CIÊNCIA
E CULTURA
Marília Gerhardt de
Oliveira
26
– MESSIAS
Êxodo 20:7 – “Não tomarás
o nome do Senhor
teu Deus em vão.”
No
dia 18 de novembro do ano de 1978, houve um misto de suicídio coletivo e
assassinatos a tiros e facadas de 918 pessoas em Jonestown – Guiana. A maioria
morreu ao beber, por ordem do Pastor Cristão Pentecostal Jim Jones, veneno
misturado a um ponche de frutas.
Investigações
de Agências Federais Estado-unidenses já haviam alertado sobre o caráter
ditatorial e messiânico do tal Pastor.
Esta
tragédia deu fim a um projeto de “curas” milagrosas iniciado em 1956 no estado
de Indiana – USA.
Passadas
quatro décadas, o Brasil elegeu, de forma democrática e com uso consagrado de urnas
eletrônicas, Jair Bolsonaro, cujo histórico, nos tempos da Ditadura Militar,
inclui condenação, por unanimidade, pelo Conselho de Justificação Militar, no
dia 19 de abril do ano de 1988 (“declarada sua incompatibilidade para o
oficialato e consequente perda do posto e da patente, nos termos do artigo 16, inciso
I, da Lei nº 5836/72”).
Seus
apoiadores mantém convicção no acerto de seus atos em plena Pandemia Covid-19
apesar de uma série de fatos incontestáveis.
Prescreveu,
mesmo sem ter Diploma de Médico, Cloroquina e Hjdroxicloroquina (indicados para
Malária, Artrite Reumatoide, Lúpus Eritematoso) e Ivermectina (indicado há mais
de quatro décadas como vermífugo, para piolhos e ácaros).
Desqualificou
a Ciência e a Cultura desde o primeiro dia de seu Governo e não manteve Médicos
experientes como Ministros da Saúde no Brasil.
Jamais
teve a imprescindível estatura de Estadista, não sendo exemplo a ser imitado
numa Pandemia, pois não incentivou o uso de máscaras (sequer as utilizou
rotineiramente) e, irresponsavelmente, promoveu aglomerações.
Inicialmente,
deu pouca importância às Vacinas e, ainda hoje, não tem exigido de sua Equipe
celeridade na aquisição, distribuição e aplicação desta que é a única ferramenta
que o mundo já dispõe no efetivo combate a Covid-19.
Precisamos
de Vacinas!
Precisamos
de Oxigênio!
Precisamos
de respeito aos que trabalham atendendo doentes!
Precisamos
valorizar a vida e as orientações científicas pertinentes!
O
verdadeiro Messias não teve preconceitos ignorantes, nem se utilizou de
evasivas vergonhosas.
É
desafortunadamente trágico um ser humano não demonstrar qualquer empatia, em
momento algum, mesmo com o Brasil atingindo a triste marca de 250 mil mortos e,
num momento tão grave, ter por preocupação egoísta, única e injustificável sua
REELEIÇÃO.
gerhardtoliveira@gmail.com
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