CIÊNCIA E CULTURA
Marília Gerhardt de Oliveira
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– Moral e Ética
Há uma evidente indissociabilidade entre Moral e
Ética.
Em tempo:
- Moral: refere-se aos costumes, aos princípios, às
normas e aos códigos que tentam regulamentar o agir das pessoas sob o ponto de
vista do que é bom ou mau como uma maneira de garantir seu bem viver (respondendo
à questão: o que devemos fazer?);
- Ética: procura justificar racionalmente os
princípios que regulam o agir humano, estudando o que é bom ou mau, justo ou
injusto (respondendo à questão: por quê devemos agir desta maneira?).
Opções por ser bom/justo ou mau/injusto são guiadas
por livre arbítrio.
Para Immanuel Kant, os seres racionais são chamados
PESSOAS porque já sua natureza os distingue como fins em si mesmos, isto é,
como humanos que não podem ser usados só como meio e, necessariamente,
restringindo toda a arbitrariedade. E o Prof. Dr. Joaquim Clotet salienta que
todos somos merecedores de Respeito.
O Século XXI tem por fundamentos a Tecnologia, o
Conhecimento, a Criatividade e a Ética.
Os Profissionais das Áreas de Educação, Saúde e Meio
Ambiente, com base na Ciência e com atenção à Cultura, deverão identificar
problemas (Dilemas Éticos) e propor estratégias multiprofissionais na tentativa
de resolvê-los.
Neste campo, em tempos de Covid-19, insere-se a
importância de Vacinas (para a Saúde e, por consequência objetiva e direta,
para a Economia local e global).
Para uma campanha de vacinas ter êxito é preciso o
exemplo positivo da liderança, objetivando atingir pelo menos 70% de cobertura
populacional (“imunidade de rebanho”), considerando, neste cálculo, a percentagem
de eficácia (o que aumenta de 70% para até 85% a necessária e imprescindível adesão
populacional às vacinas).
Alguns ainda argumentam sobre “liberdade individual”. Como
assim?
Em tempos de Direitos Humanos Universais e Bioética
como alicerces de Políticos Públicas, o respeito ao COLETIVO, principalmente
quanto à QUALIDADE de VIDA de TODOS é mais importante e tem valor
indiscutivelmente maior. Ou aceitaríamos que por “liberdade individual”, não se
respeitassem os Direitos de outrem, por exemplo, nas comunidades em que se vive
e trabalha, no trânsito, nas escolas?
Causa espécie as pesquisas que mostram que 20% a 25%
dos Brasileiros foram desestimulados a vacinar para Covid-19 (pior ainda se for
por opção ignorante face a nação de origem do fármaco).
Mas, certamente, quando, muito em breve, desde o
exemplo de países desenvolvidos e bem administrados, o acesso a transporte
aéreo, a importantes centros comerciais, a agências bancárias, a inscrição em
concursos públicos ou a empregabilidade no mundo corporativo, entre outras
atividades, forem vinculados à comprovação da Vacina, muitos vão aderir (ou
não... talvez nem todos sonhem em desembarcar em New York, London ou Paris).
Temos convicção de que nosso Presidente da República
do Brasil vá aparecer sendo vacinado (em jornais, revistas, televisão, redes
sociais) até mesmo para poder viajar e nos honrar com seu discurso anual na
Sede da ONU – certamente PRESENCIAL).
É no andar da carruagem que a carga pesada se ajusta.
Será um dia notável. Ou, até mesmo, hilário.
gerhardtoliveira@gmail.com
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