segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

BALADA SEGURA

 


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

BALADA SEGURA

Litoralmania Notícias criou um grupo com o objetivo de permitir aos que se credenciarem o recebimento de notícias atualizadas no WatsApp. Até o momento muitos já se habilitarem e, dou a maior força para que mais leitores do jornal virtual Litoralmania.com.br se credenciem

Esta coluna foi possível por ter tido acesso à notícia e, por sinal é a segunda vez que me valho da oportunidade ofertada. Repito: entrem para o grupo, VALE A PENA.

A atuação da Balada Segura, no litoral, está prevista para ocorrer até o início de março e não fica restrita às praias do Litoral Norte. O Litoral Sul e a Costa Doce (praias da Lagoa dos Patos) também receberão blitz educativas e de fiscalização.

Presente desde 17 de dezembro de 2021, a Balada Segura autuou 316 condutores por apresentarem a presença de álcool etílico na circulação sanguínea. Desses, 168 por teste positivo e 148 por se recusarem a se submeterem ao etilômetro. (Litoralmania, 27/01/2022)

O principal objetivo da Balada Segura é sempre educar para salvar vidas.

“O verão é uma época de muita diversão e não tem por que colocar tudo a perder por uma imprudência. Afinal, a VIDA não tira férias. Nós vamos estar atentos para que você só leve boas lembranças deste verão”. (Diza Gonzaga, Diretora Institucional do Detran RS)

Um retrospecto da vida de Diza Gonzaga ressalta como podemos, a partir de um episódio trágico, em vez de nos afundarmos num oceano de revolta, indignação e desespero, qual Fênix ressurgir das cinzas e transformar a tragédia num estímulo para minorizar os efeitos catastróficos da irresponsabilidade de indivíduos infensos ao bom senso, à lei e à responsabilidade social.

Diza Gonzaga, a partir de sua tragédia pessoal imprimiu um direcionamento ímpar em sua vida, iniciou uma campanha de alerta contra os irresponsáveis que, a pretexto de uma diversão movida a álcool, colocam em risco suas vidas, dos caronas e do público que infortunadamente esteja “no local errado, na hora errada”. Acidentes causados por motoristas alcoolizados ceifam vidas e deixam um rastro de saudade.

Diza fundou e dirige a “Fundação Thiago de Moraes Gonzaga”, há quase trinta anos.

A presidente da Fundação Thiago de Moraes Gonzaga revela um misto de alegria e emoção que vive com a relação entre as datas da perda do filho, vítima de um acidente de trânsito e da criação da Instituição.                           “Faço uma campanha para que não ocorram mais tragédias como a que vitimou meu filho”.

Figura conhecida na luta pela vida, Diza Gonzaga transparece serenidade e firmeza em suas palavras, sem esquecer jamais da saudade que o filho Thiago deixou. Com 18 anos recém completados, ele foi vítima de um acidente de trânsito em 1995, quando pegou carona com um amigo ao sair de uma festa no Bar Opinião, em Porto Alegre.

Em meio ao luto em que vivia, a arquiteta Diza não sabia bem o que faria, mas relembra: “Meu sentimento era que tinha de fazer alguma coisa para que outros pais não passassem por esta dor, e que outros jovens cheios de vida não perdessem a sua”.

Junto com a Fundação nasceu o programa Vida Urgente, que tem como missão valorizar e preservar a vida. Para isso, mobiliza a sociedade para uma mudança de comportamento através de ações educativas e culturais. A entidade Vida Urgente já salvou um número incalculável de vidas. “A vida é o nosso bem maior e a Fundação Thiago Gonzaga está salvando vidas há tantos anos”.

Em 12/07/2016 a Câmara Municipal de Porto Alegre realizou, no Plenário Otávio Rocha, uma Sessão Solene em homenagem aos 20 anos de criação da Fundação Thiago Gonzaga. A comenda Porto do Sol, homenagem conferida pela Câmara a indivíduos ou organizações que se destacaram na área do conhecimento humano foi proposta pelo vereador João Bosco Vaz (PDT).

POSFÁCIO: A irresponsabilidade de alguns motoristas não tem limites e sua incapacidade de reconhecer o fato de que têm um comportamento suicida, são assassinos em potencial, nos deixa apavorados.

Na tarde de sexta-feira (28/01), policiais militares do 3º Batalhão Rodoviário da Brigada Militar flagraram um veículo Ford Focus, com placas de Novo Hamburgo, trafegando a 170 km/h na ERS-474, rodovia de pista simples, com movimento intenso, na cidade de Santo Antônio da Patrulha. A velocidade máxima permitida é de 80 km/h.                              Somente na tarde desta sexta feira mais de 560 condutores foram flagrados em excesso de velocidade na mesma rodovia. (Litoralmania Notícias, 29/01)

PRESCINDE COMENTÁRIOS.

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado


quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Profa. SUELY

 


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

 

Profa. SUELY BRAGA

 

Mulher corajosa e dedicada, com qualidade, à Educação e à Cultura.       Amiga do Dr. Jayme José de Oliveira e da Profa. Dra. Marília Gerhardt de Oliveira. Relação de respeito e estima construída ao longo de anos em que, mesmo em eventuais divergências conceituais, o diálogo foi mantido através de argumentos compartilhados.

 

Honrou sua nobre profissão e o Litoral Norte, incluindo participações entusiasmadas nas Feiras do Livro da capital gaúcha, Porto Alegre.

Entre Suely e Jayme, em comum a elaboração de textos publicados ao longo dos anos no Litoralmania on-line.

 

Entre Suely e Marília, muitas correspondências com trocas de livros autorais e de grandes Mestres da Literatura como Thomas Mann, Simone de Beauvoir, Paulo Freire, Machado de Assis e Érico Veríssimo.

 

Certamente, em seu sono, cuidado por equipe especializada, seu sonho está próximo de se realizar. Ou melhor, nosso sonho de um Brasil de grandeza junto ao mundo civilizado, com relações internacionais que sejam maiúsculas e governança positiva em Meio Ambiente, Saúde Pública, Educação, Cultura e Ciência.

 

O obscurantismo, o negacionismo, a ignorância por convicção ideológica e a truculência estão no necessário e merecido ocaso.

 

Nossa certeza, com patriotismo e fé no verdadeiro Deus (que não pertence a nenhum grupo étnico, religioso ou político) se resume no fato do pesadelo que ainda estamos vivendo está próximo do fim.

 

E, com enorme esforço e luta para reconstruir um país maravilhoso devastado por uma tempestade medieval, retomaremos o caminho da Luz e da Justiça Social, em antagonismo à Casa Grande e às Senzalas.

 

 

Resgataremos nossa Bandeira das mãos de quem a maculou e desonrou. Venceremos em Paz, porque o ódio pertence aos medíocres.

 

Abraço fraterno e muito obrigado por sua VIDA.

 

Marília Gerhardt  de Oliveira

gerhardtoliveira@gmail.br

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com

 

 

 

 


O MOLEIRO DE SANS-SOUCI

 


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

O MOLEIRO DE SANS-SOUCI

O moleiro de Sans-Souci - Jayme José de Oliveira - Litoralmania ®

A liberdade de imprensa é um dos esteios da Democracia, sem ela a Democracia não passa de uma ficção, de uma ditadura disfarçada. Sim, quando não é possível divulgar os atos de qualquer setor da população – e o governo se encaixa nisso - ocupa os postos mais elevados e relevantes – e, pior, eventualmente ocorrem episódios de impedimento por via judicial de malfeitos, de desmandos, a corrupção ocupando o ápice, nada nos resta para nos dar esperança num futuro JUSTO.                                                                                                          Os “mais iguais” - retratados por George Orwell na memorável obra “A Revolução dos Bichos” - se refestelam nas fímbrias da lei (lei com letras minúsculas), pois a LEI não se deixa manobrar por juízes que, ao contrário da deusa Thêmis, não usam vendas que lhes permitam julgar SEM RECONHECER os indigitados. A um JUIZ que faça jus ao posto não importa o fato de ter diante de si um presidente, um governador, um prefeito ou um morador de rua sem eira nem beira. São todos seres humanos que merecem respeito, todos estão sujeitos aos ditames da Constituição.

Numa Democracia os “mais iguais” são iguais a todos. Sem exceções.

Todo este preâmbulo para abordar um assunto que se arrasta há cinco meses e percorreu caminhos tortuosos antes da decisão do ministro Gilmar Mendes, do STF.

Os veículos do Grupo RBS puderam tornar pública uma reportagem do jornalista Giovani Grizotti revelando detalhes de uma delação premiada que envolve o prefeito de Bagé Divaldo Lara (PTB), que recorreu à Justiça para impedir sua divulgação.

A juíza de primeira instância, Tatiana Di Lorenzo, havia impedido os veículos do Grupo RBS de realizar qualquer divulgação jornalística, por qualquer meio de informações ou vídeos, sobre a declaração do sócio de uma organização de interesse social que acusa Divaldo de cobrar propina da até R$ 40 mil mensais para liberar pagamentos por serviços terceirizados prestados à prefeitura de Bagé.

“No dia 10 de janeiro de 2022, por meio de liminar, o ministro do STF Gilmar Mendes, derrubou a censura prévia que já está sepultada pela Constituição, mas volta e meia levanta da tumba para assombrar quem acredita na liberdade de imprensa”. (Zero Hora, 12/01/2022)

O ministro escreveu que o fato de o repórter dispor de informações sigilosas oriundas de inquérito policial que lhe foram repassadas por terceiros “não implica, por si só, na ilicitude das atividades exercidas pelo jornalista, tampouco legitima a interferência prévia do Poder Judiciário para obstar a publicação da matéria, sob pena de afronto à liberdade de expressão”.

O ministro Ayres Britto, ex-presidente do STF, ensinou que manter o sigilo é responsabilidade de quem o detém. Se o jornalista consegue furar o bloqueio para obter a informação, tem todo o direito de publicá-la em nome do interesse público. “Somente uma imprensa livre e sem restrições pode efetivamente expor os atos equivocados dos membros do Estado”.

O inciso 9º do artigo 5º da Constituição Federal explicita de forma inequívoca: “É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença”.

Nos dias atuais estamos vivenciando desencontros entre autoridades e o STF. Mesmo concordando que, por vezes, algumas decisões possam ser consideradas discutíveis, o Judiciário merece nosso apoio porque a sua função é garantir os direitos individuais, coletivos, sociais e resolver conflitos entre cidadãos, entidades e o Estado. Para isso tem autonomia administrativa e financeira, garantida pela Constituição Federal.

Já houve casos pretéritos, um deles com desfecho semelhante. O ministro Ricardo Lewandowski, do STF, derrubou, no dia 7 de novembro de 2018, a censura imposta pelo TJ/DF ao jornal Estado de São Paulo que, desde 2009, estava proibido de publicar reportagens sobre a Operação Faktor. Um dos alvos da operação era o empresário Fernando Sarney, filho do ex-presidente José Sarney. O jornal informa que ficou 3.327 dias sob censura.

Pensas que são raros os que sonham em por “cabresto” na imprensa? Ledo engano, políticos sonham com o dia em que apenas um “Pravda” (Rússia) ou um “Granma” (Cuba) estarão ao alcance do público.

“Vamos ter de regulamentar as redes sociais, regular a internet e colocar um parâmetro”. (Lula)

 https://www.youtube.com/watch?v=WkmJ6g-eZGc

Lula pensa que pode determinar o que se pode dizer o que não pode ser dito? Nem ele, nem Bolsonaro, nem FHC, nem Dória, nem ninguém. Em qualquer Democracia que se preza os limites são estabelecidos por lei e não há censura prévia. Quando alguém ultrapassa os limites da lei; calunia, ofende, a Justiça determina uma eventual reparação.                                                                                                                                            Jair Bolsonaro não gosta da imprensa, não foram raras as vezes que ofendeu, agrediu jornalistas.

https://www.youtube.com/watch?v=5VZSUlMUqEI.

A diferença com as atitudes de Lula é que um agride e o outro quer calar. A maior dificuldade que ambos têm é a inconformidade de conviver com um ambiente livre.                                                                                        E AÍ MORA O PERIGO!

Dois pensamentos paradigmáticos:                                                                           “Para quem acha que o mundo gira à sua volta, vá ao médico, pode ser labirintite”.                                                                                                    “Síndrome da abelha: gente que pensa que é rainha, mas é só um inseto”.

A propósito, o professor da Unisinos e Procurador da Justiça do Rio Grande do Sul, Lênio Streck, apresentou no programa de televisão “Direito e Literatura: do fato à ficção” o conto de François Andrieux: “O Moleiro de Sans-Souci”.                                                                                                Frederico II, rei da Prússia, (1712-1786) passou para a História como um homem de conhecimento vasto, amigo de intelectuais que frequentavam seu castelo de verão em Postdam, nos arredores de Berlim.  O rei resolveu construir um refúgio anexo para esses encontros com intelectuais.                                                                                                        Havia na vizinhança um moinho e seu dono ficou conhecido como o Moleiro de Sans-Souci, nos versos de François Andrieux.                         Frederico enviou emissários para intermediar a compra do local do moinho.  O moleiro recusou-se a vender.                                         Inconformado com a recusa, o próprio rei dirige-se a Sans-Souci e disse-lhe:                                                                                                                  “Você bem sabe que, mesmo que não me venda a terra, eu, como rei, poderia toma-la, sem nada pagar”.                                                                      Nesse instante, o moleiro retrucou ao rei:                                                                 “O senhor! Tomar-me o moinho”?                                                                  “Isso seria verdade se não houvesse juízes em Berlim”.

Nesse instante, relatam os livros de teoria do respeito ao Direito, o rei recuou e deixou o moleiro em paz. Pois, por sua resistência às pretensões injustas do monarca e por possuir confiança na Justiça, que não se verga aos interesses dos poderosos!

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado


sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

PARABÉNS LITORALMANIA

 


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

PARABÉNS LITORALMANIA – 14/01/2022

Mais um serviço que Litoralmania presta aos leitores: disponibiliza por WhatsApp notícias atualizadas aos que se cadastram para receber. A instantaneidade, uma característica que nos permite acompanhar pari passu as notícias em tempo real, são um fator a mais para a satisfação dos leitores.

PARABÉNS!

Na manhã de 11/02/2022 policiais civis efetuaram a prisão em flagrante de um homem de 22 anos pela prática de crime de tentativa de furto em veículos.

“Segundo o Delegado de Polícia Antônio Carlos Ratz Jr, o suspeito foi avistado por uma escrivã de polícia tentando arrombar um automóvel estacionado em frente à Delegacia de Polícia. Após analisarem imagens de câmeras de segurança, constatou-se que já havia tentado arrombar outros veículos, inclusive uma viatura policial discreta. O suspeito, condenado a prisão domiciliar por roubo e corrupção de menores, após a lavratura do auto de prisão em flagrante será encaminhado ao sistema por não satisfazer o valor da fiança que lhe foi arbitrada”. (Litoralmania, 11/01/2022).   

A notícia, que poderia ser considerada de menor importância, face ocorrências mais graves – o que é uma verdade – permite, contudo, ser analisada sob aspecto, estes sim incompreensíveis para a população ordeira, pacífica e cumpridora das leis vigentes.

O jargão policial de considerar “suspeito” um criminoso preso em flagrante delito é um escárnio, senão vejamos como o Conselho Nacional do Ministério Público define “flagrante delito”: É o exato momento em que o agente está cometendo o crime, ou quando após a sua prática, os vestígios encontrados e a presença da pessoa no local do crime dão certeza deste ser o autor do delito, ou ainda, quando o criminoso é perseguido após a execução do crime.  Ver artigo 301 e seguintes no Código de Processo Penal.

Reitero de maneira irretorquível: nominar de “suspeito” um criminoso detido em flagrante delito é mais uma das maneiras de minimizar um FATO. Suspeito é alguém indigitado por aparências, indícios não comprovados e que terão de ser investigados para dirimir qualquer dúvida.

Pode ser legal, mas nos causa inconformidade, um criminoso que já foi condenado por roubo, corrupção de menores a prisão domiciliar e que não poderia estar perambulando e praticando delitos, ter por opção pagar uma fiança para continuar em liberdade.

Os fundamentos da prisão domiciliar expressam claramente: “A prisão domiciliar, como indica a denominação, nada mais representa que a possibilidade de ter sua liberdade restrita ao âmbito da residência, só podendo dela se ausentar com autorização judicial.

Podemos e devemos auxiliar o trabalho dos policiais com informações pertinentes. A Polícia Civil de Imbé disponibiliza o WhatsApp (51)98416-7999 para denúncias e também pelo fone 181 (Disque Denúncias da SSP, este abrange todas as localidades), garantindo o sigilo e o anonimato do denunciante.

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado


quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

PASSAPORTES CONTRA A COVID

 


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

PASSAPORTES CONTRA A COVID

Enquanto a campanha de vacinação contra a Covid-19 avança, mais países implantam passaportes de saúde para permitir atividades diversas, inclusive viagens internacionais. A iniciativa gerou reações adversas em alguns países, entre eles os EUA que consideram as medidas invasivas e ineficazes.

A possível implantação dos passaportes começou em 1897, quando a Índia Britânica lutava contra um surto de peste bubônica. Atualmente é exigida dos viajantes internacionais a comprovação de, por exemplo, comprovante de vacina contra a febre amarela.

Pelo mundo as regras são variadas. Há países, como o Reino Unido, que permitem a entrada de não vacinados contra a Covid-19, mas com uma série de exigências, como o teste negativo 48 horas antes do embarque, realização de testes PCR e quarentena de dez dias. Muitos países impõem restrições várias para a entrada e seu número aumenta constantemente prevendo-se a universalização dessas medidas restritivas, algumas drásticas, mesmo para os habitantes autóctones. Se tornarão mais ou menos rigorosas com o progresso das vacinas e a popularização dos medicamentos utilizados para o TRATAMENTO de infecções já instaladas. A FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora dos EUA, aprovou para uso emergencial a pílula Pfizer (nirvatrelvir) para tratamento da Covid-19, em 19/01/2022. O medicamento é indicado para adultos e crianças a partir de 12 anos que tenham testado positivo. Dados recentes destacaram também que o tratamento mantém sua eficácia para a variante Ômicron.

As medidas restritivas variam de país para país e a gravidade das penalidades também.                                                                                                   O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, autorizou a prisão de pessoas não vacinadas que saírem de suas casas durante o atual período e restrições impostas, para frear os casos da Ômicron. São 13 milhões de pessoas.      O comandante do Exército Brasileiro, general Paulo Sérgio, definiu uma série de regras a serem adotadas na força para combater o avanço da pandemia de Covid-19. O retorno de integrantes da caserna deve ocorrer após 15 dias de aplicação da vacina. As regras valem para servidores civis, militares e estagiários. Os casos omissos sobre cobertura vacinal deverão ser submetidos à apreciação do DGPC (Departamento Geral de Pessoal) para adoção de procedimentos específicos.               Além das restrições de circulação, o governo chinês também dificultou a entrada de visitantes e barrou o turismo no país. Os chineses são desestimulados a viajar para fora. A cidade de Ruili, no sudoeste da China, chegou a ser fechada quatro vezes (uma delas por 26 dias seguidos) até novembro de 2021, e muitos moradores que dependiam do turismo ficaram sem renda.

As restrições estão sendo analisadas de maneira diversa por pessoas de proeminência, inclusive com avanços e recuos.                                           “A vacinação obrigatória deve sempre respeitar os direitos humanos e força-la não é aceitável. Sob nenhuma circunstância, as pessoas devem ser vacinadas a força”. (Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile a Alta Comissária dos Direitos Humanos da ONU). Durante o Seminário do Conselho de Direitos Humanos, ela insistiu em que “a obrigatoriedade da vacinação só deve ser utilizada quando necessário para alcançar objetivos imperiosos de saúde pública”.                                                                                 Ao que me parece ser uma realidade, no “rodar da carruagem”, foi convencida que a primeira declaração não era compatível com a totalidade das circunstâncias. Internações em UTIs, mortes de infectados não são admissíveis, mesmo quando intervenções drásticas se chocarem com as liberdades individuais.

“Liberdade individual  termina onde começa a necessidade coletiva. Se 125 países exigem passaporte vacinal em relação à febre amarela, por que seria absurdo fazer o mesmo para frear a Covid-19”? (Juremir Machado da Silva, jornalista e professor universitário).                                                                             

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

 


domingo, 2 de janeiro de 2022

CHARLES DARWIN 1

 


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

CHARLES DARWIN – 03/01/2022

É admirável a premonição que Charles Darwin explícita em sua obra “A Origem das Espécies” (1859), considerando que não tinha a menor noção do que seria o DNA, descoberto em 1869 pelo bioquímico alemão Johann Friedrich Miescher.                                                                                                                   A partir dessa teoria inicial, confirmada posteriormente, seguiu-se o conhecimento das quatro bases: A (adenina), G (guanina), T (timina) e C (citosina). São o que poderíamos grosseiramente comparar com tijolos, permitem construir tudo o que existe para a concretização da vida. Por sinal, com tijolos pode-se construir um templo, um hospital, um presídio, uma casa ou qualquer edificação que possamos imaginar. As quatro bases, os tijolos da vida, são os constituintes de toda a matéria viva que existe. Os vírus, as bactérias, os vegetais, os animais e o próprio homo sapiens. Na essência, somos todos derivados do mesmo “barro” que o Gênesis aponta e que recebeu do Criador o sopro da VIDA.

Se a previsão de Darwin se concretizou com tanta percuciência, clareza, imaginem o quanto ele poderia ter deduzido se tivesse acesso ao conhecimento do DNA.

Passemos agora a reportar o que, em 1859 Charles Darwin lucubrou como teoria científica: “As formas de vida evoluem ao longo das gerações por meio de um processo de EVOLUÇÃO NATURAL”.

“A SELEÇÃO NATURAL atua somente com a acumulação de variações favoráveis, pequenas e sucessivas, não pode produzir modificações grandes ou súbitas, age somente a passos curtos e lentos”.

Acredito que os animais e plantas descendem de um só protótipo, todos os seres vivos existentes têm muito em comum em sua composição química. Sua estrutura celular, suas leis de crescimento são susceptíveis às mesmas influências favoráveis ou nocivas. Quando as opiniões propostas por mim e por Wallace, ou quando opiniões análogas sobre a organização das espécies foram admitidas, pudemos prever vagamente que haverá uma considerável evolução na História Natural.

As espécies se reproduzem e se extinguem por causas que atuam lentamente, que ainda existem e não por atos milagrosos de criação. No futuro vejo um amplo campo de investigações bem mais interessantes. E como a seleção natural atua rumo ao bem de cada ser, todos os dons intelectuais e corporais tenderão progredir rumo à perfeição.

Há uma grandeza sublime na concepção de que a vida, com suas diferentes nuances foi concebida pelo Criador num reduzido número de formas ou numa só, desenvolveram-se e estão se desenvolvendo a partir de um princípio simples para uma infinidade de formas mais belas e portentosas.

Quanto aos meus sentimentos religiosos, posso adiantar que não parece haver qualquer incompatibilidade entre a aceitação da teoria evolucionista e a crença em Deus. Ao final gostaria de encerrar com esta afirmação:                                                                                           “Sistematicamente evito meu pensamento na religião quando trato de ciência, assim como o faço em relação à moral, quando trato de assuntos referentes à sociedade”. (Último parágrafo do volume terceiro da obra “A Origem das Espécies”.

“A Origem das Espécies é uma obra de literatura científica escrita por Charles Darwin, é considerada a base da biologia evolutiva”. Publicada em 24 de novembro de 1859, introduziu a teoria científica de que as formas de vida evoluem ao longo das gerações por meio de um processo de seleção natural e forneceu dados para esta coluna e posteriores.

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado