A SUPERMÁQUINA
4 – ENVELHECIMENTO – 25/06/2.016
“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
A
SUPERMÁQUINA 4 – ENVELHECIMENTO
ENVELHECER É O GRANDE EFEITO COLATERAL DE NASCER. CERTO?
TALVEZ NÃO. ENTENDA POR QUE O ORGANISMO DECAI COM O PASSAR DOS ANOS E SAIBA
COMO A CIÊNCIA DE PONTA PRETENDE DRIBLAR ESSE PERCALÇO. E BUSCAR A
IMORTALIDADE.
Como algumas pessoas conseguem diminuir as marcas do
envelhecimento? Poderíamos simplificar todo o processo e debitar à genética,
mas o DNA é apenas um dos responsáveis pela boa aparência de Pelé e Maria
Gabriela na terceira idade.
Vamos explicitar que não se trata apenas de cuidar do corpo
para viver um maior número de anos. De pouco adianta viver cem anos ou mais,
mas com pouca qualidade de vida nos últimos.
A velhice se aproxima cada vez que você enche os pulmões de
ar. Você depende do oxigênio, ele é um combustível essencial para a existência.
A vida animal só conseguiu se desenvolver depois que o nível de gás aumentou
consideravelmente na Terra, há 600 milhões de anos. Mas, numa jogada cruel da
natureza, o gás vira veneno e nos mata, aos pouquinhos. Quando você respira,
oxigênio, glicose e água ficam trocando elétrons entre si, num complexo sistema
que acaba por liberar a preciosa energia. Se esse sistema fosse perfeito,
viveríamos para sempre e não envelheceríamos. Mas não é.
No universo celular há uma constante troca de elétrons
entre o oxigênio e moléculas do organismo. Em até 5% dos casos ocorre um
desequilíbrio nesse processo e o oxigênio perde elétrons. Na ânsia de
recuperá-los ele passa a roubar elétrons de lipídios, proteínas, DNA e RNA,
causando estragos por onde passa. Transforma-se num radical livre e só descansa
quando recupera seus elétrons, mas o estrago já está feito, gerando um
verdadeiro caos nas células e os danos se acumulam no passar dos anos.
Até ao redor dos 20 anos o corpo se regenera substituindo
as células danificadas. A partir dessa idade a reposição não consegue equilibrar
as perdas e o envelhecimento inicia. Aparecem rugas e a visão começa a falhar.
As articulações endurecem e os neurônios se degeneram. Etc.
Até agora a ciência não descobriu uma forma de interromper
a degeneração celular causada pelos radicais livres. A boa notícia é que os
cientistas evoluíram muito, veremos isso mais adiante.
Como vimos na coluna anterior, o encurtamento dos telômeros
é parte essencial do envelhecimento e as pesquisas se orientam para evitar o
processo. Por enquanto podemos retardar os efeitos com uma alimentação
equilibrada com ingestão de legumes, nozes, frutas grãos e azeite de oliva. Um
estudo publicado em 2.014, feito por cientistas de Harvard, acompanhou 121.700
enfermeiras com idades entre 30 e 55 anos durante mais de três décadas
comprovou que era eficiente no prolongamento dos telômeros.
A ciência, agora, entrou com todo o empenho de alguns dos
mais influentes magnatas do Vale do Silício que estão aportando bilhões de
dólares numa ideia ousada: curar a velhice ainda neste século.
Será tema para a próxima coluna.
P.S.: Dados fundamentais para a elaboração desta coluna e
das posteriores foram pesquisados na Revista Superinteressante, edição 359-A de
maio/2.016 e no Google.
Jayme José
de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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