“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
O GRANDE ESCOADOURO
Ao
deparar com a coluna de Rogério Mendelski no Correio do Povo (23/11/2.014)
relacionando os financiamentos que o Brasil concedeu nos últimos anos a países
estrangeiros para empreiteiras brasileiras executarem: portos, hidrelétricas,
metrôs, estradas, aquedutos, pontes, barragens, aeroportos, BRTs, purificação
de água, aviões, ônibus, etc. ... alguns com remotas chances de pagamento, fico
imaginando o quanto seriam úteis essas obras se realizadas no Brasil. Ah, as
empresas encarregadas de realiza-las poderiam fazê-lo aqui, proporcionando
milhares de empregos para brasileiros. As probabilidades de calote também
seriam minimizadas.
Lembrei
uma declaração de Lênio Streck, procurador aposentado do RS e professor da
Unisinos, São Leopoldo:
“Só não sabemos se o governo não se esforça porque sabe que a sociedade não cobra ou se a sociedade não cobra porque sabe que o governo é lento”.
“Só não sabemos se o governo não se esforça porque sabe que a sociedade não cobra ou se a sociedade não cobra porque sabe que o governo é lento”.
OBRAS
FINANCIADASPELO BRASIL E EXECUTADAS POR EMPREITEIRAS BRASILEIRAS... NO
EXTERIOR.
Porto
Mariel (Cuba): U$ 957 milhões – Odebrecht;
Hidrelétrica
de San Francisco (Equador): U$ 243 milhões – Odebrecht;
Hidrelétrica
Manduriacu (Equador): U$ 124,8 milhões – Odebrecht;
Hidrelétrica
Chagila (Peru): U$ 1,2 bilhão – Odebrecht;
Metrô
cidade do Panamá (Panamá): U$ 1 bilhão – Odebrecht:
Autopista
Madden-Colón (Panamá): U$ 152,8 milhões – Odebrecht;
Aqueduto
Chaco (Argentina): U$ 180 milhões – OAS;
Soterramento
do Ferrocarril Sarmiento (Argentina): U$ 1,5 bilhão – Odebrecht;
Linhas
3 e 4 do Metrô de Caracas (Venezuela): U$ 732 milhões – Odebrecht;
Ponte
sobre o rio Orinoco (Venezuela): U$ 1,2 bilhão – Odebrecht;
Barragem
de Moamba Major (Moçambique): U$ 460 milhões – Andrade Gutierrez;
Aeroporto
de Macala (Moçambique): U$ 200 milhões – Odebrecht;
BRT
da capital Maputo (Moçambique): U$ 220milhões – Odebrecht;
Hidrelétrica
de Tumarín (Nicarágua): U$ 1,1 bilhão – Queiroz Galvão;
Projeto
Hacia el Norte-Rurrenalbaque-El-Chorro (Bolívia): U$ 199 milhões – Queiroz
Galvão;
20
aviões (Argentina): U$ 595 milhões – Embraer;
127
ônibus (Colômbia): U$ 26,8 milhões – San Marino;
Com
valores não informados:
Abastecimento de água na capital peruana – Projeto Bayovar (Peru): Andrade Gutierrez
Abastecimento de água na capital peruana – Projeto Bayovar (Peru): Andrade Gutierrez
Renovação
de gasodutos em Montevidéu (Uruguai) – OAS;
Via
Expressa Luanda-Kifangongo (Angola): Queiroz Galvão.
Acresçamos
a esses montantes os perdões às dívidas de países africanos e obras posteriormente
realizadas, financiadas pelo BNDES.
O
“Petrolão” é a “cereja do bolo”, não admira que não consigamos honrar o
compromisso com o superávit primário.
“Já dizia que é uma rede que extrai da nação
tudo o que pode. E a sociedade submissa se adapta”. (Raimundo Faoro, presidente
da OAB de 1.977-1.979, em “Os Donos do Poder”)
Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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