sábado, 20 de julho de 2019

TRANSGÊNICOS E FAKE NEWS






PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

ALIMENTOS TRANSGÊNICOS E FAKE NEWS

Os transgênicos são uma evolução da engenharia genética, caracterizada pela modificação, em laboratório, dos genes de um ser vivo. Surgiu a possibilidade de alterar o DNA de seres vivos com o intuito de potencializar ou criar determinadas características que a natureza não produz. Para melhor compreendermos utilizemos uma metáfora: Um colar de pérolas pode ter contas adicionadas e ou retiradas, continuará sendo um colar de pérolas, porém, diferente do original. Nos seres vivos podemos também retirar genes que apresentem anomalias e acrescentar outros que melhorem a qualidade do ”enxertado”.

 Vantagens de alimentos transgênicos:                                                                          Podem evitar ou prevenir riscos de pragas em plantações; maior resistência a agrotóxicos; aumentar a produtividade; enriquecer com proteínas e vitaminas específicas; remover características indesejadas ou nocivas.   Desvantagens:                                                                                                                                Podem produzir substâncias tóxicas ou que provocam alergias; provocar desequilíbrios ecológicos e diminuição da biodiversidade; tornarem-se mais susceptíveis a serem exterminados por um único agente patogênico.                                                     Transgênicos tanto podem nos induzir ao progresso e melhoria de vida, como gestar monstruosidades, inclusive armas biológicas. Cumpre exercitar vigilância e controle para separar o joio do trigo e não nos deixar transtornar por arautos do Apocalipse, que não admitem sequer a possibilidade de estudo, muito menos o uso de transgênicos.
EM 20 ANOS DE TRANSGÊNICOS, O QUE OS NÚMEROS REVELAM?
No Brasil, começaram a ser plantados em 1998 com a aprovação da soja resistente a herbicida, livrando as culturas do ataque de lagartas. Houve melhoramento genético que possibilitou, além da economia, maior produtividade e o encurtamento do ciclo de cultivo. Safras mais curtas permitiram a realização de até três cultivos em um mesmo ano: soja, milho e pastagens, algo raríssimo na agricultura mundial.                                                 Em 2005 o algodão, em 2007 o milho. Em 2012, pela primeira vez na história a safra de inverno superou a do verão em produção. A maior produtividade agrícola permitiu a expansão da indústria de carnes. Em 1998 se produzia cerca de 30 milhões de toneladas de soja e 7 milhões de toneladas de frango e suínos. Após 20 anos, em 2017, a produção de soja alcançou 120 milhões de toneladas, a de frango e suínos, 16,8 milhões de toneladas. 
Fake News proliferam de maneira avassaladora quando se aborda os transgênicos, mas, o que são fake news realmente? Um conteúdo deliberadamente inverídico, produzido propositadamente para simular uma notícia verdadeira. Um grupo de indivíduos cria notícias falsas e SABE que elas são mentirosas. Para espalhar com eficiência é necessária a existência de um segundo grupo que não consegue identificar a fraude, mas , devido ao fato de ser composto por muitos indivíduos, viraliza as fake News. Joseph Goebbels – Ministro da Propaganda da Alemanha Nazista – já afirmava que uma mentira repetida mil vezes se tornava verdade. O que torna mais fácil a disseminação é a técnica de misturar notícias verdadeiras para contrabandear as falsas. Não é preciso salientar que há uma qualidade repulsiva de maldade no processo, mas ele FUNCIONA. Notícias falsas são fabricadas em escala industrial todos os dias. Nenhum de nós é imune. Se não podemos combater fakes há como evitar a DESINFORMAÇÃO pesquisando as fontes e mantendo o espírito alerta para notícias de conteúdo e procedência duvidosos. 
“E como podes dizer a teu irmão: Permite-me remover o cisco em teu olho, quando há uma trave no teu? Hipócrita! Tira antes a trave do teu olho, e então poderás ver com clareza e tirar o cisco do olho do teu irmão”. (Mateus, 7.5)
Um exemplo nada edificante de fake news foi e continua sendo protagonizado pelo Greenpeace. Quando Ingo Potrykus, Professor Emérito de Ciências Vegetais do Instituto de Fitotecnia do Instituto Federal de Tecnologia Suíça e sua equipe aplicaram a tecnologia genética para produzir o ARROZ DOURADO introduzindo dois genes do Narcissus pseudonarcissus e um da bactéria Uredevora, abriram o horizonte para que, crianças principalmente as que habitam regiões carentes de vitamina A e, por conseguinte, sofrem de deficiência visual e mesmo cegueira pudessem, LITERALMENTE, ver o mundo em que vivem. A diferença entre enxergar e ser condenado à escuridão torna ainda mais revoltante a campanha que o Greenpeace desenvolve a todo o vapor.
P.S.: A Symgenta, empresa privada que criou o projeto, abriu mão de royalties para países pobres e com este procedimento desmonta os argumentos do Greenpeace.




Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

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