quinta-feira, 29 de setembro de 2022

SUPERBATERIA

 


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.


SUPERBATERIA

Todos os seres vivos têm como principal motivo de existir a perpetuação

da espécie. Desde o mais simples vírus ao homo sapiens, a maravilha do

universo conhecido (seu cérebro é o que o eleva a esta posição).

Incontestável. Abstraindo este fulcro podemos referir outros pontos que

permitem uma escala de valores e importância na biodiversidade: instinto

de sobrevivência, gregariedade para os do topo da pirâmide.

Na busca da sobrevivência via alimentação prevalecerão nos valores da

cadeia alimentar os mais fortes, mais capazes.

A Natureza, desde o primórdio – Charles Darwin explicou no se livro “A

Origem das Espécies” que sempre haverá uma evolução via mutações

em cadeia. Até os vírus se adaptam ao meio ambiente e também se

modificam estruturalmente para sobreviverem quando algo ou alguém

ameaça sua sobrevivência.

Vira a página e analisemos um dos componentes que mais influenciaram

(e ainda influenciam) a supremacia do homo sapiens: a busca incessante

da energia em suas diversas formas. Nasce com a possibilidade de usar

seus músculos para a locomoção, busca de alimentos, construção de

abrigos e formalizar a sociedade. Somos gregários.

A utilização de animais domesticados deu partida a uma escalada

ininterrupta e em ritmo cada vez mais rápido e eficiente. Na navegação:

remos, velas, barcos a vapor inventados por Robert Fulton em 1777,

motores de combustão interna, usados também em veículos terrestres e

aéreos. Reatores nucleares já operam.

A eletricidade abriu novos horizontes, inclusive para uso doméstico e

industrial. Sempre esbarrou nos percalços do transporte energético, as

baterias têm seu uso limitado por necessitarem recargas periódicas, o

calcanhar de Aquiles par seu uso.


Na realidade do dia a dia as baterias, pilhas e outras modalidades

facilitam, podemos até dizer que permitem a nossa maneira de viver. Da

lâmpada que ilumina nossos lares aos telefones celulares e

computadores tudo depende de podermos a energia de maneira

contínua.

Os satélites ficam reféns de acumuladores que podem ser abastecidos

utilizando energia solar ou atômica. Esta última tem como vantagem a

possibilidade de uso por longos períodos, o risco representado pela

radiação limita, e muito, seu uso doméstico.

Abracadabra, eis que surge um clarão no fim do túnel que, ao se

concretizar abrirá novos horizontes. A empresa americana Nano

Diamond Battery está desenvolvendo uma bateria que usa isótopos de

urânio e plutônio. Eles emitem calor, que é transformado em eletricidade.

Uma tecnologia similar já é usada em sondas espaciais desde a década

de 1970. A empresa assegura que a tecnologia não apresenta riscos e

poderá ser usada até em celulares

A bateria em foco poderá ter carga com duração de até 28 mil anos.

Será, quando disponibilizada, um novo “ovo de Colombo”.


Jayme José de Oliveira

cdjaymejo@gmail.com

Cirurgião-dentista aposentado

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