“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
IMARCESCÍVEL
Algo que jamais pode ser corrompido pelo tempo, no
sentido figurado pode ser dito como imarcescível. Evidentemente, nem nos mais
loucos devaneios pode ser aplicado à nossa política. Sabemos, e sofremos
com isso, ela é algo que, ao contrário
do que ocorre nos grandes impérios da História, o Romano como paradigma que nascem,
evoluem, atingem o píncaro, ao final fenecem e passam a constituir um lapso na
História. O Brasil feneceu sem jamais ter atingido a culminância.
A História do
Brasil se assemelha ao gráfico de um eletrocardiograma, picos e descaídas se
alternam em sequência.
O Brasil foi uma genuína colônia portuguesa até 1808,
quando D. João VI aportou na Bahia e depois fixou residência no Rio de Janeiro,
fugindo de Napoleão. Trouxe alento à colônia, abriu seus portos às nações
amigas e, pode-se dizer, patrocinou a transformação da colônia inculta e bela
na nação que hoje conhecemos.
Retornou a Portugal em 1821, seu filho, D. Pedro I
permaneceu e, em 1822, separou o Brasil de Portugal.
No dia 15 de novembro de 1899 o marechal Deodoro da
Fonseca proclamou a República. O objetivo do golpe militar era trazer ao Brasil
mais disciplina, ordem e democracia, com um Poder Executivo forte. Como podemos
perceber já então se procuravam esses até agora inatingidos objetivos.
A República foi maculada por duas ditaduras
autoritárias. Na de Getúlio Vargas sequer era permitido que um brasileiro
pronunciasse uma palavra em alemão ou italiano. Pena: prisão sem julgamento e,
muitas vezes em condições sub-humanas. Afirmo com o respaldo do ocorrido com
um tio-avô, teimoso como ele só, suas
repetidas detenções culminaram numa artrite que o acompanhou até o fim.
Presidentes houve que derraparam em altos e baixos,
preponderando os últimos, muitos políticos não podem se orgulhar de suas
“façanhas”. No vale-tudo das campanhas políticas, ponta-pé nos “países baixos”
é considerado carícia. Paulo Junqueira Duarte, depreciando seu
adversário político Ademar de Barros, estigmatizou-o com a frase: “Rouba, mas
faz”.
Paulo Maluf, respondendo a uma acusação de ser
indiferente a um estupro: - “O que
fazer com um camarada que estuprou uma moça e matou? Tá bom... Tá com vontade
sexual estupra, mas não mata”!
Collor e Dilma sofreram
“impeachment” e, diga-se de passagem, segundo os ditames da lei não houve
“golpe” em nenhum dos casos.
Após Itamar e FHC, uma
luz que brilhou nas trevas realizarando o que políticos e economistas
consideravam impossível, debelar com o Plano Real uma inflação de 2.477,15%
reduzindo-a para 16,5% anuais.
Lula, em oito anos de
mandato catapultou uma dívida de R$ 852 bilhões que fora acumulada em 180 anos
– desde a Independência - para R$ 1,89 trilhão, dando início a uma escalada que
prossegue a galope desenfreado.
Bolsonaro enfrentou a
Covid com cloroquina, azitromicina, ivermectina e outros que tais, enquanto
sabotava vacinas e o país acumulava vítimas fatais.
Agora se enfrentam
Bolsonaro e Lula - este em vantagem nas pesquisas - e a Terceira Via,
natimorta, mais parece um “saco de gatos”, ninguém se entende com ninguém... e
querem ter chance de disputar o terceiro turno!!!
VALHA-NOS DEUS!
Serão os políticos atuais
ovelhas negras? Nem pensar, a corrupção e outras pilantragens se configuram
endêmicas, cito a primeira tentativa que maculou nossa História: Pero Vaz de
Caminha, que acompanhou Cabral, enviou ao rei de Portugal, D.Manoel I, o
Venturoso, a “Carta de Achamento do Brasil”, da qual extraio um trecho: “E pois que, Senhor, é certo que
tanto neste cargo que levo como em qualquer coisa que de Vosso serviço for,
Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servido, a Ela peço que, por me fazer
singular mercê, mande vir da ilha de São Tomé a Jorge Osório, meu genro, o que
Dela receberei em muita mercê”.
Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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