ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE XX - Alzheimer 1
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“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
ALZHEIMER 1
ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE – XX
Como vimos
nas colunas anteriores, o prolongamento da vida em vertebrados, inclusive o
homem, tem uma perspectiva promissora. Entre os obstáculos a serem superados
para que além da expansão tenhamos possibilidade de desfrutarmos saúde física
e, principalmente intelectual, sobressai a doença de Alzheimer. Até o momento a
degeneração consequente é irrefreável, mesmo com as terapêuticas mais
avançadas. Encaminhamo-nos para um futuro soturno com inúmeros idosos
fisicamente saudáveis, enclausurados num mundo desligado da realidade.
Espera-se para o futuro que
novas drogas sejam mais seguras e capazes de interferir efetivamente no
retardamento da evolução natural da doença. Dentro do conhecimento científico
atual as linhas de pesquisa mais promissoras nesse sentido são:
- Terapia
antiamilóide
- Inibidores da
hiperfosforilação da proteína TAU
- Fator de
crescimento neuronal
Novas drogas estão saindo dos
laboratórios de ciência básica e sendo investigadas em vários ensaios com seres
humanos. Espera-se que novas drogas sejam mais seguras e capazes de interferir
efetivamente no retardamento da evolução natural da doença.
A possibilidade de se fazer o
diagnóstico antes que o processo demencial esteja instalado e que a intervenção
farmacológica seja implantada de modo preventivo, evitando o agravamento do
quadro neurodegenerativo de forma irreversível, é um objetivo que se vislumbra
em médio prazo.
A Doença de Alzheimer é o tipo de demência mais comum e também é um
termo geral usado para descrever as condições que ocorrem quando o cérebro não
mais consegue funcionar corretamente. O Alzheimer é uma
doença neurodegenerativa que provoca o
declínio das funções intelectuais reduzindo as capacidades de trabalho e
relação social, interferindo no comportamento e na personalidade. No início o
paciente começa a perder sua memória mais recente, pode até lembrar com
precisão fatos ocorridos há anos, mas esquecer que acabou de realizar uma refeição.
Com a evolução do quadro o Alzheimer causa grande impacto no cotidiano da
pessoa e afeta a capacidade do aprendizado, atenção, orientação, compreensão e
linguagem. A pessoa fica cada vez mais dependente da ajuda dos outros até mesmo
para rotinas básicas como a higiene pessoal e a alimentação. A taxa de
progresso da doença é variável conforme a pessoa, contudo, portadores de
Alzheimer vivem em média oito anos após o início dos sintomas.
Apesar de não
haver atualmente tratamentos que impeçam o progresso da Doença de Alzheimer, há
medicamentos para tratar os sintomas de demência. Nas últimas três décadas as
pesquisas proporcionaram uma compreensão muito mais profunda sobre como o
Alzheimer afeta o cérebro. Hoje em dia os pesquisadores continuam a buscar
tratamentos mais eficientes e a cura, além de formas para impedir seu
surgimento e melhorar a saúde cerebral.
No Brasil, existem cerca de 15 milhões de
pessoas com mais de 60 anos de idade. Seis por cento delas sofrem do Mal de
Alzheimer segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz). Em todo
o mundo são 15 milhões. Nos Estados Unidos é a quarta causa de morte de idosos
entre 75 e 80 anos, perde apenas para infarto, AVC e câncer. O Alzheimer não
é uma parte normal do envelhecimento, embora o maior risco conhecido seja o
aumento da idade, mas não é apenas uma doença da velhice. Até 5 por cento das
pessoas com a doença tem início precoce, muitas vezes aparece quando alguém
está na faixa dos 40 ou 50 anos.
Pessoas com perda de memória ou outros possíveis sinais da Doença de
Alzheimer podem ter dificuldade para reconhecer que eles têm um problema. Os sinais de demência pode ser mais
óbvio para os membros da família ou amigos. Qualquer um que experimenta
sintomas de demência deve consultar um médico o mais rápido possível.
Em 1.995, aos 61 anos, William Utermohlen, um
artista americano que vivia em Londres, recebeu um diagnóstico devastador, ele
tinha a Doença de Alzheimer. Em resposta à doença ele começou a pintar
autorretratos que se tornaram uma maneira para tentar entender a sua condição.
Até ser internado em um lar de idosos em 2.000, Utermohlen pintou retratos
regulares de si mesmo durante os primeiros anos de seu diagnóstico e o que
vemos é um homem lutando para permanecer em contato com o mundo ao seu redor.
Utermohlen faleceu em 2007 mas os seus autorretratos são um caminho para que
possamos avaliar a devastação causada pela doença.
Antes de seu diagnóstico, era um artista de sucesso
que passava todo o seu tempo desenhando e pintando. Alzheimer é uma doença
terrível, confusa. Ela rouba os nossos entes queridos para longe de nós, mesmo
antes de morrerem. Compartilhe os últimos trabalhos desse artista.
Acessem os vídeos, são realmente impactantes.
FILHA
CUIDA DA MÃE COM ALZHEIMER – 4min53seg
CARTA DE UM PORTADOR DE ALZHEIMER
AO SEU CUIDADOR – 7min50seg
AS FASES DA DOENÇA DE ALZHEIMER –
3min10seg
Jayme José
de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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