sexta-feira, 22 de outubro de 2021

HÁ UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL

 


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

HÁ UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL – 23/10/2021

Uma onda de pessimismo está grassando no mundo. As condições de vida estão piorando, a corrupção, a violência, o desrespeito às minorias e a intolerância surfam nesta onda. Para tornar mais evidente, a pobreza se espraia e atinge mais de 780 milhões de pessoas que vivem abaixo do Limiar Internacional de Pobreza (com menos de 1,90 dólar por dia). Mais de 11% da população mundial vive na pobreza extrema e luta para satisfazer as necessidades mais básicas na esfera da saúde, educação e do acesso à água e ao saneamento.

Pobreza sempre houve no mundo. Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que tinha ressuscitado dos mortos. Lá, ofereceram-lhe um jantar. Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Maria, então tomando meio litro de perfume de nardo puro, muito caro, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os cabelos. A casa inteira encheu-se com o aroma do perfume. Judas Iscariotes  falou assim: “Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários para se dar aos pobres"?  Ao que Jesus respondeu: “Os pobres tendes sempre convosco, mas a mim nem sempre tendes”. (João 12.8)

Apesar dos pesares, o nível de vida tem se tornado menos trágico no decorrer da História. Escravidão e punições extremamente infamantes e dolorosas (crucificação, morte na fogueira, etc.) são coisas do passado e a solidariedade avança. Nações e pessoas abonadas vão em auxílio dos necessitados intensamente. Estamos ainda longe, muito longe de atingirmos a meta de compartilhar as riquezas que produzimos.

Por outro lado sempre houve e na atualidade abundam pessoas que se dedicam a minorar as agruras dos desvalidos. O próprio Jesus, o homem mais importante da História, tão significativo que a própria se divide entre antes de Cristo (a.C.) e depois de Cristo (d.C.).  Mahatma Gandhi, Lutero, Maomé e tantos outros mais nos deixaram lições admiráveis. Na atualidade, miríades, nos quatro cantos do mundo, consagram a vida em tentar minorar os sofrimentos, a penúria dos desvalidos e trazer para a realidade produtos que beneficiam a TODOS, inclusive os ricos.                                            Alexandre Fleming, sua penicilina salvou milhões e continuam surgindo novos e mais eficientes antibióticos.                                                                    James Sabin, junto com Jonas Salk, o primeiro, deram um chega-prá-lá na poliomielite.                                                                                            Norman Borlaug, o homem da revolução verde.                                        Marie Curie, da descoberta do radio à radioterapia.                                Thomas Alva Edison, inventor da lâmpada elétrica. Suas outras invenções ainda estão em pleno uso.                                                                         Nelson Mandela, impôs um freio ao apartheid.

Aos que contrapõem dizendo que os ricos são prioridade e mais beneficiados retruco: como seria a vida dos desvalidos sem esses produtos? Sem medicamentos (até do SUS), como viveriam?

Há milhares, citarei dois, um gaúcho: Adelino Colombo, subiu, passo a passo da pobreza até se tornar um expoente no comércio. O outro paulista: o padre Júlio Lancellotti, dedica a vida a melhorar a dos miseráveis.

Adelino Colombo (1930-2021) inicia a vida como balconista de uma loja de Secos e Molhados em 1947 e na década de 1950 comprou o armazém onde trabalhava. Inicia a epopeia do empresário que fundou, ampliou, consolidou a marca Colombo com 250 lojas, 16 franquias, 2  centros de distribuição e 4.600 colaboradores, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Em 1999 investe no interior de São Paulo e avançou o processo de nacionalização da marca.                                                                                   É de pessoas assim que o Brasil precisa para evoluir e crescer. Honestos, cumpridores da lei e que não enriquecem sonegando impostos e explorando funcionários.

O padre Júlio Lancellotti conhecido pelo seu trabalho com a população em situação de rua em São Paulo, merece nossa admiração e respeito. Entre as ações realizadas pelo líder religioso está a distribuição de comida para a população da cracolândia. Não nos esqueçamos que os desencaminhados, drogados, a dita ralé da humanidade também necessita não apenas de compreensão, amparo para poderem um dia saírem do lamaçal onde chafurdam e se reintegrarem na sociedade. O padre Lancellotti e tantos outros que assim procedem são uma importante ponte para atravessar um fosso que de outra forma seria intransponível.

Este homem admirável foi agraciado com o prêmio Zilda Arns de Direitos Humanos em 2021, criado para reconhecer pessoas e instituições que trabalham ativamente em defesa das pessoas idosas.                                          “Eu não trabalho com moradores de rua. Eu convivo com eles. Porque dizer trabalhar parece que são objetos. É preciso olhar para a vida de forma humana. Isso não é tarefa só para religiosos. Eu não conseguiria  viver a dimensão religiosa sem humanizar a vida”.

A luz bruxuleante que se divisava no fim do túnel aumentou sua intensidade, aqui no Brasil, no dia 21 de outubro. A Câmara Federal rejeitou a PEC que previa mudanças na composição do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A favor votaram 297 deputados, 182 contra e 4 abstenções, faltaram 11 votos. Afastou-se a ameaça de jungir o CNMP aos interesses de políticos, que se sentiram ameaçados. Suas maracutaias não passarão impunes como tem ocorrido até agora.

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado


segunda-feira, 18 de outubro de 2021

HAVIA UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL



PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

HAVIA UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL

Um contexto harmônico onde os participantes respeitam as regras que permitem um convívio sem a prepotência dos “mais iguais” deveria – DEVERIA – ser a norma nas relações familiares e também entre os habitantes de qualquer país A própria Constituição determina no seu Art. 5º: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.                                                                                                     Infelizmente não é o que ocorre no Brasil. Lembrando George Orwell, escritor inglês que na década de 1940 publicou a magistral obra “Revolução dos Bichos”, onde se reporta a existência dos “mais iguais”, aqueles que estão acima do Bem e do Mal e não dão a mínima para a LEI, muito menos ao Art. 5º da Constituição. Desde priscas eras a classe dos dirigentes políticos abriga elementos que se julgam “imexíveis” e intocáveis.  Usam e abusam do pressuposto “direito de ignorar a lei”.

O “rouba, mas faz” é um dos bordões mais conhecidos da política brasileira. Sua origem remete ao ex-governador e ex-prefeito da capital de São Paulo Adhemar de Barros (1901-1969).                                                                           Se analisarmos sem partidarismo os últimos anos, no Brasil, o estratosférico acréscimo na dívida brasileira pode estar vinculado a atitudes “não republicanas adotadas”.

 

DÍVIDA DO BRASIL                                                                                                                 2002 – R$ 852 bilhões - 0,842 trilhão;

2012 – R$ 1,89 trilhão;

2019 – R$ 4,25 trilhões - ZH 28/02;

2021 – R$ 6,797 trilhões (julho) - BANCO CENTRAL.

 

E não digamos que o Executivo abriga esses energúmenos com exclusividade. Judiciário e Legislativo não ficam atrás.

Para controlar e fiscalizar TODOS os habitantes do país, o Ministério Público (MP) age, e para tanto não deve ter suas atividades moralizadoras cerceadas por empecilhos criados precipuamente para tanto. O controle para evitar desvios existe e é exercido pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

 

Para investigar as diatribes que ocorrem no país, em 17 de março de 2014 teve início a operação Lava Jato. Conta com 80 fases operacionais autorizadas, entre outros, pelo então juiz Sérgio Moro, durante as quais foram presas e condenadas mais de cem pessoas. Foi extinta em 1º de fevereiro de 2021.

LAMENTÁVEL OCORRÊNCIA!

Reagindo ao sucesso da operação, os que se sentiram atingidos ou ameaçados pela devassa dos seus descaminhos se arregimentaram unindo forças para neutralizar a ameaça à sua contumaz impunidade. A Lava Jato investigou, julgou e decretou a prisão de indiciados, inclusive o ex-presidente Lula. Este fato causou pânico em áreas nunca antes pressionadas. Com a eleição de Bolsonaro aumentou o número dos que se sentiram ameaçados. Uniram-se aos anteriores para eliminar a Lava Jato e outras que iniciavam atividades para, se não eliminar, dificultar sobremaneira a corrupção.

 Quando a Odebrecht se esbaldou nos quatro cantos do mundo com contratos, pontes, obras viárias suntuosas, etc. – obras que aqui no Brasil se fazem necessárias e nunca iniciam e quando começam não são concluídas.

Ponte no rio Orinoco conclusa, ponte no rio Guaíba (na época) paralisada. Porto Mariel, em Cuba, de primeiro mudo, porto de Santos deteriorado. Obras viárias na África perfeitas, o Brasil com uma rede de estradas que conhecemos e lastimamos. Etc. Todas financiadas pelo BNDES com juros subsidiados pelo Brasil. Pagamento das parcelas vencidas(???)

BOMBAS FINANCIADAS PELO BNDES – Acesse o link

https://raymundopassos.jusbrasil.com.br/noticias/177552720/a-bomba-do-bndes-esta-para-estourar-20-obras-e-3000-emprestimos-a-outros-paises Raymundo Passos

Se na época existisse a LAVA JATO isso não teria acontecido e se ocorrido, denunciado.

A Lava Jato foi destruída, a luta contra a corrupção continua timidamente através do Ministério Público e isto representa um perigo para os que escaparam da Lava Jato.

Mas a luta pela impunidade continua.Elucubrou-se a PEC 5 para cercear os poderes da Ministério Público. Promotores e procuradores se opõem radicalmente argumentando que provocará interferências políticas. Sem independência e sob pressões políticas, não será possível combater o crime organizado e a corrupção.

Na sessão do Congresso da 4ª-feira, 14 de outubro, a reação contrária conseguiu evitar que a PEC fosse aprovada e o futuro da moralização continua em discussão.

Lembro o pensador e escritor romano (1 a.C.) “Quem perdoa uma culpa encoraja a cometer muitas outras”.

 

“O sonho de muitos políticos com a PEC 5 é fazer do CNMP um apêndice de um Congresso infelizmente repleto de parlamentares para os quais o Ministério Público não passa de um obstáculo incômodo.”

 

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com

Cirurgião-dentista aposentado 

terça-feira, 12 de outubro de 2021

CARTA MAGNA

 


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

CARTA MAGNA – 09/10/2021

Uma das características que diferenciam o homo sapiens dos outros seres vivos é o fato de ter elaborado regem o convívio em sociedade. Diferente do instinto que determina o comportamento dos animais e que permanece sem mudanças a não ser as determinadas pelo meio ambiente, esses regramentos podem ser e são modificados ao longo do tempo e se diferenciam segundo as características grupais.

A CARTA MAGNA foi um documento que garantiu certas limitações ao poder do rei em relação aos nobres ingleses e, também, do povo. É considerado o primeiro documento constitucional do mundo ocidental e precursor dos Direitos Humanos.

A Carta Magna foi assinada pelo rei João sem terra, da Inglaterra, em 15 de junho de 1215. Estabeleceu que o rei devia seguir a LEI e não podia mais reinar como bem entendesse. Foi um dos primeiros documentos a conceder direitos aos cidadãos.

Garantiu direitos aos barões e à Igreja Católica, deu às mulheres e crianças o direito de herdar propriedades. Além disso, estabeleceu que ninguém fosse punido antes de ser legalmente condenado como culpado.

A Carta Magna foi o primeiro passo para a elaboração da Constituição da Inglaterra.

Atualmente os países elaboram suas constituições de acordo com os costumes regionais. Não são imutáveis, podem ser reformadas, substituídas ou adaptadas às necessidades da época.

A Constituição Brasileira (CT) de 1988 é a que rege todo o ordenamento jurídico brasileiro hoje. Desde a independência do Brasil em 1822 é a sétima constituição que nosso país tem e a sexta desde que somos uma República. Resultado de 19 meses de elaboração é uma das mais extensas já escritas, com 245 artigos e mais de 1,6 mil dispositivos. Já foram prolatadas 105 emendas (PECs) em três décadas de vigência, transformando-a numa colcha de retalhos.

Se quisermos ser mais abrangentes, voltemos a Moisés trazendo do alto do Monte Sinai as duas tábuas dos 10 mandamentos. Comparem a abrangência, a clareza e o quanto é sucinta sem perder o conteúdo.

A Constituição dos Estados Unidos que abordamos a seguir é um exemplo de como redigir uma constituição que não precisa ser constantemente reformada para atender exigências do momento. Em contraste, a Constituição Brasileira de 1988 foi redigida sob a influência da inconformidade aos ditames da ditadura de 1964. Para exorcizar o AUTORITARISMO nefasto e desumano, coibiram a AUTORIDADE, esta absolutamente essencial para a coabitação harmônica na sociedade. As pessoas que vivem seguindo os ditames da LEI, devem ser protegidas e os delinquentes arcarem com as penas impostas pela LEI quando a desafiam.

CURIOSIDADES SOBRE A SUPREMA CORTE DOS ESTADOS UNIDOS, A MAIS RICA E PODEROSA DEMOCRACIA DO MUNDO:

 -Tem apenas 9 ministros, todos com mandato vitalício e escolhidos pelo Chefe da Nação;
Cada ministro tem direito a apenas 4 (quatro) assessores, estes com contratos de 2 anos, no máximo;
- Só o presidente da Corte. (escolhido pela maioria) tem direito a carro com motorista
Os demais dirigem e custeiam seus próprios carros e têm direito apenas a uma vaga no estacionamento do Tribunal;
- Não há restaurante privativo no prédio, mas sim comunitário e
 cada um arca com sua própria despesa;
- Recebem um ótimo salário, algo em torno de US$ 23.000/mês, mas sem qualquer outro adicionalNão existem subsídios, tipo auxílio moradia, alimentação, milhas de viagens, paletó, funeral, anuênios, quinquênios, etc.
Outras características:
- É um Tribunal do tipo Apelação, cujas duas competências:               

1)    Apreciação de recursos que questionam decisões dos Tribunais Federais e Estaduais;

2)    Fiscalização da constitucionalidade das  leis. Somente isso, ou seja, jamais serão chamados a decidir quem ficará com o gato da casa na separação de um casal;
Não há transmissão ao vivo das sessões. Houve apenas uma exceção, via áudio, por ocasião da implantação das restrições em decorrência da pandemia do Corona Vírus.
Como decidem:
- Reunem-se numa sala fechada, debatem entre si e um dos ministros da parte majoritária dos votos é selecionado para anunciar o resultado. Discretíssimos, raramente dão entrevistas
jamais opinam sobre temas que possam subir à exame pelo Tribunal.
- A Constituição que juram guardar e defender tem apenas 7 artigos e 23 emendas, apesar de ser a segunda em vigor mais antiga do mundo, com 234 anos de existência. A nossa Carta Magna, com 33 anos de existência, tem 245 artigos, mais de 1,6 mil dispositivos, 116 reformas, sendo 108 emendas constitucionais!!!
- A maioria da população dos EUA não sabe seus nomes, mas confia cegamente na instituição por saber que lá estão para manter o justo equilíbrio entre direitos e deveres de todos os cidadãos. São homens e mulheres que não se julgam deuses, não acusam, não investigam e não se afastam uma vírgula sequer do texto constitucional. Apenas julgam, sempre com base nos fatos e nas provas e não em suas ideologias ou em razão dos nomes envolvidos. Talvez isso explique ser impossível acharem-se brechas para soltar políticos e empresários corruptos, ladrões e traficantes. ESSES JUÍZES SABEM QUE ESTÃO LÁ EXCLUSIVAMENTE PARA SERVIR A NAÇÃO E NÃO PARA SE SERVIREM DELA. Que é uma HONRA e não favor; ORGULHO e não sacrifício, servir seu povo. Enfim, sabem que devem ser EXEMPLO, por isso sua segunda maior recompensa é a do dever

    cumprido.

A primeira é a certeza de que podem sair à rua sem guarda-costas, viajar de metrô ou avião de carreira e ir à praia ou ao parquinho com os netos, sem ouvir vaias e xingamentos.


Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado


terça-feira, 5 de outubro de 2021

POT-POURRI

 


PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira

“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

 

POT-POURRI

São inúmeras as notícias relacionadas à pandemia Covid-19 que nos assola e todas merecem nossa atenção. Autoridades e pessoas que têm  notoriedade se manifestam, nem sempre de maneira a merecer elogios e muito menos credibilidade.

“Nós não somos negacionistas, somos democratas. Respeitamos a liberdade de cada um de vocês. Não podemos aceitar a perda de parte a nossa liberdade por segurança de quem aceita mordaças. Quem aceita perda de liberdade para ter segurança, vai acabar sem liberdade e sem segurança”. (Jair Messias Bolsonaro)

“Ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade criou este monstro chamado coronavírus. Porque este monstro está permitindo que os cegos enxerguem, que os cegos comecem a enxergar que apenas o Estado é capaz de dar solução a determinadas crises”. (Luiz Inácio Lula da Silva)

Na Grécia antiga, o senador Marco Túlio Cícero, não aguentando mais as diatribes de Catilina, militar e senador, pronunciou quatro discursos vituperando a execrável figura. Passaram à História as Catilinárias. “Quo usque tandem, Catilina, abutere patientia mostra”? (Até quando, Catilina abusarás da nossa paciência)

Voltando à atualidade, efeitos colaterais causados pela pandemia surgiram e suas consequências nos trazem sofrimento, desesperança e nos impulsionam a procurar soluções que nem sempre se revelam eficazes, ao contrário, agravam a situação e, por vezes de maneira fatal. O desemprego, este monstro que recrudesce na esteira de uma economia em frangalhos tem consequências desastrosas. A inflação consequência direta do caos em todos os setores tem como subproduto o aumento de preços e a procura de soluções que frequentemente se revelam inadequadas.

O preço da gasolina e diesel encarecem produtos que dependem de transporte. O gás atinge preços inalcançáveis. Como cozinhar? Fogareiros a álcool podem explodir e tudo piora até atingir níveis assustadores. Soluções que eram comuns no século passado poderiam ser reabilitadas, nem nos lembramos mais dos prosaicos e SEGUROS fogareiros a querosene. Procurem na internet, onde a preços módicos podem ser adquiridos (na imagem anexa, uma sugestão). A querosene é barata, mais que o gás e segura. Afirmo por experiência, quando estudantes universitários, preparávamos refeições, qualquer economia era bem-vinda.

A dona de casa Yasmim Freire Silva, de 21 anos, contou que sofreu queimaduras no corpo após acender um fogareiro de lata improvisado, em Catalão, região sudeste de Goiás. Sem gás de cozinha há mais de uma semana por não ter dinheiro para comprar, ela buscou uma alternativa para conseguir cozinhar. Apesar do susto, a jovem está bem e se recupera em casa. Outros, menos afortunados, perderam a vida em consequência das queimaduras.

Assunto que também merecem atenção, ecologistas estão preocupados com o nosso modo de vida que está conduzindo o mundo a um impasse: o meio ambiente se deteriora e parte da culpa é do EXAGERO no consumo de combustíveis fósseis. É indiscutível, também, que não podemos desconsiderar a natureza. Vulcões, por exemplo, causam mais poluição que todos os motores em conjunto. No momento, o vulcão das Ilhas Canárias é violento, ameaçador e, suas lavas ao encontrarem as água do oceano produzem gases tóxicos em quantidades gigantescas. Outros  (Pico da Fornalha, Monte Érebo, Estrômboli, Etna, Kilauea, etc.) também contribuem. A erupção do Krakatoa, em, 1883, na Indonésia, lançou detritos a 100 km de altura, causou tsunamis arrasadores que mataram milhares de pessoas. O fenômeno alterou o clima do planeta, a agricultura foi seriamente afetada e grassou fome no planeta.

Sim, precisamos diminui as agressões. Sim, não podemos menosprezar a natureza se almejamos um futuro venturoso.



 

 

 

 

 

 

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado