Coluna publicada em "www.litoralmania.com.br 05/11/2.016
http://www.blogcdjayme.blogspot.com.br
“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
PEC 241
Bastaria
cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal e a PEC 241 do teto para os órgãos
públicos não seria necessária, porém acabou acontecendo uma desordem nas contas
púbicas de dimensões oceânicas levando o país a ingressar num quadrante de
total perversidade econômica, lançando-o numa espiral inflacionária, numa
economia em recessão. O resultado foi que não se conseguiu gerar mais riquezas
e o desemprego atingiu níveis insuportáveis. Se houvesse uma gestão eficaz tudo
isso seria evitado e desnecessária a PEC 241 que limita os gastos públicos à
inflação do ano anterior, sem crescimento real. Isso vale para todos os poderes
da república.
A PEC
241, conhecida como Teto dos Gastos Públicos é o primeiro passo para superar a
crise econômica e financeira do país. O texto limita por 20 anos os gastos
federais ao orçamento do ano anterior, corrigido pelo IPCA (Índice de Preços ao
Consumidor).
A
regra vale tanto para os gastos do Executivo como para as despesas do Senado,
Câmara, Tribunal de Contas da União, Ministério Público da União (MPU),
Conselho do MPU, Defensoria Pública, Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal
de Justiça, Conselho Nacional de Justiça e justiças do Trabalho Federal,
Militar, Eleitoral e do Distrito Federal e Territórios.
O
Diretor da Consultoria do Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara,
Ricardo Volpe, afirmou que “Hoje estamos com o maior histórico de despesa
pública, atingindo 20% do PIB”. A gente quer que continue crescendo ou
estabilize e diminua?
Se não
frearmos, a União terá de recorrer ao aumento de juros para conseguir rolar a
dívida que já ultrapassa os R$ 4 trilhões e isso representa mais que R$ 500
bilhões/ano, sem amortização do principal. A PEC permitirá um aporte gradual
para reduzir o peso do Estado e evitará uma inflação desenfreada que,
sabidamente, atingirá primordialmente as classes menos favorecidas. Como o
governo gasta muito e gasta mal, cumpre procurar uma maior eficiência.
Economias fortes como Canadá, Holanda e Noruega assim procedem.
A
Constituição de 1.988 criou a ilusão que o Estado tem condições para dar tudo à
sociedade, o que é uma falácia. Temos que priorizar. Se educação e saúde são
primordiais, temos que gastar menos em outras áreas para compensar o aporte
nelas. Cabe aos governantes apontar as áreas a terem suas verbas diminuídas.
Ricardo
Volpe afirmou que Judiciário e Legislativo tem “gordura para queimar” e estão
em situação confortável. O Executivo, sem a Reforma da Previdência terá extrema
dificuldade para pagar aposentados e servidores dentro de poucos anos. Nem se
descarta a medida extrema de redução como ocorreu em países como a Grécia.
Os gastos
desenfreados levaram à situação de uma família perdulária que chegou ao ponto
de ter de restringir gastos ditos “supérfluos” para manter os essenciais.
Turismo,
bebidas caras, roupas de grife, happy-hour, carros de luxo e outros deram
prioridade à alimentação, moradia, saúde, educação e outros itens essenciais.
Mutatis mutandis o Estado precisa priorizar seus gastos.
Dói?
Dói! Mas é essencial para a sobrevivência.
À
alegação de que Temer não teria coonestação para executar reformas a se estenderem
por 20 anos e impactarem governos futuros, cito o economista Darcy Francisco
Carvalho dos Santos: “Não interessa quem está propondo as reformas, o que
interessa é se elas são necessárias”.
Quando
Margareth Thatcher aplicou seu plano econômico na Inglaterra, 364 economistas
lançaram um manifesto repudiando-o. A Inglaterra de hoje comprova que Thatcher
estava certa ontem.
Jayme José
de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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