Coluna publicada em "www.litoralmania.com.b" - 02/12/2.016
http://www.litoralmania.com.br/fukushima-por-jayme-jose-de-oliveira/
“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
FUKUSHIMA
Julius
Robert Oppenheimer foi o físico norte-americano que dirigiu a equipe de
cientistas de vários países e produziu a primeira bomba atômica, resultado da
“Operação Manhattan”. As bombas atômicas que foram lançadas em Hiroshima e
Nagazaki comprovaram a terrível eficiência dos artefatos.
A
ciência, que comprovou o poder destruidor da fissão do átomo também o domou,
dando origem às usinas de reação nuclear para produzir energia elétrica.
Perigos rondam o funcionamento, sendo o mais temido a contaminação por
radiações. Quando ocorrem acidentes no funcionamento como em Chernobyl, em
1.986 – foi o primeiro dos cataclismos – Fukushima, em 2.011, o mais recente.
Em 26
de abril de 1.986 ocorreram explosões na Central Atômica de Chernobyl, na atual
Ucrânia, um dos mais graves acidentes ecológicos que s tem notícia. Atualmente,
na região, uma em cada cinco pessoas vive em terras contaminadas. O número de
doentes de câncer, pessoas com deficiência mental e mutações genéticas cresce a
cada ano. Antes havia 82 casos de câncer para cada 100 mil habitantes, hoje, há
6 mil casos. Muitos operários enviados pelo governo morreram contaminados após
cumprirem tarefas na área.
Além
das consequências a curto prazo, por demais conhecidas e temidas, outras a
longo prazo ocorrem nos atingidos e mesmo em seus descendentes devido à
desestruturação do DNA.
Os
efeitos da radioatividade nos seres vivos dependem da quantidade acumulada e do
tipo da radiação. Em pequenas doses é inofensiva, mas se a dose for excessiva,
inclusive nos seres humanos, pode provocar danos no sistema nervoso, no
aparelho gastrointestinal, na medula óssea, etc., ocasionando por vezes a morte
em poucos dias ou num espaço de dez a quarenta anos, através da leucemia ou
outro tipo de câncer.
Existem
vários tipos, desde as radiações alfa que podem ser detidos por uma simples
folha de papel, até as radiações gama, as mais deletérias.
As
consequências, dependendo da exposição, podem causar leves danos, destruir
células, originar um câncer e, inclusive alterar o material genético com
reflexos nas futuras gerações.
O
acidente de Fukushima foi o resultado colateral dum terremoto seguido por um
tsunami que devastou o Japão em 2.011. A contaminação do meio-ambiente provocou
alterações no DNA, inclusive de vegetais, como podemos observar nas imagens
anexas.
O
futuro da energia nuclear dependerá de como aprenderemos a minimizar os riscos
e, principalmente, o domínio da FUSÃO NUCLEAR para substituir a FISSÃO NUCLEAR.
A reação produzida pela fusão nuclear transforma átomos pesados de hidrogênio
(deutério e trítio) em hélio, SEM RADIAÇÃO E RADIOATIVIDADE RESIDUAL.
O
TOKAMAK, em estudo e aperfeiçoamento há décadas, quando tiver seu funcionamento
dominado, nos fornecerá energia sem limite, sem riscos e barata. A fusão nada
mais é que a repetição, em pequena escala, das reações que ocorrem no interior
do sol.
Jayme José
de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
Cirurgião-dentista aposentado
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