sábado, 27 de abril de 2019

NÃO SOMOS PERFEITOS






PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

NÃO SOMOS PERFEITOS
No Japão existe a técnica do KINT-SUJI: Colar os pratos partidos com esmalte dourado. Assim o objeto se torna único e começa uma vida nova. Os defeitos são uma parte inseparável da história do objeto. E eles precisam ser aceitos e não escondidos. Nossos defeitos são o que nos convertem no que realmente somos. Não existem pessoas perfeitas. Todos têm sua própria história: única e maravilhosa! Não somos perfeitos, nada, nem ninguém, admitamos esse fato. O segredo da felicidade consiste em apreciarmos nossas virtudes e aceitar nossas imperfeições como parte inerente de nós. Grandes personagens que cintilaram e cintilam no firmamento que engloba toda a história humana aprenderam essa verdade e a praticaram. Por isso foram e são o que são.


Em 16 de abril de 1959, no seu septuagésimo aniversário, Charles Chaplin escreveu seu mais belo poema:
Quando comecei a amar-me,                                                                                                             eu entendi que em qualquer momento da vida,
estou sempre no lugar certo na hora certa.
Compreendi que tudo o que acontece está correto.
Desde então, eu fiquei mais calmo.
Hoje eu sei que isso se chama CONFIANÇA.

Quando eu comecei a amar-me,
entendi o quanto pode ofender alguém
quando eu tento impor minha vontade sobre esta pessoa,
mesmo sabendo que não é o momento certo e a pessoa não
está preparada para isso,
e que, muitas vezes, essa pessoa era eu mesmo.
Hoje, sei que isto significa DESAPEGO.
Quando comecei a amar-me
eu pude compreender que dor emocional e tristeza
são apenas avisos para que eu não viva contra minha própria verdade.
Hoje, sei que a isso se dá o nome de AUTENTICIDADE.
Quando comecei a amar-me,
eu parei de ansiar por outra vida
e percebi que tudo ao meu redor é um convite ao crescimento.
Hoje eu sei que isso se chama MATURIDADE.
Quando comecei a amar-me,
parei de privar-me do meu tempo livre
e parei de traçar magníficos projetos para o futuro.
Hoje faço apenas o que é diversão e alegria para mim,
o que eu amo e o que deixa meu coração contente,
do meu jeito e no meu tempo.
Hoje eu sei que isso se chama HONESTIDADE.
Quando comecei a amar-me,
tratei de fugir de tudo o que não é saudável para mim,                                                         alimentos, coisas, pessoas, situações
e de tudo que me puxava para baixo e para longe de mim mesmo.
No início, pensava ser "egoísmo saudável",
mas hoje eu sei que se trata de AMOR PRÓPRIO.
Quando comecei a amar-me
parei de querer ter sempre razão.
Dessa forma, cometi menos enganos.
Hoje, eu reconheço que isso se chama HUMILDADE.
Quando comecei a amar-me,
recusei-me a viver no passado
e preocupar-me com meu futuro.
Agora eu vivo somente este momento onde tudo acontece.
Assim que eu vivo todos os dias e isto se chama CONSCIÊNCIA.
Quando comecei a amar-me,
reconheci que meus pensamentos
podem me fazer infeliz e doente.
Quando eu precisei da minha força interior,
minha mente encontrou um importante parceiro.
Hoje eu chamo esta conexão de SABEDORIA DO CORAÇÃO.
Não preciso mais temer discussões,
conflitos e problemas comigo mesmo e com os outros,
pois até as estrelas às vezes chocam-se umas contra as outras
e criam novos mundos.
Hoje eu sei que isso é a VIDA!




Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

sexta-feira, 19 de abril de 2019

BURACO NEGRO









PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.
                                                                                                                                       
BURACO NEGRO – 20/04/2019


O dia 10 de abril de 2019 abre perspectivas há muito sonhadas e agora descerradas. UM BURACO NEGRO É FOTOGRAFADO PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA. Semelhante a um anel de fogo, comprova uma teoria de Albert Einstein do início do século passado. Mudará livros de Ciência e abre alas para novas pesquisas envolvendo planetas, estrelas e galáxias. A imagem não captura exatamente o buraco negro situado no centro da galáxia Messier 87, localizada a cerca de 55 milhões de anos-luz da Terra. O que se visualiza é a luz sendo sugada para o seu interior e se assemelha à forma como a água entra em um ralo girando ao redor de um eixo. O gás que o circunda, girando, atrita consigo mesmo até atingir uma temperatura de milhões de graus Celsius. Isso gera radiação na forma de luz e raios-X, constituindo a borda do buraco negro. A região central é escura porque a luz foi sugada para dentro.
A Ciência nunca havia visto, de fato, um buraco negro, Ele é tão massivo que nada escapa do seu interior, nem mesmo a luz. Sabia-se que devia existir, apenas com base na Teoria da Relatividade Geral elaborada por Einstein no início do século XX e publicada em 2005, quando tinha 26 anos de idade. Não se sabe o que há nele. Comparativamente, a massa total da Terra deveria ser comprimida até o volume de 1,7 centímetros de diâmetro. Por incrível que possa parecer, para se chegar a uma concentração massiva como a de um buraco negro a Terra precisaria ser comprimida até o tamanho de um amendoim – mantendo íntegra a massa do planeta.

A grande contribuição de Einstein foi mostrar que a luz está sujeita à lei da gravidade e pode mudar de trajetória, podendo não seguir em linha reta. A teoria de Einstein incluía uma previsão teórica que podia ser posta a prova durante um eclipse total do Sol. Sua hipótese era que os raios luminosos que passavam próximos do Sol deviam desviar-se ligeiramente devido ao campo gravitacional do corpo celeste. Em 1919, houve um eclipse. Duas expedições conjuntas foram planejadas para fotografar o fenômeno e verificar se a teoria de Einstein era correta - uma delas na Ilha do Príncipe, na costa oriental da África, e outra em Sobral, no Ceará. Os resultados das expedições foram analisados pela Royal Society e pela Royal Astronomical Society. Em novembro de 1919, as instituições anunciaram: "não há dúvida de que (as imagens) confirmam a previsão de Einsten. Se obteve um resultado muito definitivo de que a luz se desvia de acordo com a lei da gravitação de Einstein".
Os buracos negros parecem desafiar a Física por sua própria existência. Mesmo Einstein, quando previu suas existências, chegou a duvidar de sua previsão. E não há como culpá-lo, uma vez que a noção que temos deles pode ainda estar muito distante do que eles na realidade são constituídos. Conforme as pesquisas avançam e vamos descobrindo de fato como eles são e suas atividades ficamos impressionados do quão estranhos e gigantescos eles podem ser.
A primeira coisa que se precisa compreender é que qualquer matéria pode vir a se tornar um buraco negro. Uma vez que ela seja reduzida além do seu raio gravitacional, ou raio de Schwarzschild. O nosso Sol, por exemplo, para que se tornasse um buraco negro, sua massa teria que ser reduzida ao tamanho de uma pequena cidade e a Terra, ao tamanho de um amendoim.
Alguns buracos negros, como o XTE J1 650-500, do tamanho de Manhattan, contém massa de três ou quatro vezes maior que o nosso Sol. Apesar dos números impressionarem, é um dos menores que os cientistas conhecem. Há ainda os buracos negros supermassivos que são encontrados no centro de quase todas as galáxias que conhecemos. E eles podem ter uma massa de até 20 bilhões de sóis.

Cumpre destacar a expressiva contribuição que as mulheres têm proporcionado, ao longo do tempo, para o desenvolvimento dos conhecimentos científicos.                                                                                     Marie Skłodowska Curie foi uma cientista polonesa de naturalização francesa que conduziu pesquisas pioneiras no ramo da radioatividade. Descobriu e isolou elementos químicos como o Rádio e o Polônio. Foi a primeira mulher a ser laureada com um Prêmio Nobel e única a ganhar o prêmio duas vezes. Em 1903 (Física), dividido com seu marido Pierre Curie e o Físico Henri Becquerel, pelos seus estudos dos elementos radioativos. Em 1911 (Química), pela descoberta do Rádio e do Polônio.


 

Em 1969, Margaret Hamilton, Engenheira de Software, desenvolveu os códigos, que escreveu à mão, para o programa de vôo usado no Apollo 11, primeiro projeto que levou uma tripulação à Lua.

Em 2019, Katie Bouman, foi a Cientista que dirigiu o desenvolvimento do algoritmo que possibilitou a visualização de um buraco negro, com os 5 petabytes de dados necessários para capturar a imagem. Em
Informática, medições de armazenamento de dados são expressos em unidades, armazenadas em uma variedade de dispositivos de memória, tais como cartões de memória e discos rígidos de computador. A menor unidade de medida de dados é o bit. E um petabyte é igual a cerca de 1,1 quatrilhões bytes.



BURACO NEGRO – 3 minutos
BURACO NEGRO – 11 minutos
Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

segunda-feira, 15 de abril de 2019

RIM DE LABORATÓRIO








PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

CIENTISTAS DESENVOLVEM RIM EM LABOTÓRIO 

A ciência médica é metódica e, habitualmente, seus avanços são progressivos em escala constante que permite o desenvolvimento de medicamentos e técnicas cada vez mais precisos e eficientes. Por vezes ocorrem repentinamente avanços que abrem portas para transformações definitivas de terapias. Em 1884 Louis Pasteur iniciou a pesquisa que redundou na vacina antirrábica e, a partir de então, as demais foram um corolário. Alexander Fleming descobriu a penicilina em 1928, mas apenas em 1940 Howard Florey e Ernest Chain, de Oxford, conseguiram produzi-la em escala industrial. Foi o início da era dos antibióticos. Christiaan Barnard, cirurgião sul-africano realizou o primeiro transplante cardíaco em 1967. O paciente morreu poucos dias depois por rejeição. A disponibilização da ciclosporina, em 1979, permitiu que os transplantes se tornassem corriqueiros, mas tem que ser usada pelo resto da vida e afeta o sistema imunológico dificultando o combate às infecções.
Estes preliminares para introduzir o surgimento dum novo ciclo de técnicas para transplantes. GIGANTESCO. As células-tronco que possuímos são capazes de dar origem a outras células e tem capacidade de divisão contínua, candidatando-se a formar novos órgãos que NÃO SÃO REJEITADOS PELO ORGANISMO.

Teoricamente podemos construir qualquer órgão a partir delas. Esta propriedade levou cientistas a ousar num terreno não percorrido até então e estamos no limiar da criação dum rim com células do próprio paciente QUE PRESCINDEM DE MEDICAÇÃO ANTIRREJEIÇÃO. Vejamos na sequência um vislumbre:
Se antes era necessário esperar por 2-3 anos na fila para um transplante de rins, em um futuro próximo seus rins poderão ser feitos em laboratório usando suas próprias células-tronco!                                                                                                                                                 Doenças que afetam os rins representam um grande problema sem solução em todo o mundo. Os rins raramente recuperam sua função uma vez que são danificados por alguma doença. Agora, uma equipe de pesquisadores liderada pelo prof. Dr. Juan Carlos Izpisua Belmonte do Instituto Salk para Estudos Biológicos desenvolveu uma nova plataforma para  tratar doenças renais. Pela primeira vez os pesquisadores geraram estruturas renais a partir de células-tronco humanas abrindo novas possibilidades para o estudo do próprio desenvolvimento renal e para a descoberta de novas drogas com potencial para tratamento renal de nós, humanos. Os resultados foram publicados em novembro de 2013 na revista científica Nature Cell Biology.
ESTRUTURA E FUNÇÃO RENAIS
Cada rim é rodeado por um córtex renal e uma medula renal. As unidades funcionais dos rins são os néfrons e uma rede vascular de capilares que servem para filtrar os resíduos e formar a urina. Cada rim é constituído por cerca de 1 milhão desses filtros microscópicos. Os rins recebem o sangue a partir das artérias renais que por sua vez são abastecidas pela aorta abdominal.

                  FUNÇÃO RENAL                                                                                                                                                 A principal função do rim é a eliminação de resíduos (p. ex., ureia, creatinina), água e sal em excesso do organismo.
CÉLULAS-TRONCO PARA DESENVOVER UM RIM COMPATÍVEL.                                                          Os cientistas haviam criado precursores de células renais com células-tronco no verão de 2013, mas a equipe de Salk foi a primeira a induzir células-tronco humanas a formarem estruturas celulares semelhantes às encontradas em nossos rins.                                                                                                                                        Durante muitos anos as tentativas de se diferenciar células-tronco humanas em células renais tiveram sucesso limitado. O grupo do prof. Belmonte desenvolveu um método simples e eficiente que permite a diferenciação de células-tronco humanas em estruturas 3D bem organizadas.                                                                                                                                  Os resultados da Salk demonstraram pela primeira vez que as células-tronco são capazes de diferenciação em tecidos e células que formam o corpo, desenvolvendo em células semelhantes às encontradas na estrutura inicial no desenvolvimento dos rins, e, em seguida, serem ainda mais diferenciadas em órgãos. Abre-se a perspectiva de construir órgãos a partir de células-tronco com a finalidade de substituir sem risco de rejeição e necessidade de medicação antirrejeição.                                                   Fonte: Instituto Salk para Estudos Biológicos
Comentário do colunista: “Estamos no limiar de sermos “promovidos” e equiparados a automóveis. Peça danificada irremediavelmente? Troca-se por uma nova em folha.             
Para se inteirar com dados mais precisos acesse os links abaixo, um dos quais aborda o controle de outra doença crônica incurável: o diabetes. O pâncreas biônico resolverá em definitivo a preocupação com os choques hiper e hipoglicêmicos, ambos antecâmaras de óbitos evitáveis. Um celular programado e duas minibombas capazes de injetar os hormônios insulina e glucagon produzidos pelo pâncreas. Este tem a finalidade de reequilibrar o índice de glicose quando baixa demasiado ameaçando um choque hipoglicêmico.    
Louis Pasteur – vacina antirrábica; Alexander Fleming – penicilina; Christiann Barnard – transplante cardíaco e agora, Juan Carlos Izpisua Belmonte, do Instituto Salk – rim a partir de células tronco – pâncreas artificial...
ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE, O CÉU É O LIMITE.

RIM BIÔNICO
SESSÃO DE HEMODIÁLISE
PÂNCREAS BIÔNICO

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

segunda-feira, 8 de abril de 2019

SEMPRE HAVERÁ UM AMANHÃ






PONTO E CONTRAPONTO - por Jayme José de Oliveira
“Por mais brilhante que sejas, se não fores transparente, tua sombra será escura”.

SEMPRE HAVERÁ UM AMANHÃ – 06/04/2019 

Nem Hannah Arendt com sua tese: “A Banalidade do mal” encontraria argumentos para um olhar minimamente complacente a tantos desvarios que nos impingem diuturnamente. Um mal com dimensões tais, mesmo compartilhado por uma classe inteira, nunca há de ser banal. É tão execrável que contraria os processos civilizatórios no seu âmago.  Como um cristal estilhaçado, mesmo que recolhidos e colados todos os fragmentos, as gretas permanecem visíveis até aos observadores mais tolerantes.                                                                                                            O estado democrático de direito não pode fazer tais concessões ao atraso ético de seus usurpadores, por mais influentes, poderosos e aparentemente inatingíveis que sejam.                          Enquanto a população vislumbrar uma luz no fim do túnel, acreditar que os desvarios que no momento regem os destinos da nação são transitórios lutará e tenderá crer que há um futuro diferente possível. Assim, aliás, ocorreu quando o PT levantou a bandeira da ética e a promessa que, ao ascender ao poder promoveria uma “faxina” e poderíamos reavivar a confiança nos detentores do poder. Em brevíssimo lapso de tempo desnudou seu lado dark, chafurdou na mesma lama que antes condenava e cometeu um crime maior que o dos antecessores. Extinguiu o que restava de esperança ao sinalizar:                                                                                                           SOMOS TODOS IGUAIS, NÃO TEM ANJINHO NA PARADA.
No último pleito eleitoral o Brasil resolveu redirecionar suas esperanças. Parece que, mais uma vez, a PAZ sonhada foi postergada... diferenças gritantes ressoam. Em vez de olhar para o futuro os empossados insistem em revolver o passado e... continuamos patinando.
Lembro as lutas travadas por árabes e israelitas que atravessam os séculos, decorrem milênios e não se vislumbra a PAZ! Incongruência total: O termo semita tem como principal conjunto uma família de vários povos, entre os quais se destacam os árabes e hebreus, que compartilham as mesmas origens culturais. A origem da palavra semita vem de uma expressão no Gênesis e referia-se a linhagem de descendentes de Sem, filho de Noé.
SOMOS TODOS IGUAIS, NÃO TEM ANJINHO NA PARADA.
Quando o povo se desespera reage de maneira impulsiva, incontrolável e não pode ser contido. Na Revolução Francesa a guilhotina simbolizou a catarse. Cabeças rolaram. Inclusive de líderes revolucionários. A semente da democracia germinou num mar de sangue e podemos dizer que gestou a sociedade em que vivemos. Mas, atente, o povo é mais sábio do que se supõe e como a Fênix renasce das cinzas. Assim não fosse há muito a humanidade teria se extinguido como marco civilizatório.
O mundo mudou, a mentalidade pode ter mudado, mas o que Voltaire já defendia: o direito de todo o homem expressar livremente suas opiniões e crenças continua tão atual como quando foi escrito há mais de 250 anos:
“Não é mais aos homens que eu me dirijo. É para Você, Deus de todos os seres, de todos os mundos, de todos os tempos: que os erros agarrados à nossa natureza não sejam motivo de nossas calamidades.
Você não nos deu coração para odiarmos, nem mãos para nos enforcar. Faça com que nos ajudemos mutuamente a suportar o fardo de uma vida penosa e passageira. 
Que as pequenas diferenças entre as vestimentas que cobrem nossos corpos, entre nossos costumes ridículos, entre nossas leis imperfeitas e nossas opiniões insensatas não sejam sinais de ódio e perseguição.
Que aqueles que acendem velas em pleno dia para Te celebrar, suportem os que se contentam com a luz do sol.
 Que os que cobrem suas roupas com um manto branco para dizer que é preciso Te amar, a mesma coisa não detestem os que dizem sob um manto negro.
Que aqueles que dominam uma pequena parte desse mundo e que possuem algum dinheiro, desfrutem sem orgulho do que chamam poder e riqueza e que os outros não os vejam com inveja, mesmo porque, Você sabe que não há nessas vaidades nem o que invejar nem do que se orgulhar.
Que eles tenham horror à tirania exercida sobre as almas, como também execrem os que exploram a força do trabalho. Se os flagelos da guerra são inevitáveis, não nos violentemos em nome da paz. Que possam todos os homens se lembrar que são irmãos!
E como fecho de ouro, seu maior pensamento, em minha opinião:
DISCORDO DO QUE VOCÊ DIZ, MAS DEFENDEREI ATÉ A MORTE O SEU DIREITO DE DIZÊ-LO.
Se o congraçamento universal aparenta ser um sonho inatingível, a curto prazo, sempre nos resta a possibilidade de apreciar outras performances que não se deixam conspurcar pelo nosso viés menos digno. A ARTE, assim mesmo em letras maiúsculas não se permite limites geográficos, sequer temporais, pois é ETERNA. Anexarei, a partir de hoje, para nosso enlevo, obras-primas. RENOIR abre o rol.
O BALANÇO – 1876 -  (RENOIR)



Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado