Coluna publicada em "www.litoralmania.com.br" - 13/05/2.016
http://www.litoralmania.com.br/nao-tem-anjinho-na-parada-por-jayme-jose-de-oliveira-2/
“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
NÃO TEM
ANJINHO NA PARADA
Em 1974 o general Ernesto Geisel assumiu a presidência do
Brasil prometendo o retorno à democracia por um processo gradual e seguro. O
ambiente político era o pior possível e a oposição pressionava pela anistia,
que acabou promulgada pelo presidente general João Batista de Figueiredo com a
Lei nº 6.683, em 28 de agosto de 1979. Ficou estabelecido que seria GERAL E
IRRESTRITA. Isso significava que a lei abrigava situação, oposição e
expatriados sob o mesmo guarda-chuva.
Foi nessa ocasião que durante um dos tantos debates que
ocorriam defendi a tese que pode ser resumida em poucas palavras: “Não tem
anjinho na parada”. De um lado, torturas, mortes (Vladimir Herzog), cassações,
Atos Institucionais. Do outro, sequestros, assaltos, mortes (tenente Alberto
Mendes), guerrilhas. Realmente, não havia anjinhos na parada e se pretendêssemos
paz, far-se-ia necessário ensarilhar as armas e desarmar os ânimos. DE TODOS.
Tancredo Neves-José Sarney deram o pontapé inicial.
A inflação, dragão monstruoso, inibia investimentos e
exauria principalmente os mais pobres.
Itamar-FHC, com o Plano Real conseguiram o considerado
impossível após diversas tentativas fracassadas: DOMARAM O FAMIGERADO DRAGÃO.
Lula, com sua eleição consolidou a democracia, a esquerda
assumiu o poder. Recebeu uma economia com uma dívida de R$ 852 bilhões
(externa+interna), acumulada em 180 anos, desde a proclamação da Independência.
Para espanto e inconformidade do PT, manteve a política econômica de FHC
nomeando Henrique Meirelles para a presidência do Banco Central. Seguiu-se uma
trajetória de equilíbrio e progresso. Parecia que, finalmente, levantaríamos do
berço esplêndido e rumaríamos para “Ordem e Progresso”.
Parecia... Não tardou e a ganância dos
corruptores-corruptos mostrou garras afiadas e goela insaciável. Era o início
do caos.
Simultaneamente os interesses mais voltados para o futuro
da permanência no poder que para a solvência do país exacerbou a demagogia e a
distribuição de benesses sem fundos que amparassem a gastança. Os R$ 852
catapultaram para R$ 1,89 trilhão. Em oito anos. Atualmente beiramos os R$ 3
trilhões que, com a taxa Selic em 14,25%, aumenta mais de R$ 1 bilhão/dia. Impagável.
É o caos econômico que precipita o social.
Foi mais a economia em frangalhos que qualquer outro
fator que levou a presidente Dilma ao impeachment. É a economia em frangalhos
aliada à praga da busca à “governabilidade”, nomeando implicados na Lava-Jato
que entrava o governo Temer. Acabará também em fracasso, a não ser que... como
referi no início, ENSARILHEMOS AS ARMAS, DESARMEMOS OS ESPÍRITOS. TODOS.
Judeus e antissemitas se odeiam e lutam há 4 mil anos e
não vislumbramos perspectiva de paz. Nelson Mandela, após 27 anos de cárcere e
trabalhos forçados teria sobradas razões para, quando no poder, encetar uma
vingança plenamente ao alcance. Sublimou a revolta, o rancor e o desejo de vingança.
Não esqueceu, seria impossível. Como resultado, em vez duma pátria em chamas
uma África do Sul em paz. Dentro do possível.
Qual o caminho a seguir? Deixo a resposta para cada
leitor. Opto pela cooperação, sem abdicar de princípios e convicções.
Jayme José
de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
Cirurgião-dentista aposentado
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