Coluna publicada em www.litoralmania.com.br em 15/09/2.016.
http://www.litoralmania.com.br/basta-por-jayme-jose-de-oliveira/
“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
BASTA
Há
muito tempo um assunto se destaca entre as inconformidades que me assolam: a
leniência com que as autoridades constituídas enfrentam os cada vez mais
frequentes, brutais e imotivados crimes, eivados de um sadismo inominável.
Sadismo que se manifesta ao constatarmos não haver o menor gesto de reação das
vítimas que pudesse motivá-lo. É pura e simplesmente uma demonstração a que
ponto pode descambar uma mente despida do menor resquício de respeito a quem
quer que seja.
E HÁ
OS QUE OS CONSIDERAM VÍTIMAS DE UMA SOCIEDADE INJUSTA, QUE NÃO LHES DÁ
OPORTUNIDADES.
Aqui
abro um parêntese: cumpre distinguir os defensores dos DIREITOS HUMANOS para os
HUMANOS DIREITOS, dos que, se esmeram em defender os direitos dos humanos não
tão direitos.
Sempre
supus que estava respaldado pela maioria dos HUMANOS DIREITOS e a imprensa
publica nesta semana em suas páginas textos que me deixam confortado, com a
certeza de não estar pregando no deserto. Anexo excertos de alguns deles.
CAXIAS
DO SUL
Vídeo
mostra Mauro Rogério Silva dos Santos dando uma cabeçada num PM, ANTES DA
CONFUSÃO SUBSEQUENTE. As imagens, divulgadas pelo Ministério Público, flagram
quando o advogado ataca o policial e, em seguida, recebe golpes de cassetete.
Eu vi as cenas, e me chocaram ambos os procedimentos.
“O
advogado, de 51 anos, desferiu uma cabeçada no sargento Paulo Roberto da Silva
Mentz, de 45 anos, ANTES de ser agredido com golpes de cassetete, em 31
/08/2.016”. (Zero Hora, 08/09/2.016)
Durante
o tumulto que se seguiu, o soldado Cristian Luiz Preto foi atingido na cabeça
por um chute desferido por Vinicius Zabot dos Santos, 21 anos, filho do
advogado. Wentz teve três dentes fraturados.
Após
ver o vídeo, o presidente nacional da OAB, Cláudio Lamachia, disse que a
conduta do advogado Mauro Rogério Silva dos Santos “não é aceitável” e salientou
que TODOS os envolvidos devem ser responsabilizados.
O
DIA D
“É
só uma questão de tempo. E, quanto mais tarde, pior. Um governo e a sociedade
terão de enfrentar de verdade o poder paralelo que se instalou nos presídios e
que, de lá, comanda esse negócio violento e lucrativo chamado crime organizado.
Será necessário que um governo se disponha a pagar o preço político. Até agora
utilizaram a velha e inútil técnica do avestruz. Enterrar a cabeça na areia. O
dia da batalha final chegou. Estamos perto. Porque ninguém aguenta mais.
Estamos todos pagando a conta da inércia e essa conta não pode ser mais cara do
que manda a lei. A reação vai custar caro. Está chegando a hora. Depois, será
tarde demais.
ATÉ
QUANDO?
Em
pouco tempo ocorreram três crimes bárbaros:
1.
Uma
jovem é abordada no aeroporto, não esboça reação. Mesmo assim é sequestrada e
torturada até a morte.
2.
Uma
médica é abordada numa sinaleira, mesmo tendo saído do carro, foi baleada e
morta.
3.
Uma
mãe, aguardando seu filho na saída do colégio foi morta ao lado da filha
adolescente.
“Famílias
destroçadas pela violência IMPUNE em nosso país. Muitos desses homicídios são
cometidos por indivíduos com longo histórico de crimes brutais. Alguns em
liberdade condicional, outros fugitivos, outros com tornozeleiras eletrônicas.
Um exército de assassinos impunes. O que fazer com indivíduos que matam pelo
prazer de matar? Recuperá-los? Como? Por que não os enfrentamos com firmeza? A
situação é de vida ou morte. Literalmente.
O
pensamento que prevalece é de que qualquer mudança será injusta e atentará
contra os direitos humanos dos delinquentes. E os direitos humanos dos humanos
direitos?
A
maioria, como eu, quer mudanças hoje. Esses fatos brutais e tristes me remetem
aos versos de Bob Dylan: “Quantas mortes serão necessárias até que “eles”
saibam que muitas pessoas morreram”? (Matteo Baldisserotto, médico – Zero Hora,
08/09/2.016
Juremir
Machado da Silva é um jornalista sobejamente conhecido por ideias que propugnam
pela equalização de oportunidades aos menos abonados, aos mais carentes de
oportunidades. No Correio do Povo de 09/08/2.016 escreveu:
“Há
quem queira diminuir a violência sem tocar na desigualdade. Há quem queira
controlar a criminalidade sem punir. O CURTO PRAZO, exige reforço à repressão.
O MÉDIO E LONGO PRAZOS recomendam estreitar o fosso que separa os mais ricos
dos mais pobres. Quem fez isso, mesmo não tendo sido por virtude, não se
arrependeu”.
Jayme José
de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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