“Por
mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
CIENTISTAS
DESENVOLVEM RIM EM LABOTÓRIO
A ciência médica é metódica e,
habitualmente, seus avanços são progressivos em escala constante que permite o
desenvolvimento de medicamentos e técnicas cada vez mais precisos e eficientes.
Por vezes ocorrem repentinamente avanços que abrem portas para transformações
definitivas de terapias. Em 1884 Louis Pasteur iniciou a pesquisa que redundou
na vacina antirrábica e, a partir de então, as demais foram um corolário.
Alexander Fleming descobriu a penicilina em 1928, mas apenas em 1940 Howard
Florey e Ernest Chain, de Oxford, conseguiram produzi-la em escala industrial. Foi
o início da era dos antibióticos. Christiaan Barnard, cirurgião sul-africano
realizou o primeiro transplante cardíaco em 1967. O paciente morreu poucos dias
depois por rejeição. A disponibilização da ciclosporina, em 1979, permitiu que
os transplantes se tornassem corriqueiros, mas tem que ser usada pelo resto da
vida e afeta o sistema imunológico dificultando o combate às infecções.
Estes preliminares para introduzir o
surgimento dum novo ciclo de técnicas para transplantes. GIGANTESCO. As
células-tronco que possuímos são capazes de dar origem a outras células e tem
capacidade de divisão contínua, candidatando-se a formar novos órgãos que NÃO
SÃO REJEITADOS PELO ORGANISMO.
Teoricamente podemos construir qualquer
órgão a partir delas. Esta propriedade levou cientistas a ousar num terreno não
percorrido até então e estamos no limiar da criação dum rim com células do
próprio paciente QUE PRESCINDEM DE MEDICAÇÃO ANTIRREJEIÇÃO. Vejamos na
sequência um vislumbre:
Se antes era necessário esperar por 2-3
anos na fila para um transplante de rins, em um futuro próximo seus rins
poderão ser feitos em laboratório usando suas próprias células-tronco!
Doenças que afetam
os rins representam um grande problema sem solução em todo o mundo. Os rins
raramente recuperam sua função uma vez que são danificados por alguma doença.
Agora, uma equipe de pesquisadores liderada pelo prof. Dr. Juan Carlos Izpisua
Belmonte do Instituto Salk para Estudos Biológicos desenvolveu uma nova
plataforma para tratar doenças renais.
Pela primeira vez os pesquisadores geraram estruturas renais a partir de
células-tronco humanas abrindo novas possibilidades para o estudo do próprio
desenvolvimento renal e para a descoberta de novas drogas com potencial para
tratamento renal de nós, humanos. Os resultados foram publicados em novembro de
2013 na revista científica Nature
Cell Biology.
ESTRUTURA E FUNÇÃO RENAIS
Cada rim é rodeado por um córtex renal e uma medula renal. As
unidades funcionais dos rins são os néfrons e uma rede vascular de capilares
que servem para filtrar os resíduos e formar a urina. Cada rim é constituído
por cerca de 1 milhão desses filtros microscópicos. Os rins recebem o sangue a
partir das artérias renais que por sua vez são abastecidas pela aorta
abdominal.
CÉLULAS-TRONCO
PARA DESENVOVER UM RIM COMPATÍVEL. Os cientistas
haviam criado precursores de células renais com células-tronco no verão de
2013, mas a equipe de Salk foi a primeira a induzir células-tronco humanas a
formarem estruturas celulares semelhantes às encontradas em nossos rins. Durante
muitos anos as tentativas de se diferenciar células-tronco humanas em células
renais tiveram sucesso limitado. O grupo do prof. Belmonte desenvolveu um
método simples e eficiente que permite a diferenciação de células-tronco
humanas em estruturas 3D bem organizadas. Os resultados da Salk demonstraram pela primeira vez que as células-tronco
são capazes de diferenciação em tecidos e células que formam o corpo,
desenvolvendo em células semelhantes às encontradas na estrutura inicial no
desenvolvimento dos rins, e, em seguida, serem ainda mais diferenciadas em
órgãos. Abre-se a perspectiva de construir órgãos a partir de células-tronco
com a finalidade de substituir sem risco de rejeição e necessidade de medicação
antirrejeição. Fonte:
Instituto Salk para Estudos Biológicos
Comentário do colunista: “Estamos
no limiar de sermos “promovidos” e equiparados a automóveis. Peça danificada
irremediavelmente? Troca-se por uma nova em folha.
Para se inteirar com dados mais
precisos acesse os links abaixo, um dos quais aborda o controle de outra doença
crônica incurável: o diabetes. O pâncreas biônico resolverá em definitivo a
preocupação com os choques hiper e hipoglicêmicos, ambos antecâmaras de óbitos
evitáveis. Um celular programado e duas minibombas capazes de injetar os
hormônios insulina e glucagon produzidos pelo pâncreas. Este tem a finalidade
de reequilibrar o índice de glicose quando baixa demasiado ameaçando um choque
hipoglicêmico.
Louis Pasteur –
vacina antirrábica; Alexander Fleming – penicilina; Christiann Barnard –
transplante cardíaco e agora, Juan Carlos Izpisua Belmonte, do Instituto Salk –
rim a partir de células tronco – pâncreas artificial...
ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE, O CÉU É O
LIMITE.
RIM BIÔNICO
SESSÃO DE HEMODIÁLISE
PÂNCREAS BIÔNICO
Jayme José
de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado
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