“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
SEMPRE
HAVERÁ UM AMANHÃ – 06/04/2019
Nem Hannah Arendt com sua tese: “A Banalidade
do mal” encontraria argumentos para um olhar minimamente complacente a tantos
desvarios que nos impingem diuturnamente. Um mal com dimensões tais, mesmo
compartilhado por uma classe inteira, nunca há de ser banal. É tão execrável
que contraria os processos civilizatórios no seu âmago. Como um cristal estilhaçado, mesmo que
recolhidos e colados todos os fragmentos, as gretas permanecem visíveis até aos
observadores mais tolerantes. O
estado democrático de direito não pode fazer tais concessões ao atraso ético de
seus usurpadores, por mais influentes, poderosos e aparentemente inatingíveis
que sejam. Enquanto a população vislumbrar uma luz no
fim do túnel, acreditar que os desvarios que no momento regem os destinos da
nação são transitórios lutará e tenderá crer que há um futuro diferente
possível. Assim, aliás, ocorreu quando o PT levantou a bandeira da ética e a
promessa que, ao ascender ao poder promoveria uma “faxina” e poderíamos
reavivar a confiança nos detentores do poder. Em brevíssimo lapso de tempo
desnudou seu lado dark, chafurdou na mesma lama que antes condenava e cometeu
um crime maior que o dos antecessores. Extinguiu o que restava de esperança ao
sinalizar: SOMOS TODOS
IGUAIS, NÃO TEM ANJINHO NA PARADA.
No último pleito eleitoral o Brasil
resolveu redirecionar suas esperanças. Parece que, mais uma vez, a PAZ sonhada
foi postergada... diferenças gritantes ressoam. Em vez de olhar para o futuro
os empossados insistem em revolver o passado e... continuamos patinando.
Lembro as lutas travadas por árabes e
israelitas que atravessam os séculos, decorrem milênios e não se vislumbra a
PAZ! Incongruência total: O
termo semita tem como principal conjunto uma família de vários
povos, entre os quais se destacam os árabes e hebreus, que compartilham as
mesmas origens culturais. A origem da palavra semita vem de
uma expressão no Gênesis e referia-se a linhagem de descendentes de Sem, filho
de Noé.
SOMOS TODOS IGUAIS, NÃO TEM ANJINHO NA
PARADA.
Quando o povo se desespera reage de
maneira impulsiva, incontrolável e não pode ser contido. Na Revolução Francesa
a guilhotina simbolizou a catarse. Cabeças rolaram. Inclusive de líderes revolucionários.
A semente da democracia germinou num mar de sangue e podemos dizer que gestou a
sociedade em que vivemos. Mas, atente, o povo é mais sábio do que se supõe e
como a Fênix renasce das cinzas. Assim não fosse há muito a humanidade teria se
extinguido como marco civilizatório.
O mundo mudou, a
mentalidade pode ter mudado, mas o que Voltaire já defendia: o direito de todo
o homem expressar livremente suas opiniões e crenças continua tão atual como
quando foi escrito há mais de 250 anos:
“Não é mais aos homens que
eu me dirijo. É para Você, Deus de todos os seres, de todos os mundos, de todos
os tempos: que os erros agarrados à nossa natureza não sejam motivo de nossas
calamidades.
Você não nos deu coração para odiarmos, nem mãos para nos enforcar. Faça com que nos ajudemos mutuamente a suportar o fardo de uma vida penosa e passageira.
Que as pequenas diferenças entre as vestimentas que cobrem nossos corpos, entre nossos costumes ridículos, entre nossas leis imperfeitas e nossas opiniões insensatas não sejam sinais de ódio e perseguição.
Que aqueles que acendem velas em pleno dia para Te celebrar, suportem os que se contentam com a luz do sol.
Que os que cobrem suas roupas com um manto branco para dizer que é preciso Te amar, a mesma coisa não detestem os que dizem sob um manto negro.
Que aqueles que dominam uma pequena parte desse mundo e que possuem algum dinheiro, desfrutem sem orgulho do que chamam poder e riqueza e que os outros não os vejam com inveja, mesmo porque, Você sabe que não há nessas vaidades nem o que invejar nem do que se orgulhar.
Que eles tenham horror à tirania exercida sobre as almas, como também execrem os que exploram a força do trabalho. Se os flagelos da guerra são inevitáveis, não nos violentemos em nome da paz. Que possam todos os homens se lembrar que são irmãos!
Você não nos deu coração para odiarmos, nem mãos para nos enforcar. Faça com que nos ajudemos mutuamente a suportar o fardo de uma vida penosa e passageira.
Que as pequenas diferenças entre as vestimentas que cobrem nossos corpos, entre nossos costumes ridículos, entre nossas leis imperfeitas e nossas opiniões insensatas não sejam sinais de ódio e perseguição.
Que aqueles que acendem velas em pleno dia para Te celebrar, suportem os que se contentam com a luz do sol.
Que os que cobrem suas roupas com um manto branco para dizer que é preciso Te amar, a mesma coisa não detestem os que dizem sob um manto negro.
Que aqueles que dominam uma pequena parte desse mundo e que possuem algum dinheiro, desfrutem sem orgulho do que chamam poder e riqueza e que os outros não os vejam com inveja, mesmo porque, Você sabe que não há nessas vaidades nem o que invejar nem do que se orgulhar.
Que eles tenham horror à tirania exercida sobre as almas, como também execrem os que exploram a força do trabalho. Se os flagelos da guerra são inevitáveis, não nos violentemos em nome da paz. Que possam todos os homens se lembrar que são irmãos!
E como fecho de ouro, seu
maior pensamento, em minha opinião:
DISCORDO DO QUE VOCÊ DIZ,
MAS DEFENDEREI ATÉ A MORTE O SEU DIREITO DE DIZÊ-LO.
Se o congraçamento
universal aparenta ser um sonho inatingível,
a curto prazo, sempre nos resta a possibilidade de apreciar outras performances
que não se deixam conspurcar pelo nosso viés menos digno. A ARTE, assim mesmo
em letras maiúsculas não se permite limites geográficos, sequer temporais, pois
é ETERNA. Anexarei, a partir de hoje, para nosso enlevo, obras-primas. RENOIR
abre o rol.
O BALANÇO – 1876 - (RENOIR)
Jayme José
de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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