“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
PAÍSES POBRES x
PAÍSES RICOS – 17/07/2021
As diferenças de qualidade de vida entre países ricos
e países empobrecidos é acachapante, tem causas múltiplas que não podem ser debitadas
a nenhuma delas isoladamente.
A hipótese da INFLUÊNCIA CLIMÁTICA, países de clima quente favorecem a
modorra e um condicionamento limitado ao trabalho exaustivo não é estimulado,
entretanto, há nações próximas do equador com desenvolvimento acentuado e em
franca expansão. Circunstâncias CULTURAIS, inclusive de cunho
filosófico e religioso podem ser assacadas, Estados Unidos, Nova Zelândia e
Austrália, países com influência inglesa, contrapondo-se aos das Américas
Latina e Central, carregando os dissabores de serem colonizadas por portugueses
e espanhóis são significativas, porém, por si sós não representam motivo
suficiente para tamanhas discrepâncias.
A IGNORÂNCIA, tanto dos nativos como dos dirigentes locais que surgiram
após as proclamações de independência foram e são importantes. Neste quesito
temos a ressaltar que a ganância dos novos dirigentes, que assimilaram as
atitudes dos colonizadores que os antecederam impediu esses países de saírem do
marasmo colonialista. ORIENTAÇÕES
POLÍTICAS – Coreia do Norte-Coréia do Sul, Alemanha Oriental-Alemanha
Ocidental, etc. fornecem indicativos precisos que a democracia induz ao
progresso. Nada que possa ser considerado irreversível, a China pós
Mao-Tse-Tung redirecionou a economia rumo a um capitalismo com permanência de
um governo ditatorial e, até agora, os resultados indicam que houve sensível
aumento do PIB nacional, apesar do povo não sentir os efeitos, exceto os eternos
“mais iguais”, a “nomenklatura” típica dos países comunistas.
Os governantes que optaram pela fragilidade do direito
à propriedade e das instituições econômicas acarretaram o empobrecimento da
maior parte do seu povo. Não se
apoderaram das riquezas por acreditarem que estavam fazendo boa economia,
visando o bem da nação, mas porque podiam fazê-lo impunemente, enriquecendo
a custa do empobrecimento dos demais e por acharem que essa política os
manteria no poder mediante a cooptação fraudulenta de grupos e elites locais. Tais
opções foram feitas porque permitiam transferir parte substancial recursos para
grupos politicamente poderosos, relegando a maioria da população a um regime de
vida sub-humano. Os controles de preços por outro lado proporcionavam alimentos
baratos (atitude que fortalecia eleitoralmente o populismo), todavia
insustentáveis. No decorrer do tempo desmontaram a estrutura agrícola e
pecuária dos países ocasionando escassez nas prateleiras dos supermercados. A
indústria, para sustentar preços irreais, abaixo do custo de produção, tem de
canibalizar os recursos necessários à compra dos insumos e acaba ocasionando a
falência, o desemprego e o desabastecimento. Para a importação do que não é
mais produzido faltam verbas, a inflação afia suas garras e pesa
primordialmente sobre as costas dos mais pobres. Tendo de recorrer ao aporte de
capitais estrangeiros criou-se um círculo vicioso que retroalimenta o
descalabro.
A desvalorização da moeda é o trágico
resultado dum sonho utópico.
Não adianta trocar um líder messiânico por outro que
lhe seja antípoda, sofremos no Brasil por esta opção. Lula cometeu atentados
escandalosos, inclusive ao corromper e se deixar corromper por empresas dos
mais diversos matizes. Financiou obras de cunho megalômano no exterior. Com
esse proceder, porto Mariel (Cuba) de 1º mundo – porto de Santos obsoleto;
ponte sobre o rio Orinoco (Venezuela) concluído – ponte do Guaíba inconclusa; metrô
(Caracas) – Porto Alegre sequer iniciado; estradas moderníssimas na África - no
Brasil sistema viário caótico; etc.
Bolsonaro foi eleito
pelos que se opunham a isso tudo, não fosse ele seria outro que representasse a
oposição ao descalabro. Obscurantismo refutado há dois milênios - terraplanismo
ressurge -, educação no índex; troca de ministros como se troca de camisa;
confrontos continuados com o Legislativo e o Judiciário...
Os brasileiros
não merecem viver oscilando entre esses dois polos do non-sense.
Um país que poderia ser habitado por cidadãos com
padrão de vida no mínimo satisfatório navega em mar encapelado e, em vez de
progredir com todos lutando ombro-a-ombro, digladiam-se em luta fratricida,
bolsomínions versus petralhas. E TODOS acabam naufragando, menos os eternos
“MAIS IGUAIS” que surfam tranquilamente nas ondas do populismo abjeto. Não
importa a ideologia dominante, mudar sem redirecionar o rumo e instituir um
posicionamento que vise o bem-estar da população e não apenas trocar seis por
meia-dúzia é continuar permanentemente no ramerrão que já nos deixou desacorçoados.
Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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