Publicada em "www.litoralmania.com.br" - 17/06/2.016
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“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
A
SUPERMÁQUINA 3 - SUPERLONGEVIDADE
“Eu e minha filha de 3 anos, a Isabel, andávamos de carro
quando ela perguntou: “Papai, você vai ficar velhinho”? Eu disse: “Claro,
filha”.
Ela desatou a chorar.
O medo de envelhecer está tão presente nas nossas vidas que
até uma criança de 3 anos entende rapidinho. É um pânico paralisante.
(Alexandre de Santi, editor da Revista Superinteressante)
A velhice é aterradora porque ela contém duas ideias ruins
simultâneas: perder o vigor da juventude e, ao mesmo tempo, sofrer com as
doenças que chegam com a idade.
ENVELHECER
Viver tem um efeito colateral: envelhecer.
As pessoas não envelhecem todas da mesma maneira,
intensidade e com marcas tão evidentes. Carros sofrem desgaste com o uso, mas
podemos encontrar alguns que mal parecem ter saído da fábrica. Como explicar?
As pessoas são influenciadas pelo DNA e, principalmente, pelo estilo de vida
que levam. Exercícios e alimentação balanceada, modo de viver sem excessos e
vícios auxiliam. Muito. Um carro bem conduzido, levado a revisões periódicas,
abastecido com lubrificantes e combustíveis de alta qualidade, permanece mais
tempo em condições de uso.
Lembremo-nos, não basta viver uma vida longa se não for
vivida com qualidade. Saibamos que o oxigênio é indispensável a vida, mas numa
jogada cruel da natureza, o gás vira veneno e nos mata aos pouquinhos, a partir
dos 20 nos. A decadência se deve à ação dos radicais livres que apesar de terem
curta existência, provocam estragos por onde passam.
TELÔMEROS, TELOMERASE E SUPERLONGEVIDADE
Nossos cromossomos têm nas extremidades estruturas
constituídas por repetidas filas de proteínas e estas, quando ocorre uma
divisão celular são levemente reduzidas e, em consequência, a determinada
altura do processo os cromossomos não conseguem mais realizar réplicas e a
célula perde a capacidade de se dividir. A morte das células ocorre quando os
telômeros forem consumidos em sua totalidade. Face a esse acontecimento pode-se
observar com precisão o tempo de vida um ser vivo ao analisar a quantidade de
telômeros que ainda restam.
Uma
enzima chamada telomerase previne o encurtamento dos telômeros adicionando
novas sequências nas extremidades dos cromossomas após as divisões.
A
telomerase está presente principalmente em células embrionárias e tumores
(câncer), ativando genes que fazem as células se dividir indefinidamente.
Nas células cancerosas, a telomerase é
reativada espontaneamente, mantendo o tamanho dos telômeros e permitindo a
proliferação indefinida e caótica destas células, ou seja, iniciando um
processo de câncer suas células tornam-se imortais.
Temos
diante de nós duas alternativas:
1. Como a telomerase é
indispensável para a divisão celular, se conseguirmos um processo que permita
neutralizá-la, poderemos paralisar o desenvolvimento das células cancerosas e,
com isso, chegarmos à cura do tumor.
2. Pelo mesmo raciocínio, se
estimularmos a formação de telomerase nas células normais propiciaremos a elas
se replicarem, aumentando seu ciclo vital. Nesse sentido, em 1.988 a Geron
Corporation começou a desenvolver técnicas e drogas para estender os telômeros.
Se o encurtamento dos telômeros é o que leva à velhice, a chave da longevidade
e da juventude está em conseguir evitar seu encurtamento.
P.S.: Dados fundamentais para a elaboração desta coluna e
das posteriores foram pesquisados na Revista Superinteressante, edição 359-A de
maio/2.016 e no Google.
Jayme José
de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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