domingo, 1 de dezembro de 2019

DEMOCRACIA?






tePONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

DEMOCRACIA? – 23/11/2019

Nas democracias como a nossa em qe os dirigentes se elegem prometendo governar para o bem do povo e depois de empossados agem como se o povo fosse um monturo de lixo, impõem modos e estilos que perpetuam as mazela e expandem a violência, o eleitor deplora o voto depositado. Não importa a cor partidária, a partitura da música continua monocórdia. Os anos Lula-Dilma  com apoio da base alugada (PMDB, PP,...) abriram a porta para a corrupção sem freios. O Mensalão e o Petrolão desnudaram as faces podres sem dó nem piedade. Não foi possível extirpar o tumor maligno porque casuísmos permitiram que a maioria dos mandantes se esgueirasse com manobras urdidas à socapa.                                                                                                                                            Temer e companhia continuaram e proporcionaram, inclusive, uma ridícula e simbólica corrida com uma maleta de 500 mil reais.                                                                                                                                                                                                                       Seguiu-se Bolsonaro que pregava e prega a violência, imitando com dedos e braços uma arma letal – contra bandidos, evidentemente – porém as “balas perdidas” não cessaram de escancarar sua face cruel atingindo inocentes, crianças inclusive.
Olhamos com incredulidade, misto de piedade, a Índia dividida por castas que seccionam seu povo e perpetuam as desigualdades. E nós, o que dizer dos detentores de “direitos adquiridos” a açambarcar a “parte do leão” do erário? No RS o Poder Judiciário reivindica – e recebe – 1/12 de tudo o que se arrecada, baseado no orçado, mesmo que o recolhido não alcance o estimado. Quando “aperta o cinto” e isso ocorre nos últimos cinco anos, não admite reduzir a sua cota. Em nada. O Legislativo, idem. Os “primos-pobres” do Executivo nesses cinco anos têm seus salários congelados e, ACREDITEM, os “primos-ricos” se autoconcederam 16,38% de aumento SEM CONSULTAR A ASSEMBLEIA. E não admitem dialogar.                                                                                                                            Criou-se uma cisão desta vez. O Legislativo se sentiu desprestigiado reagiu e exigiu ser consultado previamente. Judicializou e,  no momento tem ganho de causa. A reação do subprocurador-geral da Justiça, Marcelo Dornelles, não se fez esperar. Apesar da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ter aprovado um parecer que recomenda a suspensão dos reajustes de 16,38% autoconcedidos, incluído o Ministério Público (MP),o subprocurador-geral de Justiça, Marcelo Dornelles, reiterou a legalidade do pagamento. Dornelles ainda lamentou que o MP possa vir a ser eventualmente “culpado” de tentar reparar a legalidade do aumento por via judicial. Ficar incitando categorias umas contra as outras de forma desnecessária não leva a nada.
A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia, por 11 votos a zero, aprovou os pareceres favoráveis do relator Pepe Vargas (PT) aos requerimentos de autoria de Sebastião Melo (PMDB) para anular os aumentos de 16,38%.
A batalha jurídica continua e o desfecho é imprevisível.
Decidido apenas o reajuste zero aos do Executivo.
JUSTIÇA? EQUILÍBRIO? DEMOCRACIA?


Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado


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