sexta-feira, 30 de outubro de 2015

PREVIDÊNCIA NO RS - PROJETO DE MUDANÇA


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PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira -  28/10/2.015
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.


PREVIDÊNCIA NO RS – PROJETO DE MUDANÇA
Uma das investidas do governo do RS para conseguir um equilíbrio financeiro futuro se fixa na mudança do regime de aposentadorias da Previdência Estadual. Atualmente os funcionários, ao se aposentarem, tem o direito e receber o valor correspondente ao último salário que percebiam quando em atividade. A proposta estabelece a criação duma previdência complementar e limita as aposentadorias do funcionalismo público no estado ao teto do Regime Geral da Previdência, atualmente R$ 4.663,00. As regras, no caso de aprovação atingirão APENAS OS NOVOS SERVIDORES, não mexendo nos direitos adquiridos. A disparidade atualmente verificada no RS era a mesma no setor federal e, em 28/03/2.011 o governo federal emitiu sinais assinaladores para a Previdência Social. Em entrevista à revista Valor a presidente Dilma Rousseff manifestou a disposição de se empenhar para que o projeto que cria a previdência complementar dos servidores públicos federais fosse votada no Congresso.
Como resultado desse incentivo da presidente Dilma Rousseff, a partir de 05/02/2.013 passou a vigorar a Previdência Complementar dos Servidores Públicos instituída pela Lei 12.618, de 30 de abril de 2.012. O governo, por meio da Portaria 44 de 31 de janeiro de 2.013, publicada no Diário Oficial da União de 04 de fevereiro de 2013, editada pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) aprovou os planos de benefícios e o Convênio de Adesão da União à Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal. Com isso, segundo o art. 30 da Lei 12.618, os novos servidores serão filiados obrigatórios do Regime Próprio do Servidor até o limite equivalente ao teto de contribuição e benefício do INSS. Se desejarem uma aposentadoria com valor superior ao teto do INSS poderão aderir à Previdência complementar. Para os servidores que vierem a optar a União deixará de recolher o percentual de 22% sobre o total da remuneração do servidor para o custeio do RPPS. O “excedente” de contribuição (22% sobre o valor acima do teto) será substituído pela contribuição de 8,5% sobre a mesma base.
A providência tomada em nível federal pela presidente Dilma Rousseff veio em boa hora para corrigir uma disparidade flagrante e injustificável perante o Art. 5º da Constituição – todos são iguais perante a lei – e numa hora em que a disparidade chegava às raias do inconcebível, senão vejamos: dados oficiais em 23/03/2011.
As aposentadorias pagas aos cidadãos regidos pela RGPS (Regime Geral de Previdência Social) paga em média R$ 714,00. O valor médio das aposentadorias do regime próprio dos servidores públicos chega a quase R$ 6.000,00, oito vezes maior.
O mais estarrecedor dessa situação é que o déficit de R$ 51 bilhões decorre do pagamento de 940.000 aposentados e pensionistas do serviço público federal, enquanto que o déficit de R$ 43 bilhões dos trabalhadores urbanos e rurais contemplam 29 milhões de brasileiros “menos iguais”.
Demonstrando total incoerência – basta comparar o dispositivo em pleno vigor em nível federal com o pretendido pelo governador José Ivo Sartori - a bancada do PT-RS não pretende apoiar essa providência que, se não tem efeitos imediatos, a longo prazo aliviará os cofres do Estado dum ônus insuportável e mais, injusto para os demais aposentados pelo regime do INSS. Se essa mudança tivesse sido tomada em tempos pretéritos, hoje o RS seguramente não estaria nesta “pindaíba”.
“Apesar das similaridades entre os projetos de previdência dos governos de José Ivo Sartori e Dilma Rousseff a bancada do PT sustenta que a proposta do Executivo gaúcho é complexa e precisa ser discutida com maior responsabilidade. Um dos argumentos dos deputados da oposição, que pedem a retirada da urgência na análise do projeto, é o de que os sindicatos dos servidores do Estado não foram ouvidos e que a proposta não terá impacto em 2.016 já que a LDO aprovada pela Assembleia impede novas contratações.
Em tempo, a maioria do funcionalismo recebe menos que o teto do regime geral, portanto não seria atingida pela iniciativa que terá forte impacto, se aprovada, para os maiores salários, como servidores da Fazenda, Judiciário e Ministério Público”. (sic) [Correio do Povo, 11/09/2.015]
ENQUANTO NOSSOS POLÍTICOS, DE TODOS OS PARTIDOS, USAREM DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS, O BRASIL NO GERAL E O RS EM PARTICULAR NAVEGARÃO EM MARES TEMPESTUOSOS.


Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE XV - A VIDA IV - CLONAGEM








ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE XV- A VIDA IV - CLONAGEM
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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

O QUE É BOM PARA O JOÃO É BOM PARA O JOAQUIM




  
O QUE É BOM PARA O JOÃO É BOM PARA O JOAQUIM – 20/10/2.015



PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

O QUE É BOM PARA O JOÃO É BOM PARA O JOAQUIM

Há cerca de três décadas, logo após a redemocratização, estabeleceu-se um debate muito acirrado entre “viúvas da ditadura” e “simpatizantes dos guerrilheiros”.
- Vocês prenderam, torturaram, mataram, até políticos como Rubens Paiva.
- E vocês? Sequestraram, roubaram, assassinaram. O tenente Alberto Mendes Júnior foi covardemente morto a coronhadas quando estava indefeso, amarrado.
- Tínhamos que nos defender, arrecadar fundos e libertar companheiros presos.
- Evitamos a cubanização e o caos em andamento.

Não tinha fim o quiproquó e não se vislumbrava a menor chance de consenso. Em nada. Adversários eram diabos, correligionários anjos.
Em dado momento, farto, larguei a pérola:
- “O que é bom para o João é bom para o Joaquim”.
Fez-se um silêncio aturdido, aproveitei para arrazoar:
- “O que elogiamos nos afins, temos o dever de admitir nos adversários; o que condenamos nos adversários, temos de execrar nos afins.”
Simples, não? Mas como é difícil...

Atualmente o quadro se repete. “Coxinhas” e “petralhas” apontam o indicador acusadando, mas não admitem os próprios malfeitos, deslizes, irresponsabilidades. Lúcifer se transmuta em Belzebu com a maior naturalidade e desfaçatez.
“O que é bom para o João é bom para o Joaquim”? Lástima poucos quererem admitir e, principalmente, aplicar.

Eduardo Cunha, devido às contas na Suíça deveria renunciar à presidência da Câmara Federal. Petistas de todos os escalões, também acusados, são vítimas de “perseguição política” ou seguem lépidos e fagueiros?
Desvios de verbas ora são crime, ora imprescindíveis para a manutenção de obras sociais, como se desviar recursos ao arrepio da lei merecesse elogios. Desvio de verba é desvio de verba, seja como e para que for.

Ao admitir as “pedaladas” a presidente Dilma desafia:
- “Eu me insurjo contra o “golpismo” e suas ações conspiratórias. Quem tem força moral, reputação ilibada e biografia limpa para atacar minha honra? Quem”? (Zero Hora, 15/10/2.015)
Devagar com o andor que o santo é de barro. Para denunciar ações ilícitas não se exige reputação ilibada, é indispensável FALAR A VERDADE. Só isso, nada mais. As próprias organizações policiais disponibilizam telefones através dos quais recebem denúncias anônimas e muitos casos são assim elucidados. A delação premiada parte de acusados por prevaricações que utilizam esse subterfúgio PARA DIMINUIR A PENA, NÃO TEM REPUTAÇÃO ILIBADA NEM MORAL LIMPA.
“Recorrer ao rótulo de golpismo não é o suficiente para isentar a presidente de responsabilidade pela situação calamitosa em que o país se encontra. Não é a “oposição golpista” que está investigando as irregularidades: são instituições responsáveis, como a Polícia Federal, o Ministério Público e o Tribunal Superior Eleitoral”. (Zero Hora, 15/10/2.015)
“O que é bom para o João é bom para o Joaquim”.
Políticos corruptos de diversos partidos, empresários, intermediários, “laranjas” e inclusive quem, mesmo não se favorecendo, permitiu o tsunami - não é uma marolinha, não – são culpados por ação ou omissão por tudo que ocorreu e continua ocorrendo. Não posso crer em ignorância. Seria igualmente inadmissível não enxergar o que ocorria e ocorre bem debaixo do nariz.
Um detalhe agravante: Corrupção individual se limita a milhões, o que já é muito, corrupção institucional inicia na casa dos bilhões e pode levar um país ao debacle. Vejam a Grécia.

Lula , espertamente, tenta cooptar e aglutinar grupos sociais mediante a ameaça do fim das políticas de apoio aos mais pobres caso o indispensável ajuste fiscal seja executado: “E quais eram as coisas que a Dilma tinha de pagar? Ela fez as pedaladas para pagar o Bolsa Família. Ela fez as pedaladas para pagar a Minha Casa Minha Vida”. (Zero Hora, 14/10/2.015)
Então, segundo o ex-presidente, pode-se infringir a lei, vangloriar-se disso e admitir o fato sem ruborizar.

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A VIDA III - TRANSGÊNICOS -ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE XIV



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PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.


A VIDA III – TRANSGÊNICOS
ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE - XIV

Recorro, mais uma vez à metáfora.
Cinegrafistas deslocam-se à procura de flagrantes a serem documentados e os enviam à central de edição. Com vários à disposição o editor seleciona os que serão exibidos no noticiário da TV. De cada um recolhe o trecho a ser exibido, junta aos demais e os edita de maneira a formarem um conjunto harmônico, coerente. Assistimos diariamente o resultado deste garimpo e consideramo-lo um avanço em relação aos tempos em que recebíamos as imagens sem prévio ajuste dos componentes, aleatórios e dissociados.
Geneticistas pesquisam genomas e estudam genes dotados de propriedades específicas. Um, dois ou mais são selecionados. Examinam um ser vivo, analisam seus potenciais e deficiências. Com enzimas editam um novo genoma agregando genes, o aperfeiçoam e removem os desnecessários ou deficientes. Surge um novo organismo libertado de suas deficiências e potencializado pelos acréscimos. Um transgênico. Melhor, mais útil e aprimorado.
Este processo é semelhante ao que a Natureza processa há milhões de anos e que costumamos denominar “mutações”, cujas leis foram pela primeira vez expostas por Charles Darwin no seu livro “A Origem das Espécies” (1.859). O homem também o vem utilizado desde muito tempo cruzando espécies diferentes, O abade Gregor Mendel apresentou ao mundo científico o resultado de suas experiências sobre genética em 8 de abril de 1.858. Utilizando ervilhas, elaborou as “Leis de Mendel”, até hoje em vigor, com seus devidos aperfeiçoamentos.






O geneticista James Watson, um dos descobridores da estrutura de dupla hélice do DNA, localizou os genes responsáveis por três doenças importantes: fibrose cística, distrofia muscular de Duchenne e
Doença de Huntington. Foi encarregado de encabeçar um consórcio integrado por centros de pesquisas norte-americanos, franceses, alemães e japoneses – chineses vieram mais tarde – com a tarefa hercúlea de sequenciar todos os três bilhões de pares de bases que constituem o genoma humano.
Através de pesquisas genéticas e exames já é possível detectar se um ser humano tem predisposição para sofrer certas doenças ou se um embrião herdou doenças graves. Em breve, quando forem descobertas as funções de todos os genes humanos, outros benefícios virão. Deletar genes defeituosos ou substituí-los por saudáveis, ainda no embrião e com isso evitar que a doença se instale, é considerada uma tarefa exequível em futuro próximo. Dessa maneira a transgenia nos proporciona a formação de um ser diferente dos ancestrais usando genes que podem ser inclusive de diferentes espécies. Preservam-se as características fundamentais, agregando genes que acrescerão características favoráveis, podendo deletar genes indesejados. O arroz dourado que apresentaremos a seguir é apenas um exemplo de como podemos nos beneficiar das experiências que aperfeiçoam a natureza.

“Cada resposta que obtemos nos sugere dez novas questões, mas, o que nunca vai acabar é a procura do homem pelo conhecimento”. (Jayme. J. de Oliveira)


ARROZ DOURADO PROVOCA DEBATES


 AMY HARMON DO "NEW YORK TIMES":

Numa ensolarada manhã de agosto, 400 manifestantes derrubaram as cercas em torno de uma lavoura na região filipina de Bicol e, uma vez lá dentro, arrancaram do chão pés de arroz geneticamente modificados.
Se as plantas tivessem sobrevivido o suficiente para amadurecer, teriam revelado um tom distintamente amarelo na parte do grão que deveria ser branca. Isso porque o arroz possui dois genes do narciso, uma flor, e outro de uma bactéria, fazendo dessa a única variedade existente a produzir betacaroteno, fonte de vitamina A. Seus desenvolvedores o chamam de "arroz dourado".








O arroz dourado foi geneticamente modificado para produzir betacaroteno, fonte de vitamina A, porém há quem tema e se oponha ao seu cultivo. As preocupações manifestadas pelos participantes no ato de 8 de agosto - que o arroz representa riscos imprevisíveis para a saúde humana e o ambiente e que ele afinal servirá para dar lucro a grandes companhias agroquímica - são comuns quando se discute os méritos dos produtos agrícolas geneticamente modificados.
São essas preocupações que motivaram alguns americanos a reivindicar rótulos obrigatórios com a sigla "OGM" [organismo geneticamente modificado] para identificar alimentos que tenham ingredientes feitos a partir de produtos agrícolas cujos DNAs tenham sido alterados em laboratório.
São elas também que resultaram em protestos semelhantes a outros produtos transgênicos nos últimos anos: uvas concebidas para lutar contra um vírus letal na França, trigo criado para ter um menor índice glicêmico na Austrália, e beterrabas açucareiras preparadas para tolerar um herbicida no Oregon, EUA.
"Não queremos que nossa gente, especialmente nossas crianças, sejam usadas nessas experiências", disse ao jornal filipino "Remate" um agricultor que esteve entre os líderes do protesto. Mas os defensores do arroz dourado dizem que ele é diferente de qualquer dos produtos agrícolas transgênicos amplamente usados hoje, que são feitos para resistir a herbicidas ou a ataques de insetos, com benefícios para os produtores rurais, mas não diretamente para os consumidores.
Uma iminente decisão do governo filipino sobre permitir ou não o cultivo do arroz dourado fora dos quatro campos de teste remanescentes confere uma nova dimensão ao debate sobre os méritos dessa tecnologia.
O arroz dourado não pertence a nenhuma companhia específica. Ele está sendo desenvolvido por uma organização sem fins lucrativos chamada Instituto Internacional de Pesquisa do Arroz, com o objetivo de oferecer uma nova fonte de vitamina A para pessoas que tem no arroz sua principal fonte de calorias em muitos lugares de um mundo onde metade da população come arroz diariamente.
A falta da vitamina A, nutriente vital, causa cegueira em 250 mil a 500 mil crianças por ano. Ela afeta milhões de pessoas na Ásia e na África e enfraquece tanto o sistema imunológico que 2 milhões morrem por ano de doenças que, em outras circunstâncias, não seriam fatais.
A destruição de uma lavoura experimental e as razões apresentadas para isso incomodaram cientistas no mundo todo, motivando-os a reagir às alegações acerca dos riscos sanitários e ambientais dessa tecnologia.
Numa petição em prol do arroz dourado que circulou entre os cientistas e foi assinada por milhares deles, muitos manifestaram sua frustração com organizações ativistas como o Greenpeace que, segundo eles, aproveitam-se dos temores equivocados despertados pela engenharia genética.
O que está em jogo, afirmam eles, não é só o futuro do arroz biofortificado, mas também os meios racionais para avaliar uma tecnologia cujo potencial para melhorar a nutrição poderá de outra forma ficar por realizar.
"Paira por aí muita desinformação a respeito dos OGMs que é tomada como fato pelas pessoas", disse Michael Purugganan, professor de genômica e biologia e pró-reitor de ciências da Universidade de Nova York. "Os genes que eles inseriram para fazer a vitamina não são nenhum material manufaturado esquisito, mas sim genes encontrados também em abóboras, cenouras e melões", escreveu ele em uma cartilha publicada pelo GMA News Online, veículo noticioso filipino. "Muitas das críticas aos OGMs no mundo ocidental padecem da falta de compreensão sobre como a situação é realmente difícil nos países em desenvolvimento."
Nina Fedoroff, professora da Universidade Rei Abdullah de Ciência e Tecnologia, na Arábia Saudita, e ex-consultora científica da Secretaria de Estado dos EUA, ajudou a difundir o abaixo-assinado. "Já passou da hora de os cientistas se levantarem e gritarem: 'Chega de mentiras'", disse ela. "Estamos falando em salvar milhões de vidas aqui."
Precisamente por causa do seu propósito elevado, o arroz dourado atrai suspeitas. Muitos países proíbem o cultivo de todos os OGMs. No começo da década passada, a ambientalista indiana Vandana Shiva disse que o arroz dourado seria um "cavalo de Troia", destinado a conquistar o apoio da opinião pública para organismos transgênicos que beneficiariam corporações à custa de consumidores e agricultores pobres.
Em um artigo de 2.001, "The Great Yellow Hype" (o grande "hype" amarelo), o autor Michael Pollan sugeriu que esse arroz pode ter sido desenvolvido "para ganhar uma discussão, em vez de resolver um problema de saúde pública".
Mas o arroz foi aperfeiçoado desde então, dizem seus defensores: uma tigela contém atualmente 60% da necessidade diária de vitamina A para uma criança saudável. A possibilidade de que o arroz dourado possa se transpolinizar com outras variedades também é considerada limitada, porque o arroz se autopoliniza.
Se esse arroz obtiver aprovação do governo filipino, ele não custará mais do que outras variedades para os agricultores pobres, que estarão liberados para replantar as sementes.
A Fundação Bill e Melinda Gates está apoiando os testes finais do arroz dourado. Também está patrocinando o desenvolvimento de cultivos específicos para a África Subsaariana, como uma mandioca resistente a um vírus que habitualmente destrói um terço das safras ou um milho que usa o nitrogênio de forma mais eficiente, diminuindo o uso do fertilizante. Outros pesquisadores estão desenvolvendo um feijão-fradinho resistente a pestes e uma banana que contém vitamina A.
Uma objeção aos OGMs é que eles podem conter riscos desconhecidos. Tais cultivos, afirmou a "Scientific American" em agosto, "só com apoio da opinião pública chegarão às mesas das pessoas". O Greenpeace, por exemplo, já disse que continuará se opondo a eles. "Preferimos pecar por cautela", disse Daniel Ocampo, ativista da organização nas Filipinas.
Para outros, o potencial para aliviar o sofrimento é tudo o que importa. Como escreveu um dos signatários da petição, o mexicano Javier Delgado:
 "Essa tecnologia pode salvar vidas. Mas falsos temores podem destruí-la." 



Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

terça-feira, 13 de outubro de 2015

GENI


GENI





PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.


Quando a corrupção corre solta, a sonegação campeia, leis permissivas desoneram grandes empresas de impostos, empreiteiras financiam campanhas de partidos políticos para se adjudicarem os melhores contratos, os “mais iguais” recebem “pixulecos” sem tamanho, benefícios sociais são concedidos sem a menor consideração com as possibilidades do erário, a dívida nacional é catapultada de maneira irresponsável transformando-se em compromissos impossíveis de serem honrados, surgem  todos os corolários correlatos... surge uma Grécia para servir de exemplo a não ser seguido.
Em Geni e o Zepelin de Chico Buarque podemos ler:
Quando vi nesta cidade
Tanto horror e iniquidade,
Resolvi tudo explodir.
A cidade apavorada
Se quedou paralisada,
Pronta pra virar geleia. 
A operação Lava-Jato apontou políticos e empresários para o STF. Num primeiro momento, 4 partidos foram elencados e jornalistas dos mais expressivos se manifestaram:
·        “Transformados em quadrilha desde o governo Lula da Silva, os três partidos (e antes o PSDB, no tempo de Fernando Henrique) criam o caminho perverso de desacreditar os políticos e a política ao forjar um conluio sórdido com grandes empresas privadas. A cegueira torna-se ultrajante quando nenhum dirigente dos três partidos diretamente implicados repudiou a roubalheira”. (Flávio Tavares – Zero hora, 15/03/2.015)
·        “As pessoas têm que respeitar as regras que elas próprias estabeleceram para viver em sociedade. Essas regras são a lei. Se a lei não é boa, lute-se para modificá-la, mas sempre dentro da lei, não fora. E, se a lei, mesmo injusta não for cumprida, é preciso haver punição”. (David Coimbra – Zero Hora, 16/03/2.015)
·        “Estou convencido que a maior contribuição do Brasil à humanidade no momento é o aperfeiçoamento da corrupção legal sem abrir a mão da ilegal. As propinas ilegais da Petrobras foram, em parte, distribuídas como contribuição de campanha aos partidos políticos. Coisa de gênio. Quer um contrato? Repassa uma parte para nós. Que parte? Uma que vamos acrescentar no preço que vocês cobrarão da nossa empresa pelos serviços que TALVEZ PRESTEM. Talvez nunca a corrupção tenha sido tão engenhosa”. (Juremir Machado da Silva – Correio do Povo, 16/03/2.015)
Não busquemos apenas nos personagens sob os holofotes da ribalta os culpados do caos que se instalou. Lembremos que, sem o aval de quem tem poderes para tanto, os descaminhos... descaminham. Repetidas vezes ao longo dos dois períodos de governo o presidente Lula se sentiu desconfortável com a legislação que o obrigava à prestação de contas e não se furtava de proclamá-lo:
·        “Não é fácil governar com a poderosa máquina de fiscalização e a pequena máquina de execução”.
·        Inconformado com a vigência da Lei nº 8.666/93, Lei de Licitações e Contratos, no dia 9 de maio de 2.008, em discurso no município de Salvador, Bahia, ressaltou a importância de alterá-la pois as regras nela insertas estariam atrasando o cronograma de obras do PAC, permitindo um controle excessivo nos procedimentos licitatórios e obrigando à prestação de contas. (sic)
·        Em 2.009 o TCU sugeriu parar obras da PETROBRAS. O presidente Lula vetou dispositivos da lei orçamentária aprovados pelo Congresso que impediam os repasses e permitiu que fossem liberados R$ 13,1 bilhões. Para refinaria Abreu Lima, 6,1 bilhões, embora auditorias tenham detectado superfaturamento e outras irregularidades.
Consequências imediatas após a divulgação parcial dos nomes de políticos supostamente envolvidos foram manifestações populares: Em favor do governo, no dia 13/04/2.015, promovidas por movimentos sociais, sindicatos e partido político. No dia 15 multidões desfilaram se contrapondo à situação, alguns inclusive propondo impeachment da presidente. Em dois pontos houve convergência: os movimentos decorreram pacificamente e ambos conclamavam pelo fim da corrupção vigente, a maior já detectada no país em todos os tempos. Sem nominar, para não discriminar uns e outros, volto a citar o grande Chico:
Ele fez tanta sujeira,
Lambuzou-se a noite inteira
Até ficar saciado.
As autoridades do executivo e legislativo discordam visceralmente quanto aos culpados da situação calamitosa que atravessa o Brasil e promovem uma verdadeira “guerra de bugios” que não aponta a mesma “Geni” para servir de alvo.
Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

A ESPADA DE DÂMOCLES




PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
Coluna publicada em www.litoralmania.com.br

A ESPADA DE DÂMOCLES

Dâmocles era um cortesão bajulador da corte de Dionísio I de Siracusa, no século IV a.C. 

Sabendo da inveja do súdito, ofereceu-lhe ser rei por um dia. Dâmocles adorou ser servido 

como um rei, com todas as mordomias. Ao término do período, Dionísio apontou para o alto 

onde uma espada pendia sustentada por um fio de crina de cavalo. Apontava a cabeça de 

Dâmocles que, imediatamente, perdeu toda a euforia.

A espada de Dâmocles é assim uma alusão usada para representar a insegurança daqueles que 

tem grande poder, mas podem perdê-lo de repente devido a uma contingência.

A presidente Dilma que já surfou altíssimos índices de popularidade, hoje, pode lembrar 

Premida entre dois fogos, de um lado a difícil situação da economia brasileira e pouco cabedal 

político, custodiada pelo ministro Joaquim Levy planeja contenção de despesas, incluindo 

cortes de verbas destinadas a programas sociais e legislação trabalhista. Aumento de 

arrecadação via criação de novos impostos completariam o quadro que permitiria equilíbrio 

orçamentário. O rebaixamento no rating da agência Standard & Poor’S elevou o risco de, 

inclusive, declaração de impeachment.

Na outra ponta os sindicatos, movimentos sociais e políticos da linha dura do PT, liderados 

pelo ex-presidente Lula opõem-se de maneira peremptória. Lula, em Buenos Aires, disse que o 

corte da nota brasileira pela S&P “não significa nada” e “a gente tem que fazer o que a gente 

Se não contivermos os gastos, mesmo em programas sociais que são a menina dos olhos do 

governo e do PT, aumentarmos a arrecadação via impostos para equilibrar o orçamento, qual 

será o destino do Brasil? O CAOS?

Realmente, o fio que sustém a espada está esgarçado até o limite da resistência.

Durante os últimos anos uma política desenvolvimentista levada às últimas consequências, os 

estapafúrdios casos de corrupção, a distribuição de benesses a afins e cooptados nos conduziu 

a esse beco. Haverá saída?  Só com muito sacrifício, compreensão dos eternos atingidos, a 

população honesta e ordeira e paciência, muita paciência, pois demandará tempo prolongado... 

anos. Se a inflação, tida e havida como invencível foi debelada, a situação atual também poderá 

Resta aguardar para ver se os inconsequentes – aparentemente aliados, só aparentemente – e 

os que torcem pelo pior, os pescadores de águas turvas, os opositores também inconsequentes, 

Se, para nossa desgraça, esses vencerem o cabo-de-guerra política tresloucada, só nos restará 

rezar para Santa Bárbara, a “protetora contra relâmpagos e tempestades”.

Parece que as lições do passado não surtiram efeito. A reforma ministerial se restringiu a uma 

“troca de cadeiras” com praticamente os mesmos personagens, mais do que já era muito para o 

PMDB, volta ao proscênio do nunca ausente Lula, o desinflar da intenção dum ajuste fiscal 

indispensável e o esfriamento do Ministro Levy. Se assim se confirmar, repito, oremos para 

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) no final de agosto, através do seu Conselho 

Permanente emitiu uma nota ao povo brasileiro, intitulada “A favor do Brasil”. Diante da atual 

crise do país exige-se uma atitude de responsabilidade por parte de todos os poderes públicos, 

nas várias instâncias e da sociedade civil organizada. Espera-se que todas as medidas, tanto da 

situação como da oposição, do poder econômico e financeiro, visem o bem comum da nação e 

não o poder de indivíduos ou corporações.


Jayme José de Oliveira

cdjaymejo@gmail.com

Cirurgião-dentista aposentado






quinta-feira, 1 de outubro de 2015

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE XII - A VIDA I





PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

A VIDA – I
ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE – XII
O Universo começou com a maior explosão de todos os tempos. Expandiu, esfriou, escureceu. A energia condensou-se em matéria, a maior parte átomos de hidrogênio que se acumularam em nuvens que se separaram umas das outras até formarem galáxias. Dentro destas galáxias surgiu a primeira geração de estrelas.
No fundo das fornalhas estelares a fusão nuclear estava criando os átomos mais pesados, carbono, oxigênio, silício e ferro os elementos que formariam os planetas mais tarde.
Na galáxia Via Láctea a matéria do cosmo foi moldada em novas gerações e estrelas agora com átomos pesados legados das antecessoras estrelas extintas. Os átomos pesados se condensaram pela ação da gravidade em grãos de poeira, gelo e complexas moléculas baseadas em carbono. De acordo com as leis da física e da química os antigos átomos de hidrogênio tinham produzido a matéria que mais tarde, muitos milhões de anos, seriam a matéria prima da vida.

Em outras nuvens, mais agregados imensos de gás e poeira formaram novas gerações  de estrelas e minúsculas concentrações de matéria se agregaram perto delas. Partículas discretas de rochas, metal, gelo e gás formaram os planetas. Nesses mundos surgiram moléculas orgânicas feitas com átomos que tinham sido cozinhados dentro das estrelas. Mais um passo.








Nos oceanos de muitos mundos as moléculas eram destruídas pela luz e remontadas pela química. Um dia, fruto dessas experiências naturais, surgiu por acaso uma molécula que era capaz de uma reprodução grosseira de si mesma. Com o passar do tempo essa replicação se tornou mais precisa. As moléculas que copiam melhor produziam mais cópias, a seleção natural estava em curso, máquinas moleculares elaboradas tinham se desenvolvido. Lenta e imperceptivelmente a vida começara.







Coletores de moléculas orgânicas evoluíram para organismos unicelulares, estes produziram colônias multicelulares e suas várias partes se tornaram órgãos especializados. Algumas colônias prenderam-se ao fundo do mar, outras nadaram livremente. Desenvolveram-se olhos e agora podem ver. Seres vivos saíram do meio líquido para colonizar a terra.  Os répteis dominaram por um tempo, cederam lugar para pequenas criaturas de sangue quente com cérebros maiores que desenvolveram a destreza e a curiosidade sobre o seu meio ambiente. Eles aprenderam a usar ferramentas, o fogo e a linguagem. A matéria estelar tinha chegado à consciência.
Num pequeno planeta dum sistema periférico da Via Láctea, a Terra, a evolução produziu seu esplendor, o homo sapiens, o único que se diferenciou a ponto de desenvolver um cérebro analítico, o apogeu da evolução, até gora inconteste. A lógica e a lei das probabilidades índica que seres inteligentes devem habitar outros mundos, nesta ou em galáxias distantes.
 Como depreendemos, a vida iniciou imaterial, a energia gerada pelo Big Bang transmutou-se em matéria. Hidrogênio como início e o homo sapiens como ápice. E continuamos evoluindo. Biológica, intelectual e eticamente rumo a um destino que não podemos sequer vislumbrar.
Nas próximas colunas daremos prosseguimento, num estágio mais avançado da evolução.

A ORIGEM DA VIDA – 4min19seg
 


Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado