domingo, 2 de janeiro de 2022

CHARLES DARWIN 1

 


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

CHARLES DARWIN – 03/01/2022

É admirável a premonição que Charles Darwin explícita em sua obra “A Origem das Espécies” (1859), considerando que não tinha a menor noção do que seria o DNA, descoberto em 1869 pelo bioquímico alemão Johann Friedrich Miescher.                                                                                                                   A partir dessa teoria inicial, confirmada posteriormente, seguiu-se o conhecimento das quatro bases: A (adenina), G (guanina), T (timina) e C (citosina). São o que poderíamos grosseiramente comparar com tijolos, permitem construir tudo o que existe para a concretização da vida. Por sinal, com tijolos pode-se construir um templo, um hospital, um presídio, uma casa ou qualquer edificação que possamos imaginar. As quatro bases, os tijolos da vida, são os constituintes de toda a matéria viva que existe. Os vírus, as bactérias, os vegetais, os animais e o próprio homo sapiens. Na essência, somos todos derivados do mesmo “barro” que o Gênesis aponta e que recebeu do Criador o sopro da VIDA.

Se a previsão de Darwin se concretizou com tanta percuciência, clareza, imaginem o quanto ele poderia ter deduzido se tivesse acesso ao conhecimento do DNA.

Passemos agora a reportar o que, em 1859 Charles Darwin lucubrou como teoria científica: “As formas de vida evoluem ao longo das gerações por meio de um processo de EVOLUÇÃO NATURAL”.

“A SELEÇÃO NATURAL atua somente com a acumulação de variações favoráveis, pequenas e sucessivas, não pode produzir modificações grandes ou súbitas, age somente a passos curtos e lentos”.

Acredito que os animais e plantas descendem de um só protótipo, todos os seres vivos existentes têm muito em comum em sua composição química. Sua estrutura celular, suas leis de crescimento são susceptíveis às mesmas influências favoráveis ou nocivas. Quando as opiniões propostas por mim e por Wallace, ou quando opiniões análogas sobre a organização das espécies foram admitidas, pudemos prever vagamente que haverá uma considerável evolução na História Natural.

As espécies se reproduzem e se extinguem por causas que atuam lentamente, que ainda existem e não por atos milagrosos de criação. No futuro vejo um amplo campo de investigações bem mais interessantes. E como a seleção natural atua rumo ao bem de cada ser, todos os dons intelectuais e corporais tenderão progredir rumo à perfeição.

Há uma grandeza sublime na concepção de que a vida, com suas diferentes nuances foi concebida pelo Criador num reduzido número de formas ou numa só, desenvolveram-se e estão se desenvolvendo a partir de um princípio simples para uma infinidade de formas mais belas e portentosas.

Quanto aos meus sentimentos religiosos, posso adiantar que não parece haver qualquer incompatibilidade entre a aceitação da teoria evolucionista e a crença em Deus. Ao final gostaria de encerrar com esta afirmação:                                                                                           “Sistematicamente evito meu pensamento na religião quando trato de ciência, assim como o faço em relação à moral, quando trato de assuntos referentes à sociedade”. (Último parágrafo do volume terceiro da obra “A Origem das Espécies”.

“A Origem das Espécies é uma obra de literatura científica escrita por Charles Darwin, é considerada a base da biologia evolutiva”. Publicada em 24 de novembro de 1859, introduziu a teoria científica de que as formas de vida evoluem ao longo das gerações por meio de um processo de seleção natural e forneceu dados para esta coluna e posteriores.

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado


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