“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
CHARLES
DARWIN – 03/01/2022
É admirável a premonição que Charles Darwin explícita
em sua obra “A Origem das Espécies” (1859), considerando que não tinha a menor noção
do que seria o DNA, descoberto em 1869 pelo bioquímico alemão Johann Friedrich
Miescher. A
partir dessa teoria inicial, confirmada posteriormente, seguiu-se o
conhecimento das quatro bases: A (adenina), G (guanina), T (timina) e C
(citosina). São o que poderíamos grosseiramente comparar com tijolos, permitem
construir tudo o que existe para a concretização da vida. Por sinal, com tijolos
pode-se construir um templo, um hospital, um presídio, uma casa ou qualquer
edificação que possamos imaginar. As quatro bases, os tijolos da vida, são os
constituintes de toda a matéria viva que existe. Os vírus, as bactérias, os
vegetais, os animais e o próprio homo sapiens. Na essência, somos todos
derivados do mesmo “barro” que o Gênesis aponta e que recebeu do Criador o
sopro da VIDA.
Se a previsão de Darwin se concretizou com tanta
percuciência, clareza, imaginem o quanto ele poderia ter deduzido se tivesse
acesso ao conhecimento do DNA.
Passemos agora a reportar o que, em 1859 Charles
Darwin lucubrou como teoria científica: “As
formas de vida evoluem ao longo das gerações por meio de um processo de
EVOLUÇÃO NATURAL”.
“A
SELEÇÃO NATURAL atua somente com a acumulação de variações favoráveis, pequenas
e sucessivas, não pode produzir modificações grandes ou súbitas, age somente a
passos curtos e lentos”.
Acredito que os animais e plantas descendem de um só
protótipo, todos os seres vivos existentes têm muito em comum em sua composição
química. Sua estrutura celular, suas leis de crescimento são susceptíveis às
mesmas influências favoráveis ou nocivas. Quando as opiniões propostas por mim
e por Wallace, ou quando opiniões análogas sobre a organização das espécies
foram admitidas, pudemos prever vagamente que haverá uma considerável evolução
na História Natural.
As espécies se reproduzem e se extinguem por causas
que atuam lentamente, que ainda existem e não por atos milagrosos de criação. No futuro vejo um amplo campo de
investigações bem mais interessantes. E como a seleção natural atua rumo ao
bem de cada ser, todos os dons intelectuais e corporais tenderão progredir rumo
à perfeição.
Há uma grandeza sublime na concepção de que a vida,
com suas diferentes nuances foi concebida pelo Criador num reduzido número de
formas ou numa só, desenvolveram-se e estão se desenvolvendo a partir de um
princípio simples para uma infinidade de formas mais belas e portentosas.
Quanto aos meus sentimentos religiosos, posso adiantar
que não parece haver qualquer incompatibilidade entre a aceitação da teoria
evolucionista e a crença em Deus. Ao final gostaria de encerrar com esta
afirmação:
“Sistematicamente evito meu
pensamento na religião quando trato de ciência, assim como o faço em relação à
moral, quando trato de assuntos referentes à sociedade”. (Último parágrafo
do volume terceiro da obra “A Origem das Espécies”.
“A Origem das Espécies é uma obra de literatura
científica escrita por Charles Darwin, é considerada a base da biologia
evolutiva”. Publicada em 24 de novembro de 1859, introduziu a teoria científica
de que as formas de vida evoluem ao longo das gerações por meio de um processo
de seleção natural e forneceu dados para esta coluna e posteriores.
Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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