“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
HAVIA UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL
Um contexto harmônico onde os participantes respeitam
as regras que permitem um convívio sem a prepotência dos “mais iguais” deveria
– DEVERIA – ser a norma nas relações familiares e também entre os habitantes de
qualquer país A própria Constituição determina no seu Art. 5º: “Todos são
iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.
Infelizmente não é o que
ocorre no Brasil. Lembrando George Orwell, escritor inglês que na década de
1940 publicou a magistral obra “Revolução dos Bichos”, onde se reporta a
existência dos “mais iguais”, aqueles que estão acima do Bem e do Mal e não dão
a mínima para a LEI, muito menos ao Art. 5º da Constituição. Desde priscas eras
a classe dos dirigentes políticos abriga elementos que se julgam “imexíveis” e
intocáveis. Usam e abusam do pressuposto
“direito de ignorar a lei”.
O “rouba,
mas faz” é um dos bordões mais conhecidos da política brasileira. Sua
origem remete ao ex-governador e ex-prefeito da capital de São Paulo Adhemar de
Barros (1901-1969). Se
analisarmos sem partidarismo os últimos anos, no Brasil, o estratosférico
acréscimo na dívida brasileira pode estar vinculado a atitudes “não
republicanas adotadas”.
DÍVIDA DO
BRASIL 2002
– R$ 852 bilhões - 0,842 trilhão;
2012
– R$ 1,89 trilhão;
2019
– R$ 4,25 trilhões - ZH 28/02;
2021
– R$ 6,797 trilhões (julho) - BANCO CENTRAL.
E
não digamos que o Executivo abriga esses energúmenos com exclusividade.
Judiciário e Legislativo não ficam atrás.
Para
controlar e fiscalizar TODOS os habitantes do país, o Ministério Público (MP)
age, e para tanto não deve ter suas atividades moralizadoras cerceadas por
empecilhos criados precipuamente para tanto. O controle para evitar desvios
existe e é exercido pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Para
investigar as diatribes que ocorrem no país, em 17 de março de 2014 teve início
a operação Lava Jato. Conta com 80 fases operacionais autorizadas, entre
outros, pelo então juiz Sérgio Moro, durante as quais foram presas e condenadas
mais de cem pessoas. Foi extinta em 1º de fevereiro de 2021.
LAMENTÁVEL
OCORRÊNCIA!
Reagindo
ao sucesso da operação, os que se sentiram atingidos ou ameaçados pela devassa
dos seus descaminhos se arregimentaram unindo forças para neutralizar a ameaça
à sua contumaz impunidade. A Lava Jato investigou, julgou e decretou a prisão
de indiciados, inclusive o ex-presidente Lula. Este fato causou pânico em áreas
nunca antes pressionadas. Com a eleição de Bolsonaro aumentou o número dos que
se sentiram ameaçados. Uniram-se aos anteriores para eliminar a Lava Jato e
outras que iniciavam atividades para, se não eliminar, dificultar sobremaneira
a corrupção.
Quando a Odebrecht se esbaldou nos quatro
cantos do mundo com contratos, pontes, obras viárias suntuosas, etc. – obras que
aqui no Brasil se fazem necessárias e nunca iniciam e quando começam não são
concluídas.
Ponte
no rio Orinoco conclusa, ponte no rio Guaíba (na época) paralisada. Porto
Mariel, em Cuba, de primeiro mudo, porto de Santos deteriorado. Obras viárias
na África perfeitas, o Brasil com uma rede de estradas que conhecemos e
lastimamos. Etc. Todas financiadas pelo BNDES com juros subsidiados pelo
Brasil. Pagamento das parcelas vencidas(???)
BOMBAS
FINANCIADAS PELO BNDES – Acesse o link
https://raymundopassos.jusbrasil.com.br/noticias/177552720/a-bomba-do-bndes-esta-para-estourar-20-obras-e-3000-emprestimos-a-outros-paises Raymundo Passos
Se na época existisse a LAVA JATO isso não teria
acontecido e se ocorrido, denunciado.
A Lava Jato foi destruída, a luta contra a
corrupção continua timidamente através do Ministério Público e isto representa
um perigo para os que escaparam da Lava Jato.
Mas a luta pela impunidade continua.Elucubrou-se a
PEC 5 para cercear os poderes da Ministério Público. Promotores e procuradores
se opõem radicalmente argumentando que provocará interferências políticas. Sem
independência e sob pressões políticas, não será possível combater o crime
organizado e a corrupção.
Na sessão do Congresso da 4ª-feira, 14 de outubro,
a reação contrária conseguiu evitar que a PEC fosse aprovada e o futuro da
moralização continua em discussão.
Lembro o pensador e escritor romano (1 a.C.) “Quem
perdoa uma culpa encoraja a cometer muitas outras”.
“O sonho de muitos políticos com a PEC 5 é fazer do CNMP um apêndice de
um Congresso infelizmente repleto de parlamentares para os quais o Ministério
Público não passa de um obstáculo incômodo.”
Jayme José
de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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