sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

MINHA COLUNA 333 EM LITORALMANIA





PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

MINHA COLUNA 333 NO LITORALMANIA – 20/12/2019

Leitoras e leitores: FELIZ NATAL!

Com muita alegria chego à coluna nº 333 em nosso jornal on-line “Litoralmania”. Assuntos culturais, de atualidades, históricos e científicos, após pesquisas que me enriqueceram como Pessoa.
Hoje o tema será São Francisco de Assis e o Presépio de Natal.
Não por acaso o nosso Papa adotou por nome Francisco, coerente com a missão que se impôs: combater as mazelas históricas junto à parcela do clero mundo afora, priorizar pobres e oprimidos, valorizar o meio ambiente como riqueza a ser preservada. O mundo de hoje precisa desta forma inteligente e humana de radicalismo.

São Francisco de Assis, ou Giovanni di Pietro di Bernardone, nasceu na cidade de Assis, na Itália, no dia 5 de julho de 1182. Na juventude entregou-se a uma vida boêmia e de festas. Em 1206, orando na Capela de São Damião, ouviu um chamado de Cristo que dizia: “Vá, Francisco e restaure minha casa”. Desde então, entrega-se ao serviço de Deus e dos mais necessitados.
Na parábola do “Retorno do Filho Pródigo”, tão difícil de aceitar por nós, que nos consideramos superiores, corretos, obedientes, diversos com relação aos “impuros” pecadores, há um grande ensinamento: podemos, como São Francisco, redirecionar nossa vida e voltar ao convívio. O filho maior é chamado a reconhecer que a sua mais expressiva herança e riqueza é justamente participar desta misericórdia sem fim e que, por mais que nos desviemos, sempre há possibilidade de remissão. Só depende de nós, do nosso esforço e persistência.
“Como o pai do filho pródigo, Deus também continua a nos considerar seus filhos quando nos perdemos. Os erros que cometemos, mesmo se grandes, não prejudicam a fidelidade de seu amor” (Papa Francisco, Vaticano 06/03/2019)                                                                                                Cito esses dois exemplos para ressaltar que o Criador nos concedeu o livre arbítrio – pode ser usado para o bem, ou para o mal -, mesmo que trilhemos caminhos obscuros, podemos retornar e redirecionar nosso destino. Esta a grande lição que não podemos esquecer.

O professor de Teologia Frei Luiz Carlos Susin, da PUC-RS, explica que a encenação do nascimento de Jesus, conforme relatos bíblicos, começou por volta dos séculos VII e VIII. A mais famosa delas ficou por conta de São Francisco de Assis, que acabou ganhando a fama de inventor do presépio. O santo dos pobres estava na cidadezinha de Greccio, na Itália central, no ano de 1223. Estando em uma ermida próxima a um bosque, teve a inspiração de encenar, na noite de Natal, o momento do nascimento de Cristo, que, segundo o Evangelho, é Deus que se fez homem para salvar a humanidade. Assim, os amigos de Francisco levaram ao bosque animais e algumas pessoas serviram de atores, interpretando Nossa Senhora, São José, os pastores e os Reis Magos. Até hoje, Greccio é conhecida como a Belém italiana por ter sido palco do primeiro presépio. Desde então a representação visual do nascimento de Cristo se tornou, cada vez mais, símbolo do Natal.

Por ser um jovem de alma sensível, cheio de amor aos pobres e a Deus, soube ver o rosto de Deus espelhado na natureza, não apenas nos animais, mas em tudo que Deus criou. Essa é uma lição que precisamos aprender com São Francisco: encantar-se com tudo que Deus criou, com toda a beleza, harmonia e perfeição.
Francisco era um irmão universal. Não só dos animais e dos vegetais, do cosmos e das estrelas, mas também de todos os homens, mulheres e crianças, e especialmente os pequenos, pobres e doentes. Não existiu homem que fosse estranho ao seu coração: leprosos, bandoleiros, nobres ou plebeus.
Uma das orações mais belas que conheço foi composta por São Francisco, e vale a pena recordá-la e meditar suas palavras:                                                                                                                                               Senhor, faça-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvida, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado,
Compreender que ser compreendido,
Amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se nasce para a vida eterna.
UM FELIZ NATAL DESEJA O CASAL DE TICO-TICOS – 2min26seg
SINO SOBRE SINO – K. BODROV – 6min14seg

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

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