domingo, 10 de março de 2019

O FUTURO JÁ CHEGOU 2




Publicado em "www.litoralmania..com.br" -


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

0 FUTURO QUE JÁ CHEGOU (2)
Tireoide
A tireoide é uma glândula que regula a função de órgãos importantes como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Ela produz os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Dessa forma, garante o equilíbrio do organismo. A glândula possui forma de borboleta  e se localiza na parte anterior do pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão. Ela atua diretamente no crescimento e desenvolvimento de crianças e de adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional.                                                                                                                                   Quando a tireoide não funciona corretamente, pode liberar hormônios em quantidade insuficiente (hipotireoidismo) ou em excesso (hipertireoidismo). Nos dois casos aumenta o volume da glândula, o que é conhecido como bócio. Esses problemas podem ocorrer em qualquer etapa da vida e são simples de se diagnosticar. Ter um bócio não significa necessariamente que sua glândula tireoide não está funcionando normalmente. Mesmo quando está ampliada, sua tireoide pode produzir quantidades normais de hormônios.
O iodo é indispensável para que a glândula tireoide possa sintetizar e liberar na circulação os seus hormônios. O consumo de sal iodado, instituído em 1995, através de um decreto-lei obrigou empresas que acrescentassem iodo ao sal para ajudar a evitar os males da tireoide. O Programa Nacional de sal iodado passou a funcionar muito bem, suprindo toda a população brasileira e praticamente erradicou o bócio” informa o médico Geraldo Medeiros, professor do Departamento de Clínica Médica (Endocrinologia) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e presidente do Instituto da Tireoide. "Sem o iodo a população pode passar a apresentar distúrbios como o bócio; o nascimento de crianças com deficiência de tireoide, que podem levar a surdo-mudez, e debilidade mental", explica.  




       
A introdução compulsória de iodo no sal comercializado teve um êxito que suplantou as mais otimistas expectativas. Pessoas portadoras de bócio, como a da fotografia, eram corriqueiras. No Brasil, a taxa de prevalência era de 20,7% em 1955, passou para 1,4% em 2000 e continua em franco declínio.                                                                                               No Brasil o sal de cozinha apresenta uma quantidade entre 15mg/kg e 45mg/kg, não deve ser aumentada porque em excesso o iodo causa danos à saúde.                                                                                                                 

Iodoterapia para Câncer de Tireoide


Parti
A glândula tireoide absorve praticamente todo o iodo presente no sangue. Quando uma dose de iodo radioativo, conhecida como I-131, é administrada, pode destruir células cancerígenas da tireoide, com pouco ou nenhum efeito colateral para o corpo. Este tratamento pode ser utilizado para a ablação de qualquer tecido de tireoide remanescente da cirurgia ou para tratar o câncer que se disseminou para os gânglios linfáticos ou outros órgãos.
A maioria dos médicos também recomenda que o paciente siga uma dieta pobre em iodo durante 1 ou 2 semanas antes do tratamento. Isso significa evitar os alimentos que contêm sal iodado e corante vermelho, assim como produtos lácteos, ovos, marisco, e soja.
Vírus no tratamento do câncer
Uma cepa de vírus da herpes modificado é inofensivo para células normais mas, quando injetado em tumores se replica e libera substâncias que ajudam a combater o câncer. Uma versão geneticamente modificada do vírus que causa herpes pode curar câncer de pele, de acordo com pesquisadores. "Quando o vírus da herpes infecta uma célula ele cresce dentro dela e a faz explodir, infectando as células ao redor. Por isso sobrevém uma ferida, são as células do câncer morrendo na sua pele", explica Richard Marais, do Cancer Research UK.
"Os vírus foram modificados de três maneiras: Primeiro, fizeram com que parasse de causar herpes. Segundo, fizeram com que crescesse apenas nas células cancerígenas. Por último, fizeram eles serrem atraentes para o sistema imunológico. Por isso, quando injetados em um tumor, eles matam o tumor e ativam o sistema imunológico, que caça outros tumores para matá-los", conclui.                                                                                                                                                A técnica poderá ser usada, no futuro, para combater outros tipos de câncer.                                                                                    O estudo é o maior teste aleatório de um vírus anticâncer e envolveu 436 pacientes de 64 centros nos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e África do Sul em melanomas malignos inoperáveis.                                                                                        "Há um crescente entusiasmo com o uso de tratamentos virais como T-Vec para o câncer, porque eles podem lançar um ataque duplo nos tumores - matando células cancerígenas diretamente e colocando o sistema imunológico contra elas", diz o coordenador dos testes no Reino Unido, Kevin Harrington, do Instituto de Pesquisa do Câncer, em Londres.
CIENTISTAS DA USP MOSTRAM QUE VÍRUS DA ZIKA PODE SER USADO PARA ELIMINAR CÂNCER CEREBRAL                                                                                                                      Conhecido por destruir células-tronco do cérebro em formação, provocando problemas neurológicos como a microcefalia, o vírus da zika também tem a capacidade de destruir de forma seletiva as células de tumores do sistema nervoso central.                                                                                                         Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) mostra que o vírus da zika é capaz de infectar e matar as células de tumores cerebrais com grande eficácia, sem causar danos às células saudáveis. De acordo com os autores da pesquisa, os resultados sugerem que, no futuro, vários tipos de tumores agressivos do sistema nervoso central poderiam ser tratados com algum tipo de abordagem envolvendo o uso do vírus da zika, conhecido por sua preferência por atacar células do cérebro em formação. Segundo eles, os mesmos mecanismos que dão ao vírus a capacidade de causar problemas neurológicos graves como a microcefalia também permitem que ele ataque seletivamente as células de câncer no cérebro.                                                                                           Realizada por cientistas do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco da USP, sob coordenação da geneticista Mayana Zatz, a pesquisa teve seus resultados publicados nesta quinta-feira, 26, na revista científica Cancer Research, da Associação Americana para a Pesquisa do Câncer.


Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado


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