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“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
PETROBRAS - 08/03/2.016
Em
direção contrária à do governo Dilma Rousseff o PT vai desencadear uma campanha
nacional contra o projeto que retira da Petrobras a exclusividade na operação
de exploração do pré-sal e desobriga a empresa de exercer o direito e obrigação
de 30% de participação em TODOS os poços perfurados.
O PT
convoca a militância a se engajar numa campanha em defesa da Petrobras, do
regime de exploração de partilha e contra o projeto apresentado pelo senador
Serra que abre a exploração do pré-sal às empresas multinacionais.
Embora
ex-integrantes da cúpula do PT sejam investigados pela operação Lava-Jato por
participarem no bilionário esquema de corrupção da estatal, o partido afirma:
“construímos uma empresa forte, capacitada tecnologicamente e presente em todo
o território nacional”.
Alguns
dados entram em desacordo com a assertiva, principalmente se analisarmos o
declínio verificado nos últimos anos:
21/05/1.988:
Valor de mercado – R$ 510,3 bilhões;
02/01/2.016:
Valor de mercado – R$ 73,7 bilhões;
diferença
para menos: R$ 436,7 bilhões;
decaiu
da 12ª para a 416ª posição entre as maiores empresas do mundo. (Correio do
Povo, 05/01/2.016)
Além
disso, o texto defende as empresas envolvidas no escândalo, alegando que suas
atividades foram inviabilizadas pela operação Lava-Jato.
“Temos
de recuperar a Petrobras, a indústria naval e as empresas fornecedoras,
restabelecer condições operacionais e CREDITÍCIAS dessas empresas abaladas pela
operação Lava-Jato, que paralisou o setor”. (Correio do Povo, 28/02/2.016)
A
empresa criada por Getúlio Vargas em 1.953 se comprometeu a investir R$ 212,3 bilhões
entre 2.010-2.014 para elevar a produção e tornar o pré-sal uma realidade.
Desde que realizou o aumento de capital em 2.010, porém, deixou de ser a 12ª
para se tornar a 416ª empresa do mundo, segundo a Revista Forbes.
No
novo modelo – o regime de partilha – a Petrobras passou a ter a obrigatoriedade
de operar no mínimo 30% de cada campo de petróleo aberto. A medida adotada tem
como efeito colateral um excessivo endividamento da estatal, que chegou à
posição de detentora da maior dívida do mundo, com uma marca que não para de
crescer: saindo de R$ 115 bilhões em 2.010 para os R$ 512 atuais.
É
preciso entender por que um engenho de tal porte e ramificações desceu a esse
ponto. Só vamos sair dessa se compreendermos como entramos. Não vai adiantar
apenas indignação. Há de haver reflexão e reconhecimento.
Jayme José
de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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