domingo, 29 de janeiro de 2017

CRIME AMBIENTAL?



Coluna publicada em www.litoralmania.com.br - 30/01/2.017


http://www.blogcdjayme.blogspot.com.br


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

CRIME AMBIENTAL? – 27/01/2.017

Chamou muito a atenção de cidadãos residentes (e também veranistas) o quase total desaparecimento das corujas da orla no litoral de Capão da Canoa - RS, desde 2.016.





Iniciado o Veraneio 2.017, considerando o que se tinha até novembro de 2.016, é radical a redução populacional dos singelos e simpáticos pardaizinhos (adultos e filhotinhos) que enchiam de encanto praças, meios-fios e jardins da nossa praia de Capão. Com a palavra as autoridades que forem competentes.



Tristes também as cenas que já se repetem há mais de um verão: cachorrinhos de todas as raças, cruzamentos, tamanhos e gêneros, correndo desesperadamente atrás dos carros de seus ex-proprietários amados (pois os pobres ainda confiam que seus humanos favoritos apenas os “esqueceram”). Mas eles não voltarão! E os animaizinhos sentirão, logo a seguir, o estigma que os acompanhará quando o abandono, a fome e as doenças os marcarão indelevelmente. Muito triste!



Sugere-se ação de voluntários que podem se organizar para fotografar essas repetidas cenas (nos mesmos lugares, os de sempre), incluindo o registro por imagens das placas dos veículos que deixam estas criaturas para trás, a sua própria sorte, para a devida responsabilização dos infratores na letra fria da lei.
Serão, por sua vez, tão frios esses indivíduos, que não terão sequer marcadas as lembranças dos fiéis companheiros de tantas horas felizes em suas famílias humanas?
Há o que fazer!
Coragem!
Certamente, haverá apoio majoritário da população, inclusive de eleitores.


Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

sábado, 21 de janeiro de 2017

A ESCOLHA DE SOFIA 2





Coluna publicada em "www.litoralmania.com.br" - 21/01/2.017

http://www.litoralmania.com.br/a-escolha-de-sofia-2-jayme-jose-de-oliveira/


A ESCOLHA DE SOFIA 2

O rescaldo do incêndio provocado pelos massacres em que presidiários – não policiais – trucidaram-se com selvageria, pipocaram análises sobre as causas, consequências e culpabilidade do horror. A onda predominante dos comentários pende visivelmente no sentido de encobrir a culpa dos autores e direcionar para as autoridades que não previram nem coibiram e à sociedade que não lhes oferece alternativas ao crime.
A escritora Marina Colasanti insiste: “Não basta perguntar quem eles são, indaguemos quem somos nós”.

Flávio Tavares, jornalista e escritor, mais equilibrado e sem usar óculos cor de rosa: “O horror tem o poder de nos despertar da letargia, mas nem mesmo assim vemos a cor do sol. O massacre de Manaus fez até o papa Francisco nos alertar sobre o abismo à nossa frente, mas continuamos inertes, como se a violência caísse do céu como a chuva, sem nossa interferência.                                                                                                               Talvez a natureza humana leve ao crime, tal como Caim e Abel o mostram. Os preceitos religiosos e as leis surgiram para coibir a maldade e permitir o convívio.                                 No país em que tudo pode e em que é “feio” haver normas de comportamento e de convivência, tudo hoje é diferente. A libertinagem substituiu a liberdade. O professor já não aponta o erro do aluno pois “fere a dignidade”. Quem sabe não pode ensinar a quem nada sabe. Os pais não podem repreender os filhos e transmitir-lhes modelos de vida. A correção é malvista. (Zero Hora, 07/01/2.017)
O Estado Brasil nunca foi um paradigma a ser apregoado aos ventos. “Sirvam nossas façanhas – e costumes – de exemplo, a toda terra” é uma falácia que se permite ao desplante de comemorar uma derrota. A bravura da nossa gente já foi inquestionável. Hoje, após sucessivos governos – de todos os partidos – que malversaram recursos e distribuíram benesses a correligionários e aliados de ocasião, deixando a conta para ser paga pelos cidadãos que não se aninham entre os “mais iguais”, CHEGOU A HORA DE DAR UM BASTA! Assim como na represa de Samarco, o dique rompeu e o represado inundou a jusante. Não pode mais haver tergiversação.                                                           A desagregação do sistema penitenciário é apenas um sintoma do que subjaz. A sociedade brasileira, cansada de viver sob o tacão duma ditadura rendeu-se ao canto da sereia entoado pela “Constituição Cidadã de Ulysses Guimarães. Ao fugir do autoritarismo abriram-se as comportas da permissividade. Silenciaram as vozes que clamavam por justiça e decidiu-se que é “proibido proibir”. Jogou-se sobre as vítimas o peso das mazelas sociais, as costas dos bandidos foram aliviadas. Afinal de contas, são “vítimas da sociedade” e deles não se pode exigir outra conduta.                                                               Nossos policiais não temem enfrentar os bandidos, são as críticas e as manchetes ofensivas que os inibem. Quando um policial é morto em confronto, isso faz parte dos riscos aos quais se expõe. Quando malfeitor sucumbe é prova de truculência inadmissível.
Antes da carnificina de Manaus, Roraima e outras que seguirão houve o desmonte e o estupro da ordem. Recebem aplausos dos que consideram os “direitos humanos” dos malfeitores mais importantes que os das pessoas direitas. Foram décadas em que se solapou o verdadeiro significado da ordem – tornou-se um palavrão – e, como resultado, os que nos deveriam proteger sentem a necessidade de serem protegidos... e sabem que não são, nem serão. Se, no estrito cumprimento do dever resultar um delinquente “vítima”, o policial é encaminhado a um longo e desgastante processo de readequação psicológica.
A ironia suprema segue gargalhando de uma nação que se extraviou a ponto de perder para as facções criminosas até o controle dos presídios. E cogita-se indenizar os trucidados pelos próprios apenados na luta interna pelo poder.                                                                 O governador do Amazonas anunciou que vai indenizar (RS 50 mil por cabeça) as famílias dos bandidos mortos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim. O governador José Melo mandou pagar todo o mundo. Ele cumpre dispositivos da Constituição Federal e decisões do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF).

É inquestionável que os assassinatos, decapitações e esquartejamentos foram executados por apenados. Fácil será identificá-los. Considerar-se-á o extermínio um agravante ou, mais uma vez, será solicitada leniência?




quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

A ESCOLHA DE SOFIA




Coluna publicada em "www.litoralmania.com" - 11/01/2.017

http://www.litoralmania.com.br/a-escolha-de-sofia-jayme-jose-de-oliveira/


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

A ESCOLHA DE SOFIA

Trata do dilema de Sofia Zawistowka, uma mãe polonesa presa no campo de concentração de Auschwitz, durante a 2ª Guerra Mundial. Um sodado nazista ofereceu a opção de escolher um de seus dois filhos para sobreviver. Se recusasse, ambos seriam mortos.
O sucesso retumbante do livro escrito por William Styron (3 milhões de exemplares) resultou em tornar a expressão o indicativo da situação de uma pessoa anteposta a duas soluções inadmissíveis, mas em que uma opção tem de ser feita. Exemplo clássico é o dum médico que, tendo dois pacientes em risco de morte iminente e apenas uma vaga na UTI, vê-se coagido a salvar um deles. Qual?


No dia 01/01/17 ocorreu uma rebelião seguida do massacre de 56 prisioneiros num confronto entre gangues no Complexo Prisional Anísio Jobim (Compaj) em Manaus – AM. A situação nos presídios brasileiros, de péssima qualidade e superlotação inconcebível desemboca em rebeliões e nessas os ajustes de contas entre facções rivais é uma constante.
A ONU divulgou um comunicado cobrando das autoridades brasileiras uma investigação imediata e efetiva dos fatos e responsabilidades. O Papa Francisco destacou estar preocupado e salienta que as prisões devem ser lugares de reeducação, preparando os apenados para a volta à vida após cumprimento da pena.
O Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) é gerido por Parceria Público-Privada (PPP) com um custo que beira R$ 5 mil mensais por apenado. A direção do complexo alertou as autoridades sobre o risco de rebelião entre o Natal e Ano Novo, tomando providências ao seu alcance para evitar. Os responsáveis pela segurança estadual não responderam nem requisitaram auxílio federal. Comenta-se – e não foi desmentido – que o líder da facção Família do Norte (FDN) foi financiador na última eleição, garantindo 100 mil votos.
Aqui entra em foco uma legítima “Escolha de Sofia”: a população se divide entre os que consideram aceitáveis as mortes - “bandido bom é bandido morto” - e os que deploram o ocorrido, considerando que apenados sob tutela do Estado devem ter sua incolumidade garantida pelo Poder Público.
Deixo a cada um sua “Escolha de Sofia”.
Juristas, inclusive a presidente do STF Carmem Lúcia, consideram inadmissível a situação dos presídios brasileiros e têm suas razões. A construção de novas unidades esbarra no alto custo – não há verbas disponíveis suficientes. Aqui uma opinião pessoal: não há necessidade de “Hotéis 5 Estrelas” para abrigar apenados. Alojamentos baratos, tipo “minha-casa-minha-vida”, cercadas e vigiadas com rigor máximo, amenizariam o problema, localizadas em locais distantes de cidades para facilitar a vigilância e diminuir os custos. Não podem ficar longe dos domicílios dos apenados para facilitar visitas de familiares? Não vejo a mesma preocupação com prisioneiros VIPs encarcerados em Curitiba, nem com figurões do tráfico quando removidos para presídios de segurança máxima.

Não chego ao exagero que se verifica na prisão ao ar livre de Phoenix, no Arizona, Estados Unidos, projetada pelo xerife Joe Arpaio, considerado o mais “durão” da América. Os prisioneiros estão alojados em tendas cedidas pelo exército, cercadas por cercas com a mesma origem e vigiadas 24 horas por dia a partir de torres de 14,5 metros de altura.


O xerife se reelege sucessivamente desde 1.992, demonstrando a aprovação pública ao projeto.
“In médio stat virtus”. Nem tendas que não deem um mínimo de habitabilidade, nem “Hotéis 5 Estrelas”.

 Construções elogiadas quando destinadas a trabalhadores honestos em programas sociais do governo federal são, não apenas elogiadas, mas estrondeadas aos quatro ventos. Poderiam servir de modelo e uma solução economicamente viável, a não ser que sejam consideradas indignas para acolher delinquentes. Deixo ao critério de cada um o julgamento.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

A CIDADE PERDIDA DE PETRA



Coluna publicada em "www.litoralmania.com.br" - 03/01/2.017

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PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

A CIDADE PERDIDA DE PETRA

Para estudar a história da humanidade a partir da África e sua expansão pela Terra testes genéticos podem verificar o grau de parentesco e permitir comprovar sua origem.
Um grupo nômade de caçadores e coletores se deslocou pelas regiões áridas entre Angola e a Naníbia, isso há 200.000 anos. Seus descendentes ocuparam a África e migraram para a Ásia há 50.000 anos e de lá atingiram a Europa, a Austrália e, mais tarde, a América, vindo pelo estreito de Bering, há 12.000 anos. Na época estava congelado, formando uma ponte entre o leste da Ásia e a América.
Durante milênios esse deslocamento deixou vestígios, desde as pinturas rupestres que até hoje podemos visitar como as cavernas de Altamira, na Espanha e o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Brasil, entre inúmeros outros. Mais sofisticadas, cidades foram construídas e impérios se estabeleceram, deixando relíquias esplêndidas de impressionante beleza.
A cidade perdida de Petra será abordada nesta coluna.
Por 600 anos pensou-se que esta cidade no meio do deserto da Jordânia, literalmente encravada entre montanhas, era lendária como Atlântida.
A cidade foi construída por volta do século VI a.C. e era a capital do Império Nabateu. Mais tarde, por volta do ano 60 a.C. foi conquistada pelo Império Romano.
O explorador suíço que a encontrou no século XIX teve de percorrer trilhas impressionantes através de montanhas de arenito colorido até que surpreendentemente se deparou com o Palácio de Petra, um templo em estilo helênico com 42 metros de altura, totalmente esculpido em rocha calcária. O vento ao longo do tempo deu sua contribuição esculpindo formas belíssimas e de um colorido exuberante. Apenas as Montanhas do Arco Íris, na China, podem rivalizar com as cores iridescentes que a natureza providenciou.
Os detalhes interiores são de um colorido deslumbrante, totalmente natural devido à composição geológica de arenito colorido. Vejam as fotos anexas.
No ano 551 d.C. foi quase que totalmente destruída por um grande terremoto e nunca mais foi habitada.
Eleita uma das sete novas maravilhas do mundo, ao lado do Cristo Redentor, é o principal destino turístico da Jordânia. Esta fascinante cidade serviu de cenário para a superprodução “Indiana Jones”.







Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado