“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
VACINAS
A medicina surgiu “pari passu” com o homo sapiens sapiens. Nas tribos, antes no
patriarcado, um iluminado exercia a função de curar ou, quando não podia,
consolar os enfermos. Do pajé invocando os espíritos aos médicos atuais
amparados pela ciência, um longo caminho foi percorrido e o final se situa além
do horizonte. O certo é que, como disse Júlio Verne: “Tudo o que um homem pode
imaginar, outro homem realizará”. Ponce de Leon procurou a “Fonte da juventude”
que levaria à imortalidade. Em 2009, três pesquisadores: Elizabeth Blackburn, Carol Greider e Jack
Szostak obtiveram o prêmio Nobel de medicina pesquisando telômeros e a enzima
telomerase, permitem prolongar a vida das células. Até onde? Até a
imortalidade? As
etapas do conhecimento, como os degraus de uma escada rumo ao infinito tiveram
um impulso transcendental com Louis Pasteur.
O SORO
ANTIRRÁBICO É INDICADO EM CASOS DE EXPOSIÇÃO GRAVE (MORDEDURA OU
LAMBEDURA) AO VÍRUS RÁBICO, PROVOCADA POR UM ANIMAL SUSPEITO. Os
anticorpos (imunoglobulinas específicas) contidos no soro ligam-se especificamente aos
vírus ainda não fixados nas células dos tecidos eletivos, neutralizando-os. A VACINA CONTRA A RAIVA É UMA VACINA USADA PARA PREVENIR A
RAIVA. Indicações da vacina: A profilaxia pré-exposição
deve ser indicada para pessoas com risco de exposição permanente ao vírus da
raiva, durante atividades ocupacionais, como: médicos veterinários; biólogos;
auxiliares e demais funcionários de laboratório de virologia e anatomopatologia
para raiva.
ANIMAIS DOMÉSTICOS (CÃES e GATOS) – OBRIGATÓRIO, para evitar
contaminar humanos.
O primeiro humano salvo pelo soro antirrábico
representou UM MARCO NA HISTÓRIA DA MEDICINA.
Pensamentos de Louis Pasteur:
“Nenhuma pesquisa já foi feita sem
oposição”.
“Não fiquem bravos com seus adversários”. “Um pouco de ciência nos afasta de Deus.
Muito, nos aproxima”.
Apesar das
evidências, apesar das estatísticas, apesar de tudo isso e muito mais, o
atávico viés de procurar no sobrenatural e crer naquilo que as evidências
desnudam impiedosamente, atualmente, fake news divulgam despudoradamente
engodos e mentiras tomam alento, se espalham como penas ao vento. Impossíveis
de recolher.
“Triste o povo que
se acostuma com a existência de fake news no seu cotidiano. A situação se
agrava ainda mais em um tema extremamente sensível: a saúde das crianças. Nesse
caso, a desinformação realmente mata”. (Pedro Westphalen médico e deputado
federal)
As estatísticas do
Ministério da Saúde são incontestáveis. A queda da cobertura vacinal caiu a
níveis alarmantes. A aplicação da tríplice viral se situa abaixo do nível
recomendado internacionalmente. Estamos diante de um grave crime contra a saúde
pública. AS
DOENÇAS, COMO O SARAMPO, ESTÃO VOLTANDO.
Contraditoriamente,
a eficiência das vacinas relaxa a preocupação dos pais e eles imaginam não
haver mais riscos. Movimentos antivacina vêm num crescendo assustador e prestam
um desserviço à sociedade.
Um estudo
apresentado em 1998 atribuía à vacina tríplice viral uma possível relação com o
autismo. COMPROVOU-SE QUE ERA FAKE, MAS... O ESTRAGO JÁ FORA FEITO. Outros
surgem e se propagam. Não acreditem, por exemplo, que a vacina contra a gripe
contém excesso de mercúrio.
Essas medidas - para
não pegar pesado – deveriam ter origem averiguada com rigor e seus autores punidos
por CRIME HEDIONDO.
Os malefícios desses
irresponsáveis – mais uma vez uso palavras amenas – provocam um índice vacinal
infantil, também no RS, abaixo da meta aconselhada. O Rio Grande do Sul não
atingiu nas oito principais vacinas. A cobertura com o sarampo é a que mais
preocupa, com 10 mil casos e 12 óbitos no Brasil em 2018. O país perdeu em
consequência o reconhecimento de livre da doença. A poliomielite poderá
retornar, a porcentagem de crianças vacinadas caiu para 77% em Porto Alegre.
Concluindo, as
campanhas antivacina, comuns na Europa, embora não sejam tão presentes no
Brasil, acendem uma alarmante luz vermelha.
NÃO PODEMOS PERMITIR
QUE APÓS TERMOS ERRADICADO O SARAMPO, A POLIOMIELITE, A VARÍOLA, A RUBÉOLA E A
DIFTERIA essas doenças voltem a ameaçar nossas crianças.
Jayme José
de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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