“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
A INTELIGÊNCIA
ARTIFICIAL LIBERA
Num mundo cada vez mais complexo, não há mais espaço
para discussão polarizada. É possível compatibilizar saúde e economia desde que
se tenha o discernimento necessário para manter em vigor os princípios
essenciais para a sobrevivência e se abra mão de alguns privilégios que se
caracterizem nitidamente corporativistas.
A informalidade, as micro e pequenas empresas
apresentam resiliência e saúde financeira mais sensível e devem receber atenção
especial na distribuição de recursos, liberação de algumas exigências fiscais e
mesmo de adimplência. O mundo passa atualmente por um período de transição e
marcha inevitavelmente para um equilíbrio ancorado em regras, costumes e
compartilhamentos diferentes dos que estamos habituados. O que dizer da autorização para aumento das tarifas de pedágios em meio
da pandemia que sufoca?
O corporativismo existente, desde o que representa
classes menos influentes até os componentes da macroeconomia tem dado pouca
importância ao humanismo e impondo táticas que visam o deus-lucro acima de
tudo.
Difícil acreditar que houve época mais discriminadora?
Thomas Morus, em 1516, escreveu “Utopia”. A elite econômica representada pela
aristocracia, detentores de grandes fortunas e poder político, tudo podia e
tudo exigia. À plebe... 16 horas de trabalho diuturno; sem sábados e domingos
para descanso; sem férias; sem aposentadoria; sem direitos. A Justiça
aparelhada para garantir “direitos” dessa elite onipotente e a plebe sem
direitos, apenas deveres.
Isso é passado, atualmente está consolidada, por
exemplo, a CLT garantindo os direitos trabalhistas, a aposentadoria, a
assistência médica universal entre outros. Natural para nós, impensável num
passado nem tão distante. O que dirão nossos descendentes sobre a indiferença
com os menos abonados?
Leis esdrúxulas, incompreensíveis, como a
admissibilidade de cartões de crédito a cobrarem juros de 319,5% ao ano como
atualmente no Brasil? Nem como piada de
mau gosto! Em países nos quais o sistema bancário funcione racionalmente,
inadmissível!
Chegaremos, sim, a prestigiar e proteger mais o trabalho
que o capital. Mesmo considerando que sem capital financiador não existem
empresas, sem empresas não existem empregos, temos que convir também, que sem
empregos preenchidos não existem empresas. Ainda não alcançamos o estágio em
que a Inteligência Artificial (IA) pode substituir o labor humano por robôs em
tarefas repetitivas. Os humanos se reservarão o privilégio de se aterem a
tarefas nobres, o cérebro será o alvo das atenções, às máquinas os labores
exaustivos. Consideram uma miragem? Remontem a um passado nem tão longínquo, à
época em que o transporte de mercadorias e mesmo de pessoas era dependente da
força muscular, de pessoas ou animais amestrados. Escravos locomoviam liteiras
e transportavam mercadorias.
A invenção da roda e da alavanca alavancaram (perdoem
o trocadilho) e o resultado: alívio aos músculos e possibilidade de transportar
cargas mais pesadas. As velas dos barcos substituíram os remos, a máquina a
vapor de Robert Fulton, em 1803, superou o velame e os mastros. O progresso
continuou de maneira alucinante. Santos Dumont e os irmãos Wright abriram as
postas do céu, Werner von Braun, a partir dos foguetes V2 da II Guerra Mundial,
nos levou a orbitar o planeta, já atingimos a Lua com voos tripulados e estamos
no limiar de invadir-colonizar o espaço sideral.
Não há limites para aquilo que o homem almeja. Júlio
Verne vaticinou: “tudo o que um homem pode imaginar, outro homem realizará”.
Jayme José
de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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