“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
CORINGA
Assisti com minha
filha, Dra. Marília Gerhardt de Oliveira, o filme “Coringa”. Compartilhamos uma
opinião: Será um despautério se ele e Joaquin Phoenix não forem agraciados com
o “Oscar” deste ano. Desde Al Pacino em “Perfume de Mulher” não assistia
desempenho tão marcante. Coringa é a metáfora dos tempos que o mundo atualmente
assiste. Infelizmente.
Quando poderosos
(politica e economicamente) oprimem à exaustão e ESTICAM O ELÁSTICO ATÉ ALÉM DO
PONTO DE RUPTURA, independente de ideologia, classe social, crença religiosa ou
etnia, os que estão encurralados RESISTEM ou ADOECEM. Porque já perderam tudo,
não têm mais nada a perder. Coringa é um paradigma. Repito, os “coringas” reais
não são jungidos à ideologia, classe social, crença religiosa, etnia, a nenhum
parâmetro. Desnudam apenas o resultado do torniquete que arrocha os mais
fracos, indefesos, os “menos iguais”. Como
em “A Revolução dos Bichos” de George Orwell, os eternos “mais iguais” não se
sujeitam às leis, aos costumes, à moral vigente. Lembrando Gerson, o canhotinha
de ouro, buscam – e conseguem – LEVAR VANTAGEM EM TUDO.
”Canção do Tamoio”,
de Gonçalves Dias é, com certeza, um dos mais expressivos poemas escritos por
um brasileiro. Homens que não aceitam cabrestos, que têm honra, desprendimento
e coragem como estandartes sempre existiram. O jovem guerreiro tamoio,
estimulado pelo pai, se ombrearia com orgulho e altivez aos jovens e velhos de
hoje que não permitem serem atrelados a grupos oligárquicos, sejam quais forem.
Certa vez, respondendo ao questionamento de um candidato sobre o motivo pelo
qual não me filiava a partido político retruquei: “Não me PERFILHO hoje para
não ser instado a me PERFILAR amanhã”.
O Brasil já teve inúmeras caídas e recaídas, ditadores e chefes eleitos
que nos envergonharam e envergonham. Não adianta trocar seis por meia dúzia. Urge
que nos desvencilhemos de cangas, freios e até rabichos.
Não aceito o que
Amaro Juvenal (pseudônimo de Ramiro Barcelos) escreveu no poema “Antônio
Chimango”: “Homem é
bicho que se doma Como qualquer outro bicho; Tem às vezes seu capricho,
Mas logo
larga de mão; Vendo no cocho a ração, Faz
que não sente o rabicho”.
Voltemos à “Canção
do Tamoio”. Quando um pai fala ao filho como é a vida real e como se deve
proceder no dia a dia, frisa que não podemos arrepiar ante a luta, mesmo
sangrenta e constante, ou seja, é preciso trabalhar sempre, permanecer firme
diante dos diuturnos confrontos. O
maior, o mais perigoso e ardiloso inimigo está dentro de nós, para vencer as
desconformidades precisamos muitas vezes contrariar a inclinação natural de
levar vantagem em tudo. Manter esta atitude exige sacrifício, paciência e
tenacidade. É duro, porém indispensável. Lembremos o introito do poema: “Não chores meu filho; Não
chores, que a vida É
luta renhida; Viver é lutar, A
vida é combate
Que
os fracos abate, Que os fortes, o Só pode exaltar”.
A
FASCINANTE MINA DE SAL DE WIELICZKA
Jayme José
de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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