“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
VACINAS, A ÚNICA SAÍDA
Um crescente número de brasileiros está sendo exposto
a doenças que já tinham sido erradicadas por campanhas maciças de vacinação,
exemplos: a poliomielite (paralisia infantil), sarampo, varíola, etc. e outras
recentes como a Covid, perigosas, mas contornáveis pelas vacinas já ao nosso
dispor. Essas doenças estão sendo disseminadas através dos medos plantados
solertemente (causam autismo, endocardite, etc.), fake news, percepções
equivocadas e, inclusive, o desgoverno no Plano Nacional de Imunizações (PNI).
Após a campanha catastrófica propagada pelo Governo
Federal aconselhando o Kit Covid por motivações políticas no passado, agora
ocorre um recrudescimento das campanhas antivacina que julgávamos sepultadas
após os famigerados cinco dias de fúria durante a Revolta da Vacina ocorrida em
1904, liderada pelo senador Lauro Sodré e os deputados Barbosa Lima e Alfredo
Varella que insuflaram os rebeldes contra o presidente Rodrigues Alves. A
revolta foi motivada pela insatisfação da população rejeitando a campanha da
vacinação obrigatória contra a febre amarela e a peste bubônica.
Após o saldo de 945 prisões, 461 deportações, 110
feridos e 30 mortos, Rodrigues Alves se viu obrigado a desistir da vacina
obrigatória. Todos saíram perdendo, os revoltosos foram castigados pelo governo
e a população pela interrupção de uma medida que poderia evitar a propagação da
febre amarela e da peste bubônica que ceifaram milhares de vidas anualmente.
É inconcebível que, desta vez, uma nova ocorrência
despropositada repita a insensatez após mais de um século, desta vez estimulada
pelo governo, o contrário da Revolta da Vacina de 1904. Inconcebível, repito, que
o governo federal tenha patrocinado uma campanha de desinformação e combate às
vacinas, única maneira de combater a pandemia. A gente só sobrevive e vive bem
nos dias atuais graças às vacinas.
Uma calamidade, a OMS ressalta que o Brasil – que já
foi citado como exemplo de vacinação em massa – está entre os dez países com mais crianças sem nenhuma dose de
vacinas de rotina, ao lado de nações com históricas dificuldades como o Congo,
Índia e Paquistão. “Despencamos de orgulho a pária”, comenta a infectologista
Cristiane Toscano, da Universidade Federal de Goiás, que integra o grupo de
experts em imunização da OMS.
O movimento anticiência hoje mata mais do que as armas
e os acidentes de trânsito nos Estados Unidos, mas ainda há muitos que não
consideram esta insanidade uma ferramenta letal. E isso vem se expandindo para
o resto do mundo, inclusive o Brasil. Os porta-vozes dos antivacina são a bem
da verdade poucos, perdendo o engajamento que tinham com o governo federal, mas
ainda fazem barulho e estão bem organizados. A epidemiologista Denise Garrett,
vice-presidente da Sabin Vacine Institute se preocupa com a possibilidade que o
movimento contamine a confiança que temos nas outras vacinas. Seria um desastre
de proporções inimagináveis, na pior das hipóteses pode fazer retornar doenças
já consideradas extintas, com o a poliomielite. A OMS coloca a hesitação
vacinal como uma das maiores ameaças à saúde da humanidade.
Quando fatos incontestáveis, como a realidade que
vacinas prolongam e melhoram a vida não mudam opiniões, talvez seja a hora de
reconquistar a confiança por outras vias, poder-se-ia legislar no sentido de
exigir o certificado de vacinação para conseguir acesso a determinados benefícios,
atualmente universais.
Uma campanha persistente apoiada em estatísticas
realizadas por órgãos livres de qualquer suspeita que insistam serem as vacinas
que viabilizam um futuro melhor num planeta onde as pessoas vivem mais e com
saúde, diminuirá inclusive o risco da
persistência da desigualdade social. Bater com insistência no fato
incontestável que, depois da vacinação em massa a média de vida aumentou em 30
anos, da mesma forma que o advento dos antibióticos viabilizou a cura das
infecções até há pouco incuráveis. Insistir que a mesma estratégia de saúde
pública que salva crianças é uma das chaves da longevidade.
Ninguém pode duvidar e é preciso
insistir na divulgação desse FATO: a prevenção sempre tem o melhor resultado
final.
E surge no horizonte uma nova pandemia, aterradora: a
H5N1. Entenda qual é o risco para a humanidade a perspectiva do alastramento da
“gripe aviária” que está em vias de ser transmitida para os vertebrados,
inclusive o homem. Para tentar conter a disseminação do vírus H5N1, 193 milhões
de frangos, galinhas e outras aves foram sacrificados. E ele continua pipocando
pelo mundo. E, agora, parece ter sofrido uma mutação preocupante: a capacidade
de se propagar entre os mamíferos por contágio, tal qual a Covid.
Em 2021, cientistas canadenses calcularam a partir de
testes que a morte pode advir entre 14% a 33% dos infectados. Uma pandemia
causada pelo H5N1 seria uma CATÁSTROFE. Já existem vacinas, o problema será a
necessidade de um número suficiente difícil de ser alcançado na quantidade e
velocidade necessárias. As vacinas são fabricadas a partir de ovos de galinhas
fecundadas por galos e cada ovo produz apenas uma vacina.
É o ÚNICO REMÉDIO que existe para conter a nova
pandemia.
PENSEM NISSO antes de combatê-lo.
Jayme José
de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
Nenhum comentário:
Postar um comentário