PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
SUPERBATERIA
Todos os seres vivos têm como principal motivo de existir a perpetuação
da espécie. Desde o mais simples vírus ao homo sapiens, a maravilha do
universo conhecido (seu cérebro é o que o eleva a esta posição).
Incontestável. Abstraindo este fulcro podemos referir outros pontos que
permitem uma escala de valores e importância na biodiversidade: instinto
de sobrevivência, gregariedade para os do topo da pirâmide.
Na busca da sobrevivência via alimentação prevalecerão nos valores da
cadeia alimentar os mais fortes, mais capazes.
A Natureza, desde o primórdio – Charles Darwin explicou no se livro “A
Origem das Espécies” que sempre haverá uma evolução via mutações
em cadeia. Até os vírus se adaptam ao meio ambiente e também se
modificam estruturalmente para sobreviverem quando algo ou alguém
ameaça sua sobrevivência.
Vira a página e analisemos um dos componentes que mais influenciaram
(e ainda influenciam) a supremacia do homo sapiens: a busca incessante
da energia em suas diversas formas. Nasce com a possibilidade de usar
seus músculos para a locomoção, busca de alimentos, construção de
abrigos e formalizar a sociedade. Somos gregários.
A utilização de animais domesticados deu partida a uma escalada
ininterrupta e em ritmo cada vez mais rápido e eficiente. Na navegação:
remos, velas, barcos a vapor inventados por Robert Fulton em 1777,
motores de combustão interna, usados também em veículos terrestres e
aéreos. Reatores nucleares já operam.
A eletricidade abriu novos horizontes, inclusive para uso doméstico e
industrial. Sempre esbarrou nos percalços do transporte energético, as
baterias têm seu uso limitado por necessitarem recargas periódicas, o
calcanhar de Aquiles par seu uso.
Na realidade do dia a dia as baterias, pilhas e outras modalidades
facilitam, podemos até dizer que permitem a nossa maneira de viver. Da
lâmpada que ilumina nossos lares aos telefones celulares e
computadores tudo depende de podermos a energia de maneira
contínua.
Os satélites ficam reféns de acumuladores que podem ser abastecidos
utilizando energia solar ou atômica. Esta última tem como vantagem a
possibilidade de uso por longos períodos, o risco representado pela
radiação limita, e muito, seu uso doméstico.
Abracadabra, eis que surge um clarão no fim do túnel que, ao se
concretizar abrirá novos horizontes. A empresa americana Nano
Diamond Battery está desenvolvendo uma bateria que usa isótopos de
urânio e plutônio. Eles emitem calor, que é transformado em eletricidade.
Uma tecnologia similar já é usada em sondas espaciais desde a década
de 1970. A empresa assegura que a tecnologia não apresenta riscos e
poderá ser usada até em celulares
A bateria em foco poderá ter carga com duração de até 28 mil anos.
Será, quando disponibilizada, um novo “ovo de Colombo”.
Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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