ética sobressai em atitudes inesperadas por fugirem ao senso predominante nos que apenas veem e agem de acordo com a “Lei de Talião” (olho por olho, dente por dente) e dignificam sobremaneira quem ouse praticá-las. Quem poderia supor que Nelson Mandela, depois de 27 anos de cárcere com trabalhos forçados, ao ser investido com poderes para tanto, em vez de retaliar seus algozes promovesse uma campanha de unificação na África do Sul? Essa atitude desassombrada permitiu uma convivência que se diferencia do “apartheid” em todos os sentidos. São do agraciado com o “Prêmio Nobel da Paz de 1.993” as palavras:



A imagem de Charles Chaplin, o imortal Carlitos se imortalizou pelas comédias que foram produzidas na transição entre o cinema mudo e o sonoro.                                               Pouco se divulga dos seus pensamentos, mensagens e humanismo. Este tão significativo como suas atuações no palco. Numa época em que um atitude desassombrada podia significar, inclusive, o banimento num mercado proeminente. Não se intimidou, e pagou o preço.                                                                                                                                    Analisem, Charles Chaplin assim se expressou:
“Hoje eu levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque a meia-noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está chovendo... ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro... ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.
Posso reclamar sobre a minha saúde... ou dar graças a Deus por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu quero... ou posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar... ou agradecer por ter trabalho.
Posso sentir tédio com os trabalhos de casa...ou agradecer a Deus por ter um teto para morar.
Posso lamentar decepções com amigos... ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.
O dia está na minha frente esperando para eu ser o que eu quiser ser”.



 Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

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